bem vindo

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

trombone mudo

Mais um contador de causos nos deixa. Antonio do Amparo , esse lendario senhor, nos deixou neste ultimo 21 de novembro de 2011. Sua alegria , experiencia vai nos fazer falta. Graças a Deus nossos arquivo esta disponibilazando imagens que guardaremos com nostagia e alegria.
Obrigado por sua presença entre nós Toin do Amparo. Obrigado por sua contribuição á nossa cultura.
Va amigo levar ao criador do universo a sua alegria e traquejo que so voce sabia como fazer.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

trombone mudo

O LA calou se
O se entristeceu
Não se dá mais RÉ na vida
SI somente relembrar o passado...
MI falem o mundo sentiu ?
FA....faça me um favor
O SOL continuara a brilhar
Mesmo com o trombone calado...
Encostado na sala
O instrumento sentirá tua falta,
Mas a vida agradece a voce
Por embalar nossos dias.
O carinho de seu dono  não haverá
O calor dos sabios se esfriou ,
O que resta somente a saudade
 de qem durante décadas,
nos embalou....
lembrar de voce é ter alegria
de saber que voce esteve aqui
e agora  esta LA no céu
restando pra nós o trombone
encostado num canto qualquer.
Valeu Antonio do Amparo
Vai com Deus

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Estações Ferroviária do Brasil





HISTORICO DA LINHA: Primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali construída foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém, havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio. Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros.



A ESTAÇÃO: A estação de Roça Grande não tem data de inauguração conhecida, mas é certo que, em 1928, já existia, sendo citada no livro de Max Vasconcellos publicado nesse ano; porém, o autor não dá nenhum dado adicional sobre esta parada. Mais tarde, seu nome passou a ser Santo Antonio de Roças Grande, nome do santuário ali próximo. A linha, de bitola métrica, ainda está ativa, pois a FCA pega carga na usina da Belgo-Mineira, em Sabará, uns 15 km à frente.



 (Fontes: Gutierrez L. Coelho; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)









sábado, 19 de novembro de 2011

Radiografia de Roça grande

(Foto de Valdemar Arcanjo)

Radiografia do Bairro Roça grande
O povoamento do local começou nas mediações da Igreja de Santo Antônio, por volta do século XVIII. O nome de Roça Grande refere-se às plantações que existiam na época dos Bandeirantes. Como conta  o morador Antônio  Amparo , “aqui eram cultivadas grandes lavouras que abasteciam todas as Bandeiras do entorno. Então eles diziam: vamos buscar víveres na roça grande, e daí o nome ficou”.

De acordo com historiadores, Roça Grande tem profunda importância para a história de Sabará, já que é um dos arraiais mais antigos de Minas Gerais. No período colonial, o local tornou-se parada obrigatória na travessia para o sertão, devido a suas fontes de água pura. Em 1707, o arraial de Santo Antônio do Bom Retiro da Roça Grande, como era chamado, foi elevado a freguesia (título importante para a época). Passado o auge da exploração do ouro, a região passou a ser de grandes fazendas.

As condições de vida de Roça Grande, há 50 anos, eram muito diferentes das atuais. Antônio  Amparo, ao se lembrar desse período, comenta que a conquista de melhorias foi muito dura e contou com o esforço da população local. “Tínhamos carência de postos médicos. As pessoas tinham que se dirigir a Belo Horizonte para fazer um simples exame de sangue. Tínhamos que sair daqui no trem que passava às 5 horas da manhã e enfrentar filas quilométricas (...). Só havia uma lotação que vinha ao bairro poucas vezes ao dia, passando por uma estrada perigosa de terra e por duas travessias de trem. E para ir para Belo Horizonte, tínhamos que atravessar o rio de balsa”, relembra.

A primeira ponte foi construída com recursos dos próprios moradores, liderados pelo Padre Vicente Pio Guimarães. “As famílias se uniram e cada uma contribuía mensalmente com uma quantia, que era aplicada em compra de materiais”, comenta, ainda, Antônio  Amparo .
                                              (temos indio ainda na Rocinha)

A partir de 1980, houve um acelerado crescimento populacional na região, por meio da compra de lotes e da invasão de terrenos. Hoje, a regional já possui uma melhor infra-estrutura, com ônibus e hospital. E a tendência é que essa situação melhore ainda mais, pois o local está recebendo investimento por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), projeto do Governo Federal em parceria com a Prefeitura de Sabará. Na regional, o PAC prevê obras de saneamento e urbanização que afetarão diretamente os bairros Rosário I, II e III.

