Milagres acontecem
1983. Desempregado em Minas gerais. A
ânsia para casar e começar uma vida nova com muitos sonhos e planos.
De repente a crise econômica no Brasil.
Desemprego, carestia, contas a pagar.
Desespero.
Resolvi tentar a sorte em outras paragens
Resolvi tentar a sorte em outras paragens
Consegui um emprego temporário numa
empresa de Belo Horizonte, e fui trabalhar como servente de obras na cidade de
Araçatuba* (SP).
Minha função juntamente com outros
operários era de retirar trilhos da antiga estrada de ferro que ligava essa
cidade á três lagoas no estado de Mato grosso.
Serviço muito pesado, clima totalmente
diferente com o que estava acostumado. Cidade muito bonita, pássaros, muita
fazenda.
Trabalhávamos em ritmo acelerado na
ânsia de terminar o serviço e voltar rapidamente para Minas Gerais.
Temíamos a violência e também ser
confundido com algum meliante da região, e como bons mineiros, nossa atitude
era de prudência.
Trabalho pro hotel ou do hotel para o
trabalho.
Final de semana nada de passear,
ficávamos no hotel vendo televisão ou jogando dominó.
Mas o que tem que acontecer, acontece.
Quinta-feira, 24 de março de 1983, Sete
horas já estavamos carregando o trilho de ferro para o caminhão, este o
transportava para um deposito localizado a mais ou menos cinco quilômetros de
distancia.
Loirinho, um companheiro que mora no
bairro de Pompeu, sentado ao meu lado, muito observador, notou que havia algo
de estranho na atitude de um grupo de homens que caminhava cautelosamente para
uma casa localizada a menos de cem metros de onde estávamos.
Reparei que algo estranho estava para
acontecer, atento, ouvimos alarmado o grito dos homens:
-Policia !- estão cercados!
O que aconteceu a seguir foi algo
indescritível; tiros vinhas da casa.
E a polícia respondia, balas zumbiam á
altura de nossas cabeças. Foi uma debandada geral. Não sei onde foram
parar meus companheiros de serviço.
Sei que me vi entre dois fogos. No
desespero lembrei de minha mãe, de minha noiva Vilma e de todos os familiares
que me tinham estima.
Vislumbrei no meio de uma fumaça uma
espada. Sim uma espada e um escudo.
No desespero achei que estava delirando
para morrer. Mas um nome me veio á cabeça :
" Miguel Arcanjo",
Clamei por Jesus Cristo e São Miguel
Arcanjo para que me salvasse desta terrível cilada que o destino me
proporcionara.
Vi um neguinho furando o cerco da
policia, caminhar em minha direção, desviar para a direita e ir direto em direção á uma viatura e disparar na cabeça do policial cívil que foi pego de
supressa.
Estava paralisado pelo medo e terror. A
cabeça do policial explodiu espalhando massa encefálica por todo o lado.
Senti um golpe no peito e cai. Alguém
havia me empurrado para uma valeta, que juro que não estava lá momentos
antes e que me abrigou até que cessassem
o tiroteio.
De cor negra. Eu estava branco, sem
falar, tremendo de mêdo e pavor.
Fui tirado de dentro da valeta, sujo de
barros e em estado de choque.
Fiquei sabendo que nesse dia a valorosa
policia militar do estado de São Paulo, havia feito uma operação de busca e
apreensão naquela região e surpreendido um covil de bandidos.
O saldo foi trágico: Um policial morto,
quatro bandidos mortos, um ferido em estado grave e somente um conseguiu fugir,
mas segundo outra fonte ele foi morto ao resistir á prisão na estrada que liga
essa cidade á cidade de Birigui.
Relembrando o que aconteceu comigo,
tentei entender como eu tinha me salvado.
Foi quando veio a minha mente a espada e
um escudo e as palavras de minha avó quando eu me preparava para viajar para
São Paulo.
Ela havia me dito que onde eu estivesse
São Miguel Arcanjo seria meu escudo e minha defesa contra qualquer mal.
Certamente ele estava atento a essas
palavras e no momento de desespero ele me resgatou de uma morte ingrata e
injusta.
