Texto extraído do Blog ‘Sobre Todas as Coisas’
Nesta noite, pelo mundo afora, famílias, amigos, milhões de pessoas estarão reunidos para comemorar o Natal, este evento misterioso de uma criança que nasce para mudar a história da Humanidade. Mas, em tempos de Google e Wikipédia, parece que todos os mistérios podem ser resolvidos com um click num teclado. É só digitar a pergunta, um assunto e em não sei quantos microsegundos, eis a resposta na tela.
Foi assim que descobri, na internet, uma matéria que dizia que Jesus não nasceu nem em 25 de dezembro, nem em Belém.
Foi assim que descobri, na internet, uma matéria que dizia que Jesus não nasceu nem em 25 de dezembro, nem em Belém.
Quanto à data de nascimento de Jesus, a reportagem certamente tem razão. Ele não nasceu no dia 25 de dezembro. Esta data foi uma apropriação do cristianismo quando se integrou à cultura romana.
A história foi mais ou menos assim:
A história foi mais ou menos assim:
Por volta do ano 312 d.C., o imperador Constantino converteu-se ao Cristianismo e o elevou à categoria de religião oficial do Império Romano. Acelerava-se o processo de sincretismo, de inculturação cristã no universo pagão.
Durante o mês de dezembro celebravam-se as grandes festas pagãs, inclusive a Festa do “Deus Sol Invictus”, que vence as trevas e brilha sobre todos. Nada mais significativo e adequado, portanto, que dar-lhe uma roupagem, um significado cristão. Afinal, é o próprio Jesus que diz: “Eu sou a Luz do mundo, quem me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida”.
Então, foi simples assim: “A ADEMG informa: sai a festa do deus Sol pagão, entra a festa do Filho de Deus, Jesus, cristão”.
Nasce o Natal.
Nasce o Natal.
Já a discussão sobre o local do nascimento de Jesus é mais complicada. A narrativa dos evangelhos é clara em situar este acontecimento em Belém. Afinal, todas as profecias do Primeiro Testamento apontam para a pequena cidade de Judá. Mas há quem argumente que o título “Jesus de Nazaré”, seria um indício de que ele teria nascido naquela aldeia da Galiléia. Neste caso, a polêmica, provavelmente, vai permanecer.
Mas, na verdade, essencial é saber onde e quando Jesus nasceu para cada um de nós…
Mas, na verdade, essencial é saber onde e quando Jesus nasceu para cada um de nós…
Se perguntássemos, por exemplo, a Maria, a mãe de Jesus, ela talvