Quinze dias depois de ter escrito
este texto, acordo assustado e emocionado.
Conversei com o meu amigo em algo que
se poderia ser chamado de sonho.
Fiquei emocionado e minha fé aumentou
ainda mais.
No meu sonho (?) estava eu na Rua
Marieta Machado em Sabará, na mercearia de um comerciante de origem turca, já falecido,
quando meu amigo entra no estabelecimento e vai conversar com o atendente.
Assustei.
_Meu Deus esse é o Eduardo.
Com certo receio me aproximei dele e
constatei que ele estava vivo;
- Ola meu amigo! Saudou-me com o seu sempre
sorriso amistoso. Quanto tempo;
- Eduardo pelo que me consta você morreu a
coisa de um mês. - retribui sorrindo a saudação.
- Pois é Valdemar, o que foi que fui fazer. E
agora não dá pra consertar.
- Que loucura, mas já foi feito e vou seguir
meu destino.
- Você esta feliz?
- O que eu acreditava, ou não, ficou provado
o contrario.
- Como assim. Você agora acredita em Deus?
- Eu vi Deus. E Deus é amor.
- Como você viu Deus. Ele se apresentou a você?
- Não. Senti a presença dele deste o momento
que vim para esse lado, Vi pessoa amiga minha lá na terra que me confortaram e
me disseram que eu teria que passar por certa dificuldade ate me redimir do ato
que pratiquei.
- Eduardo não te entendo, você com uma conta
bancaria recheada, um casa confortável, com o mundo os seus pés, sem
compromisso com ninguém, fazer um ato deste o que foi que te levou a isso?
- A falta de acreditar em algo. Era materialista,
como você mesmo sabe contestava a presença de Deus achava que Deus era eu mesmo. -
Senti que ele refletia. Observando-o notei que
ele vestia uma linda camisa vermelha, o cabelo muito bem penteado e aparado,
bem barbeado e a calça era de um bege forte chegando à cor creme, sapato preto
bem lustrado. Indaguei.
- Esta arrependido?
- Arrependido não é a palavra exata. Digo
acordei de uma teimosia causada por decepções humana. Espero cumprir o que me
espera e viver pelos designo de Deus.
- Vou colocar essa nossa conversa no meu
livro. Posso?
- Sim respondeu meu amigo que saiu sem se
despedir de mim e foi conversar com um médico que passava no local.
Assim que ele saiu fui conversar com
o atendente da loja e perguntei se ele viu com quem eu estava falando, ele
sorriu e com certa ironia me disse que eu era o primeiro louco que havia
entrado na loja.
Por que só louco conversa com as
paredes.
Hã?