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domingo, 3 de janeiro de 2016

Como somos carentes!



Como somos carentes!
 Na minha juventude, como líder do grupo de Jovens TESTAC, da igreja católica aqui do bairro, detectamos o problema: Éramos um povo sem expectativa.
Não tínhamos diversão, pontos de encontro ou mesmo um clube.
Esporadicamente tínhamos  baile no bar do Ênio ou então no grupo escolar e aos domingos, sem ter uma televisão com programação decente, acorríamos para o campo de futebol para torcer e vibrar pelo nosso time de futebol e mais nada.
Mesmo assim era tão bom, não existia violência, nossos maiores delinquentes eram os ladrões de galinha e os COMUNISTAS comedores de crianças. Tiraram nosso campo de futebol, a Roça grande cresceu e com isso houve a miscigenação social, misturando o pacato nativo com o imigrante cheio de vícios. Tirara-nos o campo de futebol, o trem suburbano os poucos lagos que tínhamos foram contaminados e assoreados, o catolicismo não era mais a religião predominante no bairro, os milagres de Santo Antonio começaram a ser questionados e nossos sacerdotes que a principio eram considerados representante de Deus aqui na terra, começaram a ser desrespeitados e a ponto de sofrerem violências inimagináveis há décadas atrás.
A Roça grande cresceu, inchou , tornou se uns amontoados de casas com pouca infra estrutura, a condição social ainda pendenga, vivendo de renda exterior, pois não temos como gerir rendas. Nossos jovens sem alternativa de trabalho u lazer enveredam para o submundo social e se encontram num cemitério ou num fedida cela de uma delegacia de policia. É lamentável ouvir todo o final de um feriado ou mesmo final de semana que um jovem foi morto, é a nossa força produtiva  sendo destruída e  deixando um espaço vago no nosso futuro.
Muros e cercas elétricas são levantados para deter a avalanche de marginalidade que cresce aos olhos impassíveis de nossas autoridades, as ruas depois das vinte horas são reservadas aos corajosos que não temem pela sua segurança.
Esse paradigma foi quebrado nesse final e princípio de ano com a vinda do jornalista/metalúrgico da cidade de Mogi das Cruzes que com o trenzinho por ele confeccionado iluminou a nossa terrinha, fazendo o mais temeroso nativo, se arriscassem a sair de sua casa e passear por longos três minutos no “TRENZINHO AZUL”. Nesses três dias de sonhos  , o TRENZINHO AZUL” fez vinte e cinco viagens transportando aproximadamente quatrocentos passageiros diário, com segurança e gratuidade.
Acredite tudo feito em perfeita ordem e colaboração da comunidade, onde o pai desta ideia magnífica é o Sr Jose Paulo Fernandes, que anda pelo Brasil injetando o sonho nostálgico de
Mostrar aos brasileiros o gostinho doce de viajar sobre trilhos.

Obrigado Jose Paulo Fernandes , pelo sonho proporcionado