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quinta-feira, 10 de março de 2011

A roça conta um conto: Escritor Negro

A roça conta um conto: Escritor Negro

Escritor Negro






Sorriso Negro Fundo De Quintal
[Negro é a raiz da liberdade... (2x)]

Um sorriso negro, um abraço negro
Traz... felicidade
Negro sem emprego, fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade (2x)

..Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
negro é...a solidão
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino é amor
Negro também é saudade.. (um sorriso negro...).









Tomei essa musica como abertura dessa minha cronica para exaltar essa maravilhosa raça, vindo de Benin (¹) e que se tornou um tema de polemica e controversias. Qual negro que não foi alvo de injurias e perjurios. Lembro-me perfeitamente do Padre Urias La nos idos de 1975 quando olhando para mim que estava conversando na aula de matematica e num tom irônico me disse: O que um negro estaria fazendo numa escola a qual respondi, o mesmo que um galego faz na terra Brasilis. O espanhol ficou vermelho perdeu a postura e me ameaçou- jogar do segundo andar do prédio.


Bom tempo. O SENAI nunca foi a minha escola preferida, odiava mecanica e fui o pior aluno de ajustagem. Meu negocio era o teatro e nisso sempre fui bom. Tanto que fui escolhido como um dos melhores atores juvenil estudantil de sabara e isso suscitou mais uma polemica:


Quem contracenava comigo numa peça de Maria Clara Machado (A bela adormecida) era uma linda morena e num trecho onde eu lhe interrogava quando poderiamos casar, ela fugiu do papel e me disse em tom jogoso que nunca casaria com um negro. Constrangimento geral, um silencio se fez presente e a diretora da peça a questionou onde ela havia lido isso.


- Sem jeito ela simplesmente disse que não gostava de negros e que estava se sentindo mal em contracenar comigo.

-Não estava nem aí para ela. Era mais um insulto que tomava na vida. Minha vida era só tomar pancada por ser negro. Resolvi apelar para a religião e aí tive um consolo,

Padre Antonio de Moura lima, que Deus o tenha bem do seu lado direito, me ensinou muitas coisas entre ela a de selecionar as coisas boas das coisa ruins, me ensinou a respeitar as opiniões das pessoas e principalmente, amar nossos semelhante acima de tudo.

Para falar a verdade, nem tudo assimilei. Mas o pouco que eu aprendi com esse santo Padre me fez ser um homem em paz com minha conciencia e esperar em Deus a justiça. Fui parar num seminario e la conheci o caminho que me reservava o futuro.
-
Fui atleta e conheci o Brasil , li mai de cinco mil livros ao longo de minha vida, façanha essa que me deu Know hall para pesquisar e escrever o meu livro que para o meu orgulho se tornou referencia na história pedagógica local e acabo de descobrir que sou um dos poucos escritores negros de Sabará. Infelizmente nossa raça é vista somente na area do esporte e arte. Conta se nos dedos o numeros de Politicos, juristas, empressários negros.


Alguns negros que conheço ao invés de ir a luta para mostrar que somos iguais, preferem bajular, trair e com isso conseguir parcos beneficio para tua vida.

Não sou melhor ou menor que outros irmão de cor. Mas me orgulho de estar eternmente na história da Vila Real de Nossa Senhora da Conceição de Sabarabussu.




(da esquerda para a direita) Eustáquio Zarley-vice prefeito Argemiro Ramos,Roberto Gomes, Dr Wagner Martins Valdemar Arcanjo e o prefeito Willian L. Borges. Política e literatura junto.


observação





(¹)-Benin é a terra de origem de muitos escravos trazidos para o Brasil. Até hoje mantém forte vínculo cultural com a Bahia. O acarajé, por exemplo, tradicional bolinho baiano, faz parte da culinária beninense – sob o nome de acará. Feijoada, azeite-de-dendê e inhame também são pratos nacionais.


O país tem rápido crescimento econômico, mas mantém altas taxas de inflação e de desemprego, gerando tensão social. O norte é sua região mais pobre, com influência islâmica. No sul, a pesca e a agricultura sustentam a economia.