Em Roça Grande, as associações comunitárias, desde a década de 80, têm papel importante no desenvolvimento local. Na regional, existem três delas. Essas associações contribuem para a mediação entre população e poder público, sendo protagonistas no esforço por melhorias na região. Além disso, desenvolvem trabalhos sociais de relevância para a comunidade.
(padre José Claudio- foto de Valdemar Arcanjo)

É importante salientar que, em Roça Grande, destaca-se uma forte presença da igreja católica em atividades sociais e culturais. A regional conta com quatro escolas, um hospital, cinco projetos sociais – além dos dois projetos cadastrados, é preciso mencionar, ainda, a atuação da Pastoral da Criança, do Alcoólicos Anônimos (AA) e da Associação GLS de Sabará. Estão presentes no local, ainda, três campos de futebol, duas faculdades e uma creche.

Não existe nenhum posto policial em Roça Grande, o patrulhamento é realizado por policiais do posto do bairro General Carneiro. Essa é a maior demanda da população, já que o nível de criminalidade vem aumentando ao longo dos anos. Outras necessidades prementes na comunidade são: na área de saúde, mais postos médicos para atender os bairros; na educação, mais creches. Além disso, os entrevistados realçaram que há carência de transporte coletivo para atendimento a todos os bairros, principalmente daqueles adaptados para portadores de deficiência física.




quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Historia que a vovó contava´- parte 2

Mula sem cabeça

Esta é uma das lendas mais conhecidas do folclore brasileiro. Ela povoa o imaginário, principalmente das pessoas que habitam regiões rurais do nosso país. Este personagem folclórico é uma mula sem a cabeça e que solta fogo pelo pescoço. 

De acordo com a lenda, a mula-sem-cabeça costuma correr pelas matas e campos, assustando as pessoas e animais.

                            Várias versões da lenda

Existem várias explicações para a origem desta lenda, variando de região para região. Em alguns locais, contam que a mula-sem-cabeça surge no momento em que uma mulher namora ou casa com um padre. Como castigo pelo
 pecado cometido, transforma-se neste ser monstruoso.

Em outras regiões, contam que, se uma mulher perde a virgindade antes do casamento, pode se transformar em mula-sem-cabeça. Esta versão está muito ligada ao controle que as familias tradicionais buscavam ter sobre os relacionamentos amorosos, principalmente das filhas. Era uma forma de assustar as filhas, mantendo-as dentro dos padrões morais e comportamentais de séculos passados.

Existe ainda outra versão mais antiga e complexa da lenda. Esta, conta que num determinado reino, a rainha costuma ir secretamente ao cemitério no período da noite. O rei, numa determinada noite, resolveu segui-la para ver o que estava acontecendo. Ao chegar ao cemitério, deparou-se com a esposa comendo o cadáver de uma criança. Assustado, soltou um grito horrível. A rainha, ao perceber que o marido descobrira seu segredo, transformou-se numa mula-sem-cabeça e saiu galopando em direção à mata, nunca mais retornando para a corte.

                        minha Avó Carmelita -


domingo, 13 de novembro de 2011

A Roça das tradições

Cenas de Sabará no inicio do Século  XX e de Roça grande principalmente.

História que vovó contava - parte 1



A lenda do Arco Iris
Há muito e muito tempo, vivia sobre uma planície de nuvens uma tribo muito feliz. Como não havia solo para plantar, só um emaranhado de fios branquinhos e fofos como algodão-doce, as pessoas se alimentavam da carne de aves abatidas com flechas, que faziam amarrando em feixe uma porção dos fios que formavam o chão. De vez em quando, o chão dava umas sacudidelas, a planície inteira corcoveava e diminuía de tamanho, como se alguém abocanhasse parte dela.

Certa vez, tentando alvejar uma ave, um caçador errou a pontaria e a flecha se cravou no chão. Ao arrancá-la, ele viu que se abrira uma fenda, através da qual pôde ver que lá embaixo havia outro mundo.

Espantado, o caçador tampou o buraco e foi embora. Não contou sua descoberta a ninguém.