Sou devoto de São Miguel Arcanjo e
dedico ‘as quinta feira de minha vida a esse anjo que por misericórdia de Deus
todo poderoso me salvou.
Comentário *
ARAÇATUBA .importante elo entre o Sudeste industrializado e o Centro-Oeste
produtor de grãos e carne e com localização estratégica no Estado mais rico do
país, Araçatuba (SP) é a 98ªmelhor metrópole brasileira para investimentos nos
vários setores da economia nacional e do capital estrangeiro. Esta posição
privilegiada em relação a um universo composto por 4.530 municípios
brasileiros, figura no ranking elaborado após pesquisa realizada pela Simonsen
Associados e publicada pela revista Exame em 2003.
É de Araçatuba que sai boa parte do milho, arroz, soja, feijão e tomate que abastecem várias regiões do Estado. No entanto, foi o boi gordo que projetou a cidade no cenário nacional.
A pecuária local, considerada a quarta maior vendedora de gado de corte do País, ocupa importantes escritórios, leilões e laboratórios, onde são desenvolvidas pesquisas de melhoria genética.
Com um rebanho de 511 mil cabeças de gado, Araçatuba movimenta mais de R$ 14 milhões com a comercialização de 60 mil animais de corte e 1,2 mil reprodutores por ano, com uma taxa anual de abates de 10 mil cabeças.
A cidade também concentra o maior número de pecuaristas do Brasil. Além de referência na criação de gado Nelore, Araçatuba é o segundo maior centro de comercialização da raça. É destaque na produção de sêmen, que atrai criadores do Brasil e do mundo pela qualidade da linhagem dos animais, conseguida através do melhoramento genético.
A produção leiteira do município e região é de 25 milhões de litros anuais, que abastecem o mercado consumidor e indústrias como a Nestlé. Além do rebanho bovino, a pecuária local tem recebido investimentos de criadores que têm optado por outras espécies de animais, como carneiros e o exótico avestruz, ave proveniente das savanas africanas. Essas duas criações são as novidades da pecuária regional, e vêm incrementando os negócios do setor.
Araçatuba ganhou, inclusive, o primeiro frigorífico de avestruz do País, com um investimento de R$ 1 milhão. Esse empreendimento já nasceu operando uma grande estrutura, abatendo 80 aves/mês, mas com capacidade para abater 4.400 aves/mês e estocar 17.600 arrobas de carcaça, gerando, inicialmente, 30 empregos diretos.
É de Araçatuba que sai boa parte do milho, arroz, soja, feijão e tomate que abastecem várias regiões do Estado. No entanto, foi o boi gordo que projetou a cidade no cenário nacional.
A pecuária local, considerada a quarta maior vendedora de gado de corte do País, ocupa importantes escritórios, leilões e laboratórios, onde são desenvolvidas pesquisas de melhoria genética.
Com um rebanho de 511 mil cabeças de gado, Araçatuba movimenta mais de R$ 14 milhões com a comercialização de 60 mil animais de corte e 1,2 mil reprodutores por ano, com uma taxa anual de abates de 10 mil cabeças.
A cidade também concentra o maior número de pecuaristas do Brasil. Além de referência na criação de gado Nelore, Araçatuba é o segundo maior centro de comercialização da raça. É destaque na produção de sêmen, que atrai criadores do Brasil e do mundo pela qualidade da linhagem dos animais, conseguida através do melhoramento genético.
A produção leiteira do município e região é de 25 milhões de litros anuais, que abastecem o mercado consumidor e indústrias como a Nestlé. Além do rebanho bovino, a pecuária local tem recebido investimentos de criadores que têm optado por outras espécies de animais, como carneiros e o exótico avestruz, ave proveniente das savanas africanas. Essas duas criações são as novidades da pecuária regional, e vêm incrementando os negócios do setor.
Araçatuba ganhou, inclusive, o primeiro frigorífico de avestruz do País, com um investimento de R$ 1 milhão. Esse empreendimento já nasceu operando uma grande estrutura, abatendo 80 aves/mês, mas com capacidade para abater 4.400 aves/mês e estocar 17.600 arrobas de carcaça, gerando, inicialmente, 30 empregos diretos.
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