(²) - Primeiro, galego não é apenas o habitante da atual Galiza, galego é quase qualquer português que mora relativamente ao norte de onde mora o outro primeiro português. Isto é piada e pode provocar irritação, mas não é a minha intenção polemizar, apenas como galego escrever o meu ponto de vista. Do mesmo jeito que o pensamento espanhol, digamos nacionalismo espanhol, trata de uniformizar Espanha, a lusitanidade, ao sul do Minho para mim, atua de igual forma, e assim os rasgos galegos, trasmontanos e minhotos que vão para o sul diluindo-se num continuum, vão desaparecendo devido à uniformização. E inclusive a ideia de serem galegos os habitantes destes territórios é questionada. Muitos dos verbetes "galegos", incorporados neste texto, também são palavras minhotas ou trasmontanas. Entendam: a Gallaecia, ficou partida na época medieval, ao norte uma Galiza espanhola e no sul outro condado, chamado portucalensis, mas condado galego, que gerou o atual Portugal, ambas partes habitadas por galegos. Algumas pessoas deste norte português ainda se consideram assim, vejam aqui como um galego de Portugal manifesta o seu protesto à Priberam por este dicionário conservar a ideia depreciativa sobre o adjectivo galego, que felizmente aqui não é incluída : Por alguma razão, tanto a espanholidade como a lusitanidade renegam e pejoram ao "galego"; gallego no dicionário da Real Academia Española foi até o passado ano sinônimo de tonto.

















terça-feira, 8 de março de 2011

As sete capas do capeta









Não passo uma fase boa em minha vida, mas esta sendo bom para mim, pois estou refletindo o que fiz da minha vida até o presente e voltou a minha mente uma historia contada por minha avó, que foi a minha professora de vida.