Na manhã seguinte, voltou ao local da passagem, trançou uma longa corda com os fios do chão e desceu até o outro mundo. Foi parar no meio de uma aldeia onde uma linda índia lhe deu as boas-vindas, tão surpresa em vê-lo descer do céu quanto ele de encontrar criatura tão bela e amável. Conversaram longo tempo e o caçador soube que a região onde ele vivia era conhecida por ela e seu povo como "o mundo das nuvens", formado pelas águas que evaporavam dos rios, lagos e oceanos da terra. As águas caíam de volta como uma cortina líquida, que eles chamavam de chuva. "Vai ver, é por isso que o chão lá de cima treme e encolhe", ele pensou. Ao fim da tarde, o caçador despediu-se da moça, agarrou-se à corda e subiu de volta para casa. Dali em diante, todos os dias ele escapava para encontrar-se com a jovem. Ela descreveu
para ele os animais ferozes que havia lá embaixo. Ele disse a ela que lá no alto as coisas materiais não tinham valor nenhum.

Um dia, a jovem deu ao caçador um cristal que havia achado perto de uma cachoeira. E pediu para visitar o mundo dele. O rapaz a ajudou a subir pela corda. Mal tinham chegado lá nas alturas, descobriram que haviam sido seguidos pelos parentes dela, curiosos para ver como se vivia tão perto do céu.

Foram todos recebidos com uma grande festa, que selou a amizade entre as duas nações. A partir de então, começou um grande sobe-e-desce entre céu e terra. A corda não resistiu a tanto trânsito e se partiu. Uma larga escada foi então construída e o movimento se tornou ainda mais intenso. O povo lá de baixo, indo a toda a hora divertir-se nas nuvens, deixou de lavrar a terra e de cuidar do gado. Os habitantes lá de cima pararam de caçar pássaros e começaram a se apegar às coisas que as pessoas de baixo lhes levavam de presente ou que eles mesmos desciam para buscar.

Vendo a desarmonia instalar-se entre sua gente, o caçador destruiu a escada e fechou a passagem entre os dois mundos. Aos poucos, as coisas foram voltando ao normal, tanto na terra como nas nuvens. Mas a jovem índia, que ficara lá em cima com seu amado, tinha saudade de sua família e de seu mundo Sem poder vê-los, começou a ficar cada vez mais triste. Aborrecido, o caçador fazia tudo para alegrá-la. Só não concordava em reabrir a comunicação entre os dois mundos: o sobe-e-desce recomeçaria e a sobrevivência de todos estaria ameaçada.

Certa tarde, o caçador brincava com o cristal que ganhara da mulher. As nuvens começaram a sacudir sob seus pés, sinal de que lá embaixo estava chovendo. De repente, um raio de sol passou pelo cristal e se abriu num maravilhoso arco-íris que ligava o céu e a terra. Trocando o cristal de uma mão para outra, o rapaz viu que o arco-íris mudava de lugar.

- Iuupii! - gritou ele. - Descobri a solução para meus problemas!

Daquele dia em diante, quando aparecia o sol depois da chuva, sua jovem mulher escorregava pelo arco-íris abaixo e ia matar a saudade de sua gente. Se alguém lá de baixo se metia a querer visitar o mundo das nuvens, o caçador mudava a posição do cristal e o arco-íris saltava para outro lado. Até hoje, ele só permite a subida de sua amada. Que sempre volta, feliz, para seus braços

terça-feira, 8 de novembro de 2011

a cultura na Roça grande

os nativos mostram seu talento.

lindo poema


Temas: NEGRO


Sou Negro porque encaro minhas origens

Não precisa ter cor, nem raça, nem etnia.
É preciso amar
É preciso respeitar
Não sou negro porque minha pele é negra
Não sou negro porque tenho cabelo embolado de “pixain”
Não sou negro porque danço a capoeira
Não sou negro porque vivo África
Não sou negro porque canto reggae.
No sou negro porque tenho o candomblé como minha religião 
Não sou negro porque tenho Zumbi como um dos mártires da nossa raça.
Não sou negro porque grito por liberdade 
Não sou negro porque declamo Navio Negreiro 
Não sou negro porque gosto das músicas de Edson Gomes, 
Margareth Menezes ou Cidade Negra.
Não sou negro porque venho do gueto.
Não sou negro porque defendo as idéias e Nelson Mandela 
Não sou negro porque conheço os rituais afro.
Sou negro porque sou filho da natureza
Tenho o direito de ser livre.
Sou negro porque sei encarar e reconhecer as minhas origens.
Sou negro porque sou cidadão.
Porque sou gente.
Sou negro porque sou lágrimas
Sou negro porque sou água e pedra.
Sou negro porque amo e sou amado
Sou negro porque sou palco, mas também sou platéia.
Sou negro porque meu coração se aperta
Desperta,
Deseja,
Peleja por liberdade.
Sou negro na igualdade do ser
Para o bem à nossa nação.
Porque acredito no valor de ser livre
Porque acredito na força do meu sangue numa canção que jamais será calada.
Sou negro porque a minha energia vem do meu coração.
E a minha alma jamais se entrega não.
Sou negro porque a noite sempre virá antecedendo o alvorecer de um novo dia.
Acreditando num povo afro-descendente que ACORDA, LEVANTA E LUTA.


de Genivaldo Pereira dos Santos
Floresta Azul - BA - por correio eletrônico

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ceci a Mãe de Todos.


