O polemico caso do "Zé da Grota"
Ah que saudade de minha infância, na rua Santana aqui neste bairro que eu
amo!
Das brincadeiras infantis á roda de conversa ao pé da fogueira.
Dos cantos e causos que povoavam a nossa fértil mente.
Das brincadeiras infantis á roda de conversa ao pé da fogueira.
Dos cantos e causos que povoavam a nossa fértil mente.
Desta vez vou contar um
estranho caso que o vizinho Zé ferreira contou e que me deixou de boca aberta.
Conta esse senhor
que o amigo de infância o Zé da Grota,
tinha o saudável costume de se levantar as quatro horas da manhã para cuidar do
pasto e ordenhar as vacas do sitio de sô
Antonio do Mato.
Caboclo forte e destemido
“Zé da grota” era o exemplo de peão dedicado e leal, homem verdadeiro
odiava loroteiro e mentiroso , falava que o homem tinha que ter uma palavra:
sim , sim e não , não o resto era coisa do tinhoso!
Um belo dia de natal
, estava o Zè admirando o céu natalino quando notou entre as estrelas,
uma que vagarosamente vagava sob a abóbada celeste, tão devagar que dava a
impressão que descia para terra...
Mas num era que ela estava descendo mesmo ? O que poderia ser?
Mas num era que ela estava descendo mesmo ? O que poderia ser?
Destemido o caboclo da roça
se armou de uma foice e resolveu ver o que poderia ser aquilo.
Medo de assombração não tinha, homem que já tinha bulido com o lobisomem ,
não teria medo de uma luz estranha.
Bravura era seu nome, mas cautela era sua determinação.
Pé ante pé caminhou para onde a luz havia parado e espantado viu um estranho objeto de
dimensões enorme que estava roubando os
bois do seu patrão.
Os animais como se fosse comandado por uma voz, caminhava
serenamente para dentro daquela luz e eram tragado para dentro.
Desesperado o nativo
da Roça grande, tentou afugentar a luz e
impedir que a subtração dos pertences de seu patrão se consumasse, quando foi atingido por uma luz
que o fez perder os sentidos.
No dia seguinte ele foi encontrado nu e em cima do estábulo
com o corpo chamuscado.
Encaminhado ao medico
, ficou muito tempo em delírio e repetindo sempre:”Vou da nome aos bois” e
começa a recitar os nomes dos bovinos que a
estranha luz levara.
Até hoje não se sabe que fim tomou os animais do Antonio do
Mato e o corajoso Zé da Grota morreu anos depois, triste e traumatizado com
esse fato.
Era triste ver o
caboclo sentado combalidamente na soleira da porta de sua casa repetindo a
cantilena: Vou dar nome aos bois! Barrão, pintado , vagaroso , Betânia,
juízo,marreta..
Assim passava o dia. Todos já estavam acostumado a essa
Pizarrize do Zé.
Até que um dia não se ouviu os nomes dos bois, foram ver o que tinha
acontecido e descobriram que a voz do caboclo se calara para sempre.