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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tudo como dantes no quartel d’Abrantes ****



Nesta terça feira dia 25 de janeiro. O meu amigo Marcos foi assaltado.
O ladrão usou o velho ditado de quem Deus ajuda, quem cedo madruga, e, ás sete e meia da manhã os ladrões estavam sua porta para lhe subtrair as férias do dia anterior.
Em conversa ele já se sentia resignado com a situação e me confidenciou que isso faz parte.
Mas pensando com os meus botões cheguei á conclusão que nada mudou.
No tempo do pai dele, o falecido Juventino Plácido, exitiam os ladrões também. Só que eles roubavam para comprar pinga, ou mesmo animais para fazer uma galinhada. Não é do nosso tempo, mas vigarista existia também, o famoso Bráulio dos anos trinta, que saia  de Roça grande para fazer suas estripulias na Rua Bonfim e paquenquer na capital mineira. O Tião galocha nos idos dos anos cinqüenta que ficou famoso quando foi perseguido por moradores do bairro e foi preso debaixo da cama de Dona Bilú com dois patos e um marreco. Outros mais que fizeram o terror dos galinheiros e hoje é lembrança hilária em nossa vidas.
Nada mudou. Somente sofisticou. No tempo de internet super rápida, num mundo de capitalismo selvagem o ter virou o essencial na vida de mentes fraca.  A necessidade de pagar ao traficante se tornou para esses escravos do vicio um fator essencial de sobrevivência.
O Brasil vive de ilusão. Todos querem ter, tirar vantagem nos mínimos detalhes e a maioria quer do jeito mais fácil: sem trabalhar, sem suar a camisa e dá no que estamos vendo. Assalto, violência, morte. Os severinos (servente de pedreiro e ajudante geral) dos anos setenta e oitenta que sustentavam suas familias com no máximo dois salários mínimo , hoje usam  quarenta por cento desses mesmos salários para ter o prazer(?) de andar no ultimo modelo de veiculo popular , que será pago em suaves oitenta prestações . Um modo sutil de escravidão financeira e alienação
O que assusta também é a morte prematura da juventude local, que chega á chocar a sociedade. Quando não é tiros é acidente com veículos, principalmente motos ou o auto-extermínio(suicídio). Isso também não é novidade, pois é incontáveis os relato que disponho de pessoas que morriam, por crime passional ou mesmo por depressão, principalmente na década de cinqüenta e sessenta. O diferencial disto tudo e que não existia no passado é que nossos avós e pais, não conviviam com duas maldiçõe do mundo moderno: as drogas e o consumismo. As drogas levam nossos jovens á uma vida virtual cujo destino é a incapacidade racional laborativa e o consumismo transforma o cidadão, escravo da elite que comanda a sociedade. Um pessoa vitima desta duas pragas dão um braço pra não ficar sem o alucinógeno ou mesmo sem o celular de ultima geração. Preferem  roupa de marca enquanto o outro se despe para não fica sem o pó , o fumo ou mesmo a picada.
Enquanto essa elite que no escraviza não dar um tempo. Comerciantes como meu amigo Marcos, vão se alienar, colocar equipamento de segurança, entregar suas economias á uma instituição financeira, a uma taxa aviltante, para não entregar para o outro lado. O lado da marginalidade e do poder paralelo do estado

* Curiosidade

Tudo como dantes no quartel d’Abrantes


A frase surgiu no início do século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica.Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês. Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo. Lá instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.

O general encontrou o país praticamente sem governo, já que o príncipe-regente dom João VI e toda a corte portuguesa haviam fugido para o Brasil. Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao duque. A tranqüilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito irônico. A quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”. Até hoje se usa a frase para indicar que nada mudou.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Lixo debaixo do tapete


