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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Vou dar nome aos bois

O polemico caso do "Zé da Grota"

Ah que saudade de minha infância, na rua Santana  aqui neste bairro  que  eu amo!
Das brincadeiras infantis á roda de conversa ao pé da fogueira.
Dos cantos e causos que povoavam a nossa fértil mente.
Desta vez vou contar um  estranho caso que o vizinho Zé ferreira contou e  que me deixou de  boca aberta.
Conta esse   senhor que  o amigo de infância o Zé da Grota, tinha o saudável costume de se levantar as quatro horas da manhã para cuidar do pasto e ordenhar as vacas do sitio de  sô Antonio do Mato.
Caboclo forte e destemido  “Zé da grota” era o exemplo de peão dedicado e leal, homem verdadeiro odiava loroteiro e mentiroso , falava que o homem tinha que ter uma palavra: sim , sim  e não , não  o resto era  coisa do tinhoso!
Um belo dia de natal  , estava o Zè admirando o céu natalino quando notou entre as estrelas, uma que vagarosamente vagava sob a abóbada celeste, tão devagar que dava a impressão que descia  para terra...
Mas num era que ela estava descendo mesmo ? O que poderia ser?
Destemido o caboclo da roça  se armou de uma foice e resolveu ver o que poderia ser aquilo.
Medo de assombração não tinha,  homem que já tinha bulido com o lobisomem , não teria medo de uma luz estranha.
Bravura era seu nome, mas cautela era sua  determinação.
Pé ante pé caminhou para onde a luz havia  parado e espantado viu um estranho objeto de dimensões enorme que  estava roubando os bois do seu patrão.
Os animais como se fosse comandado por uma voz, caminhava serenamente para dentro daquela luz e eram tragado para dentro.
Desesperado  o nativo da  Roça grande, tentou afugentar a luz e impedir que a subtração dos pertences de seu patrão se  consumasse, quando foi atingido por uma luz que o fez perder os sentidos.


No dia seguinte ele foi encontrado nu e em cima  do estábulo  com o corpo  chamuscado.
Encaminhado  ao medico , ficou muito tempo em delírio e repetindo sempre:”Vou da nome aos bois” e começa a recitar os nomes dos bovinos que a  estranha luz levara.
Até hoje não se sabe que fim tomou os animais do Antonio do Mato e o corajoso Zé da Grota morreu anos depois, triste e traumatizado com esse fato.
Era triste  ver o caboclo sentado combalidamente na soleira da porta de sua casa repetindo a cantilena: Vou dar nome aos bois! Barrão, pintado , vagaroso , Betânia, juízo,marreta..
Assim passava o dia. Todos já estavam acostumado a essa Pizarrize  do Zé.
Até que um dia não se ouviu os  nomes  dos bois, foram ver o que tinha acontecido e descobriram que a voz do caboclo se calara para sempre.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

90000

A historia é tudo e cada dia que passa nossa pagina é visitada por pessoas que querem conhecer a recôndita Roça grande, terra de pessoas especiais e pitoresca....