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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Historia que vovó contava VI


A procissão das Almas


A procissão das almas


Ele era terrível. Não que seja violento maldoso.
Seu nome Geraldo Nicolau. Para os desafetos Geraldo Cancã (por que achavam que seu andar era semelhante a um marreco) ou simplesmente Sô Geraldo. 
Era teimoso. Achava que era dono da verdade e por isso não aceitava conselho de ninguém.
Dizia que a única vez que ele havia errado foi quando ele achou que estava enganado.
Conversar com ele , seja qualquer assunto ,tinha que ter uma paciência de “Jô”, pois ele sempre tinha a ultima palavra.
Beato. Chegava à capela de Santo Antonio da Roça Grande, primeiro que todo mundo e era o ultimo a sair.
O padre Antonio de Moura Lima tinha no santuário que administrava um verdadeiro servo.
Por ficar todo o tempo disponível, se achava uma pessoa imprescindível na comunidade e que Deus todo poderoso vendo o seu afã de ajudar certamente teria um lugar reservado para ele no céu.
Mas. Ele não era uma unanimidade na comunidade. Enquanto os paroquianos mais velhos tinham a maior paciência para com ele , a juventude o abominava.
Sempre que essa corrente pensamento se encontrava, um lado saia sempre aborrecido com o outro.
Certa vez estando perto da linha férrea, na altura da Rua Santo Antonio com a praça da igreja, vindo do seu serviço na Rede Ferroviária Federal S/A, onde era guarda chave no trecho de Sabará, viu um senhor chorando feita criança.
-Que marmanjão um “home véio desse jeito chorando feito mínimo”. Exclamou entre os dentes.
- por que chora senhor? Perguntou.
Perdi a procissão-alegou o chorão.
Mas que procissão, ficou louco? Estamos no mês de agosto e já mais de meia noite e não tem procissão neste mês, dia e muito menos nesta hora.
-Tem sim. Insistiu o desconhecido.
Tu ta ficando maluco. Vou chamar os guardas para levar oce pra cadeia.
- por favor, me leva pra procissão. Implorava o estranho.
- Vou te dar são uns cascudos. rugiu o Sô Geraldo.
- o sinhô tem fama de ranzinza e isso mal. - continuou o estranho e eu vim para que o senhor que gosta mito da igreja de Santo Antonio me levasse para a procissão e nós atrasamos.
Para com isso, seu cachaceiro, vou te levar pro cabo Paulino.
AO caminhar pro lado do desconhecido, viu no seu semblante um olhar de alegria e excitação apontando pro lado da capela. –Olha lá em vem ela! Em vem ela!  Estamos no horário.
Endoidou exclamou Sô Geraldo, se virando para o lado apontado pelo estranho e... susto !
Realmente ele viu a igrejinha de Santo Antonio aberta e uma procissão caminhava em sua direção.
Ao perguntar o que aquilo significava ele notou que ao seu lado não havia ninguém a não ser um monte de ossos humanos.
Queria correr, mas não conseguiu e estático ele viu passando ao seu lado uma centena de pessoas todas de branco com velas acessa subindo a Rua Santo Antonio em direção ao sanatório Dom Bosco.
Subindo  e desaparecendo nos portões do sanatório.
Como explicar  o inexplicável ? Finaliza  minha sábia avó.











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