Recebi comentários de que  não deveria expor as sujeira que uma senhora que nasceu do mesmo ventre que eu fez na vida.
A pessoa que postou o comentário deve ser do mesmo naipe dela , pois acredita que as sujeira devem permanecer debaixo do tapete. Ora o tempo cobra. O tempo condena e ela que hoje se esconde atrás de uma bíblia deveria ir nos lares que ela prejudicou e pedir perdão “EM NOME DE JESUS”.  A prima que a considerava como a uma irmã será que esqueceu o que ela fez ou vocês que estão me condenando acham que isso deve ser esquecido e safadeza dela encoberta?
Não me faço de vitima. Fui um ingênuo. Nem imagino qual argumento que ela usou para me despejar da casa que ela diz ser dela depois de vinte e três anos  de moradia. Para não me estressar não quis nem saber isso pois com certeza esta cheio de mentira e difamações á minha pessoa. Ela tinha toda a razão de  reivindicar pois  está no registro  como legitima proprietária. Mas ela sabe  que ela e a  benção de minha avó me passaram a perna. Se ela provar que ela  comprou a linha de telefone  na data de 29 de março de 1980 eu me retrato . Mas ela sabe e minha família também que isso ela não fez.
O que eu farei e não tenho medo de sanções é de expor  aos quatro ventos a injustiça que ela me fez. Além da humilhação de sair escorraçado como a um animal  do meu lar e de onde eu ganhava o meu pão.
 A você que fez o comentário sobre a matéria lhe digo o seguinte : estamos num pais  livre tenho o direito de expor minhas opinião. Não devo a você e a ninguém obrigação pois tudo o que tenho ( apesar de pouco)   foi conseguido com muita luta , não sou patrocinado por ninguém e portanto  dane-se quem não gostou do que escrevi. Se você é amigo dela, meus pêsame, você não sabe que víbora que essa mulher é.



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Santo Antônio...quem foi?

Santo Antônio foi um grande pregador da Palavra de Deus, 
morreu aos 36 anos de idade e foi canonizado um ano após 
sua morte.
Neste dia 13 de junho, celebramos sua festa com toda a Igreja 
que lhe deu o título "Doutor da Evangélico".
Meditemos em algumas de suas frases que transmitem um 
pouco de sua espiritualidade e nos impulsionam a viver 
conforme seu testemunho:



"É viva a Palavra quando são as obras que falam."
"Quando te sorriem prosperidade mundana e prazeres,
 não te deixes encantar; não te apegues a eles; brandamente 
entram em nós, mas quando os temos dentro de nós, nos mordem como serpentes."
"Uma água turva e agitada não espelha a face de quem sobre 
ela se debruça. Se queres que a face de Cristo, que te protege,
 se espelhe em ti, sai do tumulto das coisas exteriores, 
seja tranqüila a tua alma."
"A paciência é o baluarte da alma, ela a fortifica e defende de toda perturbação."
"Ó meu Senhor Jesus, eu estou pronto a seguir-te mesmo
 no cárcere, mesmo até a morte, a imolar a minha vida por teu
 amor, porque sacrificaste a tua vida por nós."
"Ó Senhor, dá-me viver e morrer no pequeno ninho da pobreza 
e na fé dos teus Apóstolos e da tua Santa Igreja Católica."
"Neste lugar tenebroso, os santos brilham como as estrelas do firmamento. E como os calçados nos defendem os pés, assim os exemplos dos santos defendem as nossas almas tornando-nos capazes de esmagar as sugestões do demônio e as seduções do mundo."
"Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que
 estiver na medida de suas forças; certamente não ficará sem recompensa"
Esperemos que neste ano o Jubileu em homenagem ao nosso
 padroeiro seja digno de sua importância perante a igreja de
 Cristo e da comunidade mineira!


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

SINDROME DE HERODES

SÍNDROME DE HERODES.



 
Quando não há discernimento, só resta desconfiança.

Quando não há discernimento, todos são suspeitos.

Quando não há discernimento, todos são uma ameaça.

Quando não há discernimento, só resta generalização.

A síndrome de Herodes é o mal dos que matam para não correr o risco de perder sua posição.

Para estes paranóicos do templo, tudo que "nasce" é uma ameaça; tudo que "cresce" é um risco; tudo que é "novo" é um perigo.

Esta é a cultura da desconfiança.