Roça grande, conta atualmente com mais de quinze casas espirituais, chamado de centro espírita, principalmente a umbanda (Umbanda é uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira que sincretiza vários elementos, inclusive de outras religiões como o catolicismo, o espiritismo e as religiões afro-brasileiras. A palavra umbanda deriva dem'banda, que em quimbundo significa "sacerdote" ou "curandeiro), e nesses casos foram varias casa onde a população de dia ia pedir ajuda a santo Antonio e Nossa Senhora e a noite o agraciado pelas orações eram o Pai João e Pai Joaquim, assim como toda linha de santo afro.

Mas nossa estória não começa aqui vamos nos reportar a data de dez de julho de mil novecentos e dez, numa casa simples da estrada velha que liga Roça grande á Sabará, numa pequena choupana de pau a pique Iracema, mulher de origem indígena, forte de pele queimada pelo sol, mas de um rosto rústico de beleza singular, no exato momento que os vizinhos gritavam assustado por que no céu, uma estrela enorme ameaçava cair sobre suas cabeças, dava luz a uma pequena, mas bem nutrida criança. Teu choro ecoava sobre a imensa escuridão que abraçava o pequeno povoado.

Nascera justamente na hora que o cometa Halley passara por Sabará à pequena e mística Ceci (que em tupi guarani quer dizer “Ce-sy –Mãe superior), aquela estrela que assustara os habitantes da região não era nada menos o cometa que pela primeira vez apareceu para um povo no Brasil e com tal soberania que tudo que se relacionava á aquela data era tida como uma mensagem divina. Assim foi o nascimento de Ceci. Ao seu redor fora criado um circulo místico de religiosidade , um misto de catolicismo e religião afro brasileira. UM remanescente das tribos que habitava o povoado , Page com alto prestigio na população , quando a viu foi logo aclamando : Salve filha de Iansã (Divindade africana, representada como uma guerreira, seu símbolo é uma espada.Iansã esta ligada ás transformações, é a senhora dos raios , dos ventos e das tempestades. Freqüentemente aparece associada á figura católica de Santa Barbara). Isso acirrou a crença que a menina seria algo de divino .
Assim cresceu Ceci, cercada de carinho e misticismo, aos sete anos , tua mãe quase teve um ataque, quando a viu brincando com uma cobra coral . Acorrendo aos gritos de sua esposa teu pai conseguiu separar o animal e matá-lo. Ceci vendo tal cena , chorou copiosamente a morte do peçonhento animal , e toda vez que estava triste , corria para perto do córrego de águas límpidas que passava nos fundos de sua casa. Adorava a natureza, conversava com os pássaros , ria ao ouvir o sussurro dos ventos e chorava quando os pais sacrificavam um animal para o sustento da família.

Aos quinze anos , sua vocação paranormal começou a desenvolver, um coleguinha de infância foi mordido por uma cobra urutu , o animal foi encurralado num barranco e homens se preparavam para exterminar -lo, quando ela suplicou que não fizesse . Se eles não obedecessem, o menino morreria ,ela iria curá-lo caso ele preservassem a vida do animal.
Dizendo isso , caminhou onde se supunha estar à serpente.
Espanto, medo suspense, Ceci colocou a mão no buraco e saiu tendo nas mãos a terrível cobra que milagrosamente não a atacou.Com delicadeza e firmeza Ceci abriu a boca do ofídio e de la tirou uma espécie de gosma que logo fez  passar nos ferimentos do rapaz. A cobra se vendo livre , mergulhou no lago desaparecendo a seguir.
Esse fato fez com que crescesse a fama de curandeira de Ceci. Diziam que era mesmo uma pessoa diferenciada. Teve que parar de estudar no Grupo Escolar Paula Rocha, onde com muito custo conseguiu uma vaga , na terceira escola fundada em Minas gerais.
Aprendeu o beaba, que lhe propiciou a ler e escrever e assim tomar conhecimento dos  informativos e livros que tinha satisfação em adquirir.
Seus pais logo , logo trataram logo de aumentar a casa , construindo um varanda e sala maior para que ela, recepcionasse as pessoas que vinham de longe para conhecê-la e ouvir seu conselhos espirituais. Já não havia mais duvidas de seus dons paranormais  . Conta se que um dia uma mulher , vizinha do sitio de sua família , reparou numa luz forte perto do riacho e ao chegar perto do local , viu Ceci conversando com um índio. Esse índio estava envolto numa luz amarela e ao lado dele havia uma onça pintada , Assustada , tratou logo de se afastar do local e chamar mais alguém para ver aquele fenômeno . Mas quando voltou , a linda jovem brincava com seu cachorro ao longo do riacho. Questionada sobre o fato , Ela afirmou que acabara de receber a visita de nada mais nada menos de Oxossi , o caboclo da floresta**