Acredita você que foi a pessoa mais inteligente com que convive. Sabe por que? Porque ela sentiu n pele a humilhação do seu empregador quando ao pedir um emprego, lhe ironizou ao dizer que quando a onça não pode criar eu filhote, ela o devora, a humilhação de trabalhar numa olaria , de onde tirava o seu sustento para criar seus rebentos. –
Mas essa ardilosa octogenária me deixou uma mensagem, que tomou conta do meu espírito e estou vendo acontecer com pessoas aqui no bairro, que se não para, refletir e voltar atrás em suas ações, com certeza terá muito que chorar. Vou contar a fabula que ela me passou quando eu tinha apenas doze anos de idade e que agora minha mente me reportou:
Ela me dizia que nos idos de 1917, seu pai contava uma história de um homem, que era famoso por ser um comerciante esperto. Tudo o que ele pegava se transformava em bens pra ele, negociava terra, colheitas, animais, material de construção, documentos, enfim tudo ele convertia em dinheiro. Era a pessoa mais influente, amigo do então governador de Minas gerais Artur Bernardes (¹)tendo como amigo, o Fernandinho, nada mais nada menos do que FERNANDO DE MELO VIANA para você ver o homem era forte. E com isso cresceu, se tornando poderoso ante o povo humilde da então VILA REAL DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DO SABARABUÇU. Mas no silencio da alcova era que ele confidenciava com seus botões toda a sua trama. Ele chantageava, mentia, enrolava , bajulava, fazia tudo para ter o poder sempre o teu lado.
Segundo dizia minha avo, houve caso que ele para conseguir um contrato, emprestou a sua mulher para um político, saciar sua tara, só para conseguir seu intento.
Pois bem, um dia o coroinha da igreja de Nossa senhora o pegou á meia noite no cemitério local conversando com alguém.
Como pode uma pessoa estar a essa hora num lugar desse e sozinho? Aproximou-se e viu que o homem conversava com o demo, ficou paralisado ao ver aquele ser estranho de chifre e pés de bode, com um cheiro forte de enxofre, cobrando do Geraldo burguesinho, seu compromisso:
- Você pediu e eu te dei. Dizia o coisa ruim
- Eu sei. Mas você tem que me dar mais um tempo. Não consegui a prefeitura da cidade e você me prometeu sete favores, e ate agora me concedeu cinco.
-está bom. O prefeito vai morrer e você tomará posse.
-Não quero que ele morra! Quero vê-lo pagar por algo que não fez e assim poder chantageá-lo.
- que assim seja. Vou colocar uma grande soma de ouro em tua casa e a policia vai pega-lo. Com isso você domina a policia e fica com a situação sobre seu domínio.
O coroinha estava lívido. Não podia acreditar. Mas Deus deu lhe o poder de ouvir esse dialogo macabro.
No dia seguinte toda Sabará comentava sobre o desfalque na Mina de Ouro e o conseqüente encontro do ouro na casa do Alcaide da Cidade.
- Com a intervenção do Geraldo Burguesinho, a situação foi contornada e o prefeito se sentiu no dever de se colocar a disposição do malandro.
E foi assim. Sabará crescia e o Geraldo Burguesinho também. Toda reunião que havia no município, sua presença era indispensável. O quinto desejo do Geraldo Burguesinho foi realizado, tinha o controle da cidade nas mãos. O sexto desejo era que queria ser amado. Pela mulher mais formosa da cidade. Tarefa nada fácil, por ser ela casada, honesta e ter um marido honesto e violento. Mais uma vez o Geraldo Burguesinho apelou para o seu amigo macabro:
-Pois é meu lúgubre amigo! Tenho dinheiro, poder, mas me falta um amor... e eu quero a Marieta , mulher do Delfino.
O diabo deu um grunhido violento. – Tu estás pedindo demais... daqui a pouco quererá meu lugar no inferno! Essa mulher é honesta , é protegida por uma legião de anjos e o homem La de cima a protege.
-Mas ela é que eu quero! Vire-se
Vou ver o que posso fazer. E desapareceu numa nuvem de enxofre.
Durante vários dias a honesta Marieta tinha pesadelos. Sonhava com o Geraldo Burguesinho, via como um homem maravilhoso que poderia resolver todos os seus problemas.
Esconjurava , rezava, pedia a nossa senhora Santana, para levar esses pensamentos para longe de tua vida. Rezava a São José para que não deixasse que seu lar fosse destruído.
O Diabo tentava, mas não conseguia entrar naquela casa abençoada. Pois sempre que se aproximava um anjo o barrava. Estava em jogo seu prestigio e não seria uma simples mortal que o venceria. Tentou! Tentou! Tentou, mas sempre que achava que conseguiria, uma legião de anjos aparecia para socorrer aquele lar cristão. Sem jeito resolveu enganar seu amigo. Apareceu para o Geraldo Burguesinho e lhe disse. Tú queres o sexto intento mesmo? Pois então o terá. A Marieta te espera no cruzamento da rua de cima. Mas você terá que estar ás seis horas da tarde trajando preto e terá que agarrá-la a sim que a vir.
Geraldo Burguesinho todo alegre se preparou para o grande momento de sua vida.
Esperou a sua amada e quando a viu foi logo, agarrando-a e beijando. Só que naquela emoção não notou que o seu esposo vinha logo atrás e quando viu aquela cena, não titubeou e na frente de testemunha, disparou sua cartucheira no rosto do atrevido que moribundo viu o seu aliado e o questionou: E o nosso trato?
- Só tenho sete capas te dei seis. A sétima é minha e essa não passo pra ninguém e agora você vem comigo!
Segundo minha avó, foi triste ver aquele homem rico, poderoso, feder pior a uma carniça.
Refletindo, o diabo continua usando suas capas para encobrir as presepadas de muita gente. Haverá um dia que vai recolher suas capas e aí será um Deus nos acuda!
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Artur Bernardes (¹) (Viçosa, oito de agosto de 1875 — Rio de Janeiro, março de 1955) foi um advogado e político brasileiro, presidente de Minas Gerais de 1918 a 1922 e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926. Seus seguidores foram chamados de "bernardistas".)

FERNANDO DE MELO VIANA (²)((Sabará, 15 de março de 1878 — Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1954) foi um político brasileiro.

Foi presidente de Minas Gerais entre 1924 e 1926 e vice-presidente da república no governo de Washington Luís.

Depois do mulato Nilo Peçanha, Melo Viana foi o segundo mulato a ocupar a vice-presidência)