É o discernimento que desmascara falsos espíritos, falsos cristos, falsos evangelhos, falsos mestres, falsos obreiros, falsas doutrinas, falsos milagres, falso poder...

Só o discernimento pode desfazer essa cultura de acusação, intolerância, e abuso de poder.

" NÃO TROQUE DISCERNIMENTO POR DESCONFIANÇA."

O discernimento é uma faculdade do espírito, a desconfiança é um pendor da carne.

O discernimento promove a verdade, a desconfiança desclassifica as pessoas.

Não sugiro complacência com o erro, apenas protesto contra o massacre dos inocentes




terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Aquele que nunca errou , que atire a primeira pedra.


Tem dois dias que não trabalho. A vida ficou difícil quando tive que fechar o meu escritório e tenho que atender os poucos clientes em meu domicilio e ou na casa dos contratantes. Estou com uma dor de dente horrível e ainda reluto em ir encarar o dentista. Minha esposa me disse que não precisa ter medo, mas eu tenho. Tenho pavor de agulha, anestesia e similar.
pois bem. Deitado no sofá sentindo aquela torturante dor do canino. Fiquei feliz quando eu ouvi no programa Balanço geral o meu nome ser citado na praça do povo. Uma pessoa que todos aqui diziam estar morto me manda um abraço. A felicidade foi tamanha, não pela menção de meu nome, mas por saber que o Pelé estava vivo e muito bem.
Foi execrado da comunidade por falha humana que prefiro não comentar, mas comigo e com a minha família sempre agiu de maneira correta e com respeito e por isso as portas de minha casa estará sempre aberta para ele.
Engraçado o que se falou dele foi terrível, muita gente jogou pedra, atacou e até expulsou de sociedade .Me tornei  uma persona non grata para muitas pessoas por que sei de muitas coisas que tornariam os pecados do Pelé se tornar brincadeiras infantis. Pessoas que ostentam hoje o titulo de pessoas de respeito tem seus deslizes na zona de meretrício, ou curtindo seus devaneios nos braços de um travesti ou mesmo em câmara fotográfica que inadvertida mente caiu em mão de terceiros e virou caso de fofoca. Isso é normal (infelizmente) numa sociedade moderna. Mas aos poderosos tudo é permitido. Aos pequenos o castigo.
Pelé é um ser humano que caiu em sua fraqueza peculiar. Mas quem debaixo deste céu pode julgá-lo?
Quem pode condená-lo? Que atire a primeira pedra.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Uma historia que se repete infelizmente

Vou reprisar aqui mais uma história que transcende a ficção e cai na realidade de Roça grande e quiçá do Brasil.
Os espertalhões continuam tendo vantagem. Estão nas instituições filantrópica e sociedade que visa o desenvolvimento da comunidade. Quem vai por o guizo no gato? Texto de  Hans Christian Andersen
O Rei Nu



