Os cornos
Os cornos (também chamados chifres ou hastes) são apêndices da cabeça de alguns mamíferos. Podem ter forma pontiaguda, como no boi, podem ser pequenos e cobertos de pele, como na girafa, ou ser ramificados, como no alce.
Nos animais da ordem Artiodactyla, à qual pertencem o boi, a cabra e os antílopes, os cornos são ósseos e crescem sobre o frontal; na girafa, são também ósseos, mas com uma estrutura diferente, constituídos por ossicones; nos rinocerontes, os cornos são de origem dérmica, sem um núcleo e estão colocados sobre os ossos nasal ou frontal, em posição média.
Vários outros grupos de animais possuem apêndices na cabeça, como as antenas dos artrópodes e, por vezes, principalmente quando são fortes, são também (embora erradamente) chamados cornos; outros exemplos são os “cornos” dos caracóis.
cornos verdadeiros: nos ruminantes (ex.: bois vacas e carneiros), são ocos com epiderme queratinizada que reveste uma projeção óssea do crânio. São permanentes, não-ramificados, podem ser curvados, crescem continuamente e ocorrem em ambos os sexos.
Roça grande já teve uma grande quantidade de ruminante, principalmente cabritos.
Quem que na faixa de idade de quarenta e cinqüenta anos não se lembra da Dona Maria dos cabritos, seu Antônio do Mato, Zé Avelino, Seu Gervacio, Seu Francisco.seu Décio e outros que vendiam os leite das cabras e vaca. Não tinha essa frescuragem de pasteurização.
Existia nesta época a dona Maria do fato, que ia de matadouro em matadouro, buscar o estomago do boi e nos vender e minha avó sabia como fazer uma bela buchada (veja no final desta crônica, como preparar alguns pratos típico da rocinha), o peixeiro. Quem não se lembra do homenzinho gordo e baixinho que ia de porta em porta vender as tainhas e dourados de qualidade duvidosa, mas que eu sábia nunca matou ninguém.
O leite que se vendia na década de sessenta era uma delicia, seu Antônio do Mato levantava cedo e juntamente com seus filhos, Zé peão, Toninho e Carlinhos Roque, ordenhava e distribuía o leite fresco e forte de toda a manhã.
Esse leite fortificou muitas gerações e seu Antônio do Mato tinha a Mimosa campeã de leite, ela tirava mais de cinco litros de leite por dia, a minerva, a rosinha, a violeta e a cheirosa, essas vaquinhas fizeram a refeição de uma geração, que cresceu forte e sadia. A carne que nos alimentava de vez enquanto vinha da linha férrea , quando um boi ou uma cabra era atropelado por uma composição, no nosso linguajar “um trem de ferro”, era uma festa.
A carne era tão boa, a vigilância sanitária ia ficar de cabelo em pé ao ver cada um dos pais de família armado com um machadou ou facão destrinchando o infeliz ruminante, pegando o seu quinhão indo fazer o seu churrasquinho. Os bois de seu Antônio do Mato era famoso por sua beleza viril e também pela ferocidade. Tinha o Melão, um boi preto com cara de pouco amigo e que por segurança ficava só no curral, pois adorava correr e chifrar os moradores.
Raimundo chapa três, no auge de suas forças, resolveu encarar o ruminante e sem que seu Antônio do Mato pudesse impedir, ele pulou o cercado e se atracou com o Melão. Foi um Deus nos acuda, Melão bufava e babava preso num louca gravata dada por Chapa três, chapa três atracado com Melão era jogado de um lado para o outro, mas não largava o chifre do bólido de carne e pêlo. Final da história, Melão jogou o desafiante á uma altura de quase três metros fato que lhe custou uma costela e uma perna fraturada.
Roça grande na década de sessenta e setenta era a típica cidade do interior, vacas na rua, burricos carregando areias, lenhas e tijolos, o leite de vaca e cabra era vendido em latões e nossas mães quando ouvia as sinetas do leiteiro corria á porta com o bule para pegar o leite, que nunca nos fez mal.
Bons tempo. Foi embora o seu Antônio do Mato, seu Arlindo com seu burrico, Dona Maria do fato, com sua Lata de vinte litros na cabeça e toda uma historia maravilhosa de simplicidade e pureza que o progresso está aos pouco destruindo;
Já pensou o mundo sem uma vaquinha para nos brindar com um litro de leite?
Do jeito que caminha as coisa, filé e churrasquinho, as próxima geração só conhecerão somente através de fotografias e vídeo.
Por isso pessoal, vamos valorizar os donos dos belos chifres e seu pastos.
Também dizer não ao desperdício de água, o assoreamento de nossos rios.
Incrementar a coleta seletiva de nosso lixo e cobrar de nossos governantes, medidas enérgica
visando proteger o meio ambiente
Preserve nossa historia. Preserve a natureza. Preserve a vida.
Receita dos pratos que fizeram sucesso em Roça grande nas
décadas de 50.60;70 e ainda é um referencial
Receita dos pratos que fizeram sucesso em Roça grande nas
décadas de 50.60;70 e ainda é um referencial
· Buchada de boi ou dobradinha
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· Ingredientes
ü 1 Kg de bucho de boi limpo
ü 2 limões
ü 2 colheres de vinagre
ü Alho pilado com sal
ü Corante
ü Cominho
ü Pimentão
ü Cebola
ü Tempero verde a vontade
ü
· Modo de preparo
- Corte o bucho em pequenos pedaços e ferva em água com vinagre
- Escorra e ferva novamente com água e limão, escorra
- Leve ao fogo com água, alho, cominho e corante
- Deixe cozinhar por 30 minutos, coloque o tempero restante e leve ao fogo novamente
- Sirva quente e com arroz branco
Segredo do famoso peixe de Santo Antônio servido nas barracas de Roça Grande
· Ingredientes
ü 1/2 kg ( filé de peixe dourado ou a gosto)
ü 2 colheres de trigo
ü Sal a gosto
ü Pimenta seca (a gosto)
ü Limão (a gosto)
ü Óleo
· Modo de Preparo
- Tempere o peixe com sal, pimenta seca e limão, deixe descansar por 10 minutos
- Depois passe o peixe no trigo e deixe secar
- Após coloque a frigideira para aquecer com óleo bem quente
- Coloque bem devagar 1 por 1 e deixe ficar bem crocante
Até hoje os romeiros vem a Roça grande á procura desses dois pratos.
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