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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Negros e mestiços na história da Academia Brasileira de Letras


Negros e mestiços na história da Academia Brasileira de Letras

DOMÍCIO PROENÇA FILHO

Quinto ocupante da cadeira 28





FRANCISCO OTAVIANO

Patrono da cadeira 13






GONÇALVES DIAS

Patrono da cadeira 15




GREGÓRIO DE MATOS

Patrono da cadeira 16



JOSÉ DO PATROCÍNIO

Fundador da cadeira 21





DOM LUCAS MOREIRA NEVES

Sexto ocupante da cadeira 12













MACHADO DE ASSIS

Fundador da cadeira 23





DOM SILVÉRIO GOMES PIMENTA

Segundo ocupante da cadeira 19





TOBIAS BARRETO

Patrono da cadeira 38





terça-feira, 12 de novembro de 2013

Nem berro , o becão da Roça

da  esquerda  pra direita: Zé Antonio.sô Toinzinho, Abilio, Silvio Baião, NEM BERRO, Djalma ,Nelson e Carlão 
agachados: Getúlio paquinha, Loirinho, cabeção , Sergio braga, Geraldo Cristino e Zé Carlos.

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Saco de farinha nas costas. Dentro dele, camisas surradas com o escudo do glorioso RENNE ou do Olaria Futebol Clube, uma bomba de encher e uma bola pintada com cal.
Personagem: um homem de estatura mediana, sorriso franco desdentado, andar e jeito de Martinho da Vila (o bom malandro carioca).
Este era o perfil de um dos mais folclóricos personagens da Rocinha.
Com sua voz fanhosa, ganhou notoriedade quando optou por ser um solteirão convicto seu amor pelo futebol.
Com seu jeito malandro e simples era personagem marcante no campo de futebol de Roça grande.
O time que ele dirigia era formado por ele e mi dez.
O verdadeiro beque da roça dava espetáculo pra torcida com seus chutões.
Seus companheiros inseparáveis e time eterno eram: Boi, Silvio baião, Nem berro, Ideir, Ventura, Abílio, Gumercindo, Geraldo Perácio, Quincas, Botão e Baianinho. No elenco tinha ainda Carlos berro, Nelson Paulada, Kidão, “sô Toinzinho”, Caiol, Vicentão e outros jogadores de fim de semana.
Alterações nesta escalação só mesmo se o candidato á vaga estivesse em dia com a lavagem de camisa e mensalidade.
Conta se que num jogo amistoso entre a Renner e uma equipe visitante, a única bola em jogo era a do Nem e o técnico do seu time resolveu no segundo tempo da partida fazer uma substituição e adivinhe quem o técnico resolveu tirar?
-Acertou quem disse o Nem.
O técnico chegou perto da linha lateral e gritou:
-Nem! Passa a camisa pro Tiririca! (passar a camisa não era só substituição não! Realmente, a camisa suada era passada com tristeza por quem saindo e alegria para quem está entrando, independente se o substituído era dono de CC insuportável). - to saindo?  Perguntou indignado o becão.
- Sim! Disse o técnico- e passa logo a camisa pro Tiririca...
-Isso é que não!- respondeu! Se eu não jogar não tem mai jogo... disse pegando  bola do jogo e saindo com o seu passo de malandro .
Foi uma luta convencer o Nem a emprestar a bola e voltar a campo.
Quem não gostou muito foi o Tiririca que teve que se contentar em assistir o jogo da pedra de reserva (pedra de reserva porque não tinha banco).
Outra passagem hilária deste bom cidadão aconteceu no bairro São Benedito, município de Santa Luzia, aqui pertinho de Belo Horizonte.
Jogavam Rosário de Roçagrande (time fundado pelo grande Manel chieira) e São Benedito F. Clube. Fomos de ônibus especialmente contratado para viagem, o time do Rosário quadro B havia tomado uma sonora goleada do quadro B do São Bené e isso deixou a torcida e os jogadores locais convictos que o quadro “A” encheria também o balaio do quadro A do Rosário.
Mero engano: O time formado por Boi, Abílio, Bozó, cabeção e Silvio Baião, Jésus, Bispo e Pelezinho, Dé de bandinha, Carlinhos e Baianinho, deu o maior sufoco no time local.
Como cortesia o juiz da partida era o Carlinhos Roque e o placar marcava 1 a 0 para o Rosário, quando o juiz da partida marcou pênalti contra o São Bené, todo o mundo viu quando o zaqueirão para não tomar um chapéu de Pelézinho, meteu a mão na bola dentro da área.
Desespero! O time e a torcida foram para cima do Luiz. Carlinhos Roque muito corajoso (ou doido?) estava irredutível.  Foi pênalti e acabou, bola na marca.
Impasse; bate ou não bate... La vem o Nem. Com a sua voz fanhosa botou banca...
- Foi pênalti – impôs
Pênalti porcaria nenhuma, rugiu um negão de dois metros de altura, olho vermelhos (parecia que ele usava groselha como colírio), bafo de matar urubu a distancia, músculo de estivador de porta da Rua Guaicurus em Belo Horizonte, peitando o Nem.
Isso não o intimidou - Foi pênalti e acabou (fazendo uma careta que gelou o sangue do negão e de mais meia dúzia de encrenqueiros)
Houve acordo e resolveram bater o pênalti.
Um jogador que prefiro não dizer o nome foi bater o pênalti e, com medo de que no final do jogo pudesse haver retaliação, bateu a falta fraquinha só para o goleiro pegar.
Realmente o goleiro fez aquela linda defesa mandando bola a escanteio. PR delírio d torcida local.
MS a justiça foi feita, na cobrança do escanteio, Dé de bandinha mandou a bola para o fundo das redes do São Bené que acabou perdendo o jogo por 2 a1.
Graças ao bom Deus o espírito desportivo prevaleceu. Houve confraternização das equipes e o respeito e admiração por Nem berro aumentou...
- Bravo, dizia ele, não sou, mas o que é justo tem que prevalecer... conclui.
Hoje com certeza deve estar no céu divertindo a torcida de anjo com sua simplicidade e alegria.