Hans Christian Andersen
“Havia um rei muito tolo que adorava roupas bonitas. Os tolos, geralmente, gostam de roupas bonitas. Pois esse rei enviava emissários por todo o país com a missão de comprar roupas diferentes. Era o melhor cliente da Daslu. Os seus guarda-roupas estavam entulhados com ternos, sapatos, gravatas de todas as cores e estilos. Eram tantas as suas roupas que ele estava muito triste porque seus emissários já não encontravam novidades.
Dois espertalhões ouviram falar do gosto do rei pelas roupas e  viram nisso uma oportunidade de se enriquecerem às custas da vaidade da Majestade. A vaidade torna bobas as pessoas: elas passam a acreditar nos elogios dos bajuladores... Foi isso que aconteceu com um corvo vaidoso que estava pousado no galho de uma árvore com um queijo na boca: por acreditar nos elogios da raposa ficou sem queijo...
Pois os dois espertalhões-raposa foram até o palácio real e anunciaram-se na portaria, apresentando o seu cartão de visitas: “Doutor Severino e Doutor Valério, especialistas em tecidos mágicos.” 
O rei já havia ouvido falar de tecidos de todos os tipos mas nunca ouvira falar de tecidos mágicos. Ficou curioso. Ordenou que os dois fossem trazidos à sua presença. Diante do rei fizeram uma profunda barretada, tirando seus chapéus.
“Falem-me sobre o tecido mágico”,  ordenou o rei.
Um dos espertalhões, o mais loquaz, se pôs a falar.
“Majestade, diferente de todos os tecidos comuns, o tecido que nós tecemos é mágico porque somente as pessoas inteligentes podem vê-lo. Vestindo um terno feito com esse tecido Vossa Majestade será cercado apenas por pessoas inteligentes, pois somente elas o verão...”
O rei ficou encantado e imediatamente contratou os dois espertalhões, oferecendo-lhes um amplo aposento onde poderiam montar os seus teares e e tecer o tecido que só os inteligentes poderiam ver..
Passados alguns dias o rei mandou chamar o ministro da educação e ordenou-lhe que fosse examinar o tecido.  O ministro dirigiu-se ao aposento onde os tecelões estavam trabalhando.
“Veja, excelência, a beleza do tecido”, disseram eles com a mãos estendidas. O ministro da educação não viu coisa alguma e entrou em pânico. “Meu Deus, eu não vejo o tecido, logo  sou burro...” Resolveu, então, fazer de contas que era inteligente e começou a elogiar o tecido como sendo o mais belo que havia visto.
“Majestade”, relatou o minsitro da educação ao rei, “o tecido é incomparável, maravilhoso. De fato os tecelões são verdadeiras magos!” O rei ficou muito feliz.
Passados mais dois dias ele convocou o ministro da guerra e ordenou-lhe que examinasse o tecido. Aconteceu a mesma coisa. Ele não viu coisa alguma. “ Meu Deus”, ele disse, “ não sou inteligente. O ministro da educação viu e eu não estou vendo...” Resolveu adotar a mesma tática do ministro da educação e fez de contas que estava vendo. O rei ficou muito feliz com a seu relatório. E assim aconteceu com todos os outros ministros. Até que o rei resolveu pessoalmente ver o tecido maravilhoso. Mas, como os ministros, ele não viu coisa alguma porque nada havia para ser visto. Aí ele pensou:  “Os ministros da educação, da guerra, das finanças, da cultura, das comunicações viram. São inteligentes. Mas eu não vejo nada! Sou burro. Não posso deixar que eles saibam da minha burrice porque pode ser que tal conhecimento venha a desestabilizar o meu governo...” O rei, então, entregou-se a elogios entusiasmados ao tecido que não havia.
O cerimonial do palácio determinou então que deveria haver uma grande festa para que todos vissem o rei em suas novas roupas. E todos ficaram sabendo que somente os inteligentes as veriam. A mídia, televisão e jornais, convidaram todos os cidadãos inteligentes a que comparecessem à solenidade.
No Dia da Pátria, a cidade engalanada, bandeiras por todos os lados, bandas de música, as ruas cheias, tocaram os clarins e ouviu-se uma voz pelos alto-falantes:
“Cidadãos do nosso país! Dentro de poucos instantes a sua inteligência será colocada à prova. O rei vai desfilar usando a roupa que só os inteligentes podem ver.”
Canhões dispararam uma salva de seis tiros. Ruflaram os tambores. Abriram-se os portões do palácio e o rei marchou vestido com a sua roupa nova.
Foi aquele oh! de espanto. Todos ficaram maravilhados. Como era linda a roupa do rei! Todos eram inteligentes.
No alto de uma árvore estava encarapitado um menino a quem não haviam explicado as propriedades mágicas da roupa do rei. Ele olhou, não viu roupa nenhuma, viu o rei pelado exibindo sua enorme barriga,  suas nádegas murchas  e  vergonhas dependuradas. Ficou horrorizado e não se conteve. Deu um grito que a multidão inteira ouviu:
“O rei está pelado!”
Foi aquele espanto. Um silêncio profundo. E uma gargalhada mais ruidosa que a salva de artilharia. Todos gritavam enquanto riam: “ O rei está nu, o rei está nu...”
O rei tratou de tapar as vergonhas com as mãos e voltou correndo para dentro do palácio.
Quanto aos espertalhões, já estavam longe e haviam transferido os milhões que haviam ganho para um paraíso fiscal...”
Não foi bem assim que Hans Christian Andersen contou a estória. Eu introduzi uns floreados para torná-la mais atual. Agora vou contar a mesma estória com um fim diferente. Ela é em tudo igual à versão de Andersen, até o momento do grito do menino.
“O rei está pelado!
Foi aquele espanto. Um silêncio profundo. Seguido pelo grito enfurecido da multidão.
Menino louco! Menino burro! Não vê a roupa nova do rei! Está querendo desestabilizar o governo! É  um subversivo, a serviço das elites!”
Com estas palavras agarraram o menino, colocaram-no numa camisa de força  e o internaram num manicômio.
Moral da estória: Em terra de cego quem tem um olho não é rei. É doido.