(Oxossi é figura representativa de uma das sete forças principais de Deus: a força da luta, do trabalho, da providência e da afirmação positiva).

 Foi um rebuliço na região e com isso , Ceci realmente teve que abandonar eu objetivo de ser professora , par cuidar exclusivamente da vida espiritual . Num desses transe que agora ela costumava entrar , ela contou com uma precisão , como foi seu nascimento e porque nasceu no dia dez julho de mil novecentos e dez , naquele dia , ela foi enviada por Deus para que voltasse a terra, só que como era um dia muito especial , Ela veio montada na cauda do cometa que naquele momento passava pela terra .

Assim foi a vida de Ceci , uma mulata, doce , frágil , fisicamente , mas de uma grande força espiritual , Curava , dava conselho e predizia o futuro . Num desse momento , ela gargalhava ao dizer um absurdo: O homem ia criar um caixote de tabua com vidro e que teria o poder de as pessoas se verem ,mesmo estando a distancia longas, essa caixa ia unir todos os povos e línguas em torno de si. Muitos acharam que ela estaria delirando . Como uma pessoa poderia ver a outra à distancia longa , só mesmo através do telegrafo ou tal de telefone que só existia mesmo em São Paulo e na capital do Brasil.Poucos anos depois era inventada a televisão (1926). Apaixonou , casou como uma pessoa normal e de seu casamento , nasceu Peri ,Jandira e Mayara que lhe deu uma dúzia de neto entre eles Joaquim Pedro , que seguindo as predições de sua avós desenvolveu seu dom paranormal e atendia já na casa grande da Rua Santana. O lugar virou um santuário para os fieis da umbanda e crença afro. Nessa casa muitos milagres foram realizado e já em 1963 falece Ceci. Vitima de uma pneumonia que se transformou em tuberculose. Ceci sabia que iria partir e ao invés de tristeza , sentia uma euforia ao dizer que iria voltar para os braços de ogum do mesmo jeito que chegara a terra , montada numa estrela.
A doença cada vez a deixava mais fragilizada , como uma mulher de apenas cinqüenta e dois anos parecia ter setenta anos. Uns diziam que era o uso constante de cachimbo e cigarro de palha e as intermináveis noite passada acordada passada a beira de rios e cachoeira. Levada a se tratar no hospital da rede ferroviária federal (RFFSA) aqui mesmo em Roça grande , no dia frio de onze de julho de mil novecentos e sessenta e três , com um sorriso doce e enigmático ,Ceci , a mãe de todos , se despede desse mundo . A Roça grande nesse momento sentiu um vazio , os galos tristemente e fora de seu horário convencional cantavam , os animais baliam, mugiam , latiam e até mesmo relinchavam , prestando a ultima homenagem àquela que durante anos foi o ponto de referência para muita gente que necessitavam de uma proteção espiritual.Partiu Ceci , do mesmo jeito que viera, numa linda noite de lua cheia , fia e estrelada . Alguns afiram que do quarto onde estava , brotou uma bola de luz que saiu pela janela do quarto e ganhou o céu desaparecendo no infinito.

Seu neto , continuou o trabalho que iniciara e com ele vários seguidores de Ceci montaram sua Tenda espiritual , transformando Roça grande , cada vez mais , num local místico e misterioso.
A casa onde morava hoje pode ser vista ainda , abandonada e cheia de matos . Conta se pela boca dos seus últimos habitante, que Ceci, aparece lá e anda pela propriedade que é dela e será sempre, independente de quem na terra de la tome posse.