Hans Christian Andersen





terça-feira, 9 de novembro de 2010

enfim o reconhecimento

A luta não esta sendo fácil , mas devagar estou conseguindo meu espaço.Depois de ser homenageado no dia do livro na prefeitura municipal de Sabará  onde meu livro foi referendado por muitos dos escritores atuais. Vi esperança em conseguir subsídio para participar do festival de curtas la da cidade de tiradentes. 

Maria Bonita ( empressária) e eu
O chá de confraternização dos intelectuais de Sabará

Cha, refresco , biscoitinho regado a cultura local

reunião de cerébros

sede do saber 

.
 Argemiro Ramos vice prefeito e eu
Meu amigo e revisor dos meus livros Roberto gomes 

Dois escritores de peso : Eu e a professora Maria de Lourdes guerra  

O maestro Umbelino a cultura viva de Roça Grande

Eustáquio Zarley, Argemiro Ramos , Robergon, Dr.Wagner, Eu e o prefeito de Sabara Dr. Willian Borges

essa bonequinha linda é minha filha e co-autora de meu livro

Eu e o ex prefeito de Sabará Diógenes Fantini

(fotos : Jeane Dixon)


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Memória Emotiva ( uma referencia ao Escritor Valdemar Arcanjo)














Ao remexer baús e gavetas esquecidos, 
ele encontrou fotos, cartas e bilhetes, alguns 
que datavam de bem antes do seu nascimento. 
Conversando com os mais velhos, descobriu lendas 
desconhecidas de lugares pelos quais passava todos os dias. 
Estudando as próprias raízes, o escritor sabaraense
 Valdemar Arcanjo, de 51 anos, conheceu mais sobre si. 
“Soube que sou descendente de príncipes e reis que 
vieram da África”, conta. E, agora, o Projeto Sabará
 Memória Emotiva – Olhares sobre o patrimônio, 
que será lançado na terça-feira, convida Valdemar
 e toda a população sabarense a mergulhar nas
 lembranças e registros da cidade, para reconstruir 
a memória coletiva e difundir a história do primeiro
 povoado de Minas Gerais. O resultado desse apanhado 
será apresentado em uma grande mostra, em outubro.

Mais que desvendar as riquezas do centro histórico 
da cidade,  
a ideia é revelar o patrimônio escondido na periferia. 
“Queremos mostrar que o patrimônio não é só o do século XVI, 
é também o urbano que cresceu de forma desordenada, os festejos, os mestres da cultura”, afirma o coordenador e um dos idealizadores do projeto, Ricardo Antunes, da ONG Ação Faça uma Família Sorrir (Affas). Para tanto, a iniciativa vai englobar todas as regionais, General Carneiro, Roça Grande e Sede, e atuará em várias frentes.

Quarta e quinta-feira ocorre o seminário Patrimônio cultural, 
periferia e novas tecnologias, na Fundação ArcelorMittal Brasil, 
empresa patrocinadora do projeto. 
Com inscrição gratuita, 
o evento tem como objetivo discutir a 
conservação do patrimônio
público na era digital. Já a partir de terça-feira, 
quem entrar nos ônibus municipais poderá ver 
dependuradas reproduções de fotografias como a 
do antigo time de futebol de Roça Grande, da remota
 Festa da Primavera, da antiga estação ferroviária, 
cedidas por parceiros como Valdemar.

Atrás delas, poetas sabarenses narram histórias que remetem 
às imagens e o leitor é convidado a integrar a Campanha de Compartilhamento de Fotos Antigas. Todas serão digitalizadas
e devolvidas aos proprietários, além de divulgadas no blog www.olharessobreopatrimonio.blogspot.com.

OFICINAS Em julho, o projeto dá início a oficinas gratuitas 
em sete escolas municipais e estaduais, em que cerca de 
170 educadores e 300 jovens, de 13 a 17 anos, receberão lições sobre educação patrimonial, bem diferentes das convencionais aulas de história. Afinal, o tema patrimônio será abordado em laboratórios de audiovisual, fotografia, animação e conservação de foto. “Vamos discutir o patrimônio fazendo vídeos, usando o celular e todas as novas tecnologias. O mais importante será esse processo de produção, em que o aluno poderá construir um sentimento com o lugar”, ressalta o coordenador do Memória Emotiva.

O trabalho culminará numa mostra interativa, que colocará lado a lado fotos antigas e novas de Sabará, vídeos com contação de casos sobre a cidade, cartas, bordados, entre outras criações e registros da memória coletiva da comunidade. Além disso, algumas imagens antigas serão estudadas a fundo por uma historiadora e comporão o álbum de fotografias do projeto. Ao final, a ideia é que, assim como Valdemar, que a partir de suas descobertas sobre sua terra escreveu o livro A Roça conta um conto – A história não oficial de Roça Grande, outras pessoas possam narrar e se orgulhar das memórias coletivas. “Sabará nasceu em Roça Grande, fundada por Enedino Hilário e Pedro Alcântara, os dois descendentes de escravos. Acho que esse patrimônio é também a minha dignidade, agora, me orgulho de ser negro.” 

SERVIÇO
Seminário Patrimônio cultural, periferia e novas tecnologias
24 e 25 de junho, com inscrição gratuita.
Informações: www.olharessobreopatrimonio.blogspot.com
Telefone: (31) 3671-1780

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Interludio



Meu caminho ( My Way)


INTERLUDIO

. 
Definição


1.Uma pequena composição geralmente
 para órgão de caráter 
 improvisatívo que ocorre entre outras
 peças músicais como hino,
 salmo ou cantata/ 
2.O interlúdio surge para preencher
 o intervalo entre dois atos.
 ( vide Fé e Entrevista com um morto)

Hoje resolvi não dar aula de informática  para minha  aluna e para  compensar , subi até o alto do bairro Rosário para fazer uma tomadas para o filme que estou preste a lançar. Fui eu e minha aluna. Eu mostrava o ângulo e ela  aprendiz de cinegrafista se virava no manuseio da  filmadora.
Feito várias tomada  sentamos no caminho de acesso  ao bairro e num papo e outro começamos a falar de Deus.  Conversa que aprofundamos e comparamos com o momento atual de nossas vidas. Ela casada  e infeliz no casamento , eu lutando para sobreviver , pensando onde passaria a noite  , ainda com medo e lembrança do modo rude em que minha irmã conseguiu na justiça me tirar da casa que eu habitava há mais de vinte e três anos.
Sentíamo-nos angustiados  , mas de repente me veio á cabeça a vida de meu amigo Eduardo (vide Fé e Entrevista com um morto ) . E como num passe de magica comecei a viver um angustioso momento e que me fez meu corpo tremer  e arrepiar.
Parecia que meu amigo *Eduardo estava ao meu lado, e,  em minha mente passou algo simplesmente aterrador:
Comecei a viver  os momentos finais da vida  do meu amigos .
Vivi aquela bendita segunda feira e pelos meus olhos, passava a cena  onde ele sentado á mesa  , escrevia num papel.
Escrevia  suas ultimas vontades , preencheu o cheque no valor de dois mil e quinhentos reais , outro de hum mil e novecentos ,  retirou de uma gaveta um  maço de notas e enrolou no papel que acabara de escrever .
- Pude ler num relance o terrível  bilhete . Nele ele pedia que todo o dinheiro  que seria encontrado  fosse  para a despesa de seu funeral . O restante seria para translado do corpo e necropsia l , pediu que não colocasse flores em sua urna .
Como um vídeo  vi ele caminhar pela ruas do bairro pegar o ônibus e ir diretamente para o hospital militar . Seus olhos não demonstrava nenhuma emoção. Estava congelado de emoção ou determinado no seu objetivo, hesitou ao chegar à porta da instituição e anunciou ao recepcionista que precisaria ir à enfermaria. De onde eu estava senti seus passos vacilantes, mas determinado, sentou na antessala e neste momento vi lagrimas descer dos teus olhos castanho escuros  . Àqueles olhos frios e duros que passou seus últimos anos criticando o criador, vertia agua, lagrima de revolta por não ter neste momento difícil quem sempre esteve a vida toda ao teu lado, tua mãe. Queria neste momento ser uma ramificação de seus neurônios e ler exatamente o que seu cérebro tramava  neste momento crucial.
Queria ser um anjo ou uma alma livre transitando junto á dimensão paralela  se essa  criatura amargurada  era influenciada por força oculta. Queria conferir se o livre arbítrio realmente existe ou somos manipulados  , induzidos , seduzido ou conclamado a agir.
Estava nesta meditação quando um estampido ecoou no ambiente e vi meu amigo cair, num espasmo vi  ele partir deste mundo . O frio vento da vida que partia congelou no momento minha alma. Vi-me estático olhando a estrada que ligava Sabará a Belo Horizonte. Minha amiga  se  assustou. Não entendia o meu estado e perguntou se  precisava de uma assistência médica.
 – Respondi que não e pedi-lhe que precisava ficar só. Despedi-me e vim para minha nova morada.  Atrás de mim, sentia passos, sentia que alguém me seguia e aumentei mais ainda as passadas e quase corri.
Cheguei a casa ofegante, entrei no meu escritório e em cima do meu  computador encontro a ultima lembrança que meu amigo me deu, um livro e dentro a mensagem  manuscrita me agradecendo por ser seu amigo.
Alguém pode me dar uma explicação para esse caso?
*Se Eduardo estivesse aqui essa musica de Frank Sinatra traduziria bem o que foi a vida dele .
Eduardo é um nome fictício desse meu amigo que me foi  bastante leal. Mas infelizmente não consegui convence-lo que Deus é nossa maior referencia e quem somo s nós para  julgar , criticar ou opor a seu designo.  
Meu caminho  ( My  Way )

E agora o fim está próximo
E então eu encaro a cortina final
Meu amigo, eu vou falar claro
Eu irei expor meu caso do qual tenho certeza

Eu vivi uma vida que foi cheia
Eu viajei por cada e todas as rodovias
E mais, muito mais do que isso
Eu fiz do meu jeito

Arrependimentos, eu tive alguns
Mas, novamente, muito poucos para mencionar
Eu fiz o que tinha que fazer
E vi tudo, sem isenção

Eu planejei cada percurso
Cada passo cuidadoso ao longo da estrada
E mais, muito mais do que isso
Eu fiz do meu jeito

Sim, houve vezes, eu tenho certeza que você sabia
Quando eu mordi mais que eu podia mastigar
Mas apesar de tudo quando havia dúvidas
Eu engoli e cuspi-la

Eu passei por tudo e fiquei de pé
E fiz do meu jeito

Eu amei, eu ri e chorei
Tive minhas falhas, minha parte de derrotas
E agora como as lágrimas descem
Eu acho tudo tão divertido

Pensar que fiz tudo o que
E talvez eu diga, não de uma maneira tímida
Oh não, oh não, não me
Eu fiz do meu jeito

Pois o que é um homem, o que ele tem?
Se não ele mesmo, que ele tem nada
Para dizer as coisas que ele sente de verdade
E não as palavras de alguém que se ajoelha

Os registros mostram, eu recebi as desgraças.
E fiz do meu jeito


 Siga em paz  teu caminho, Amigo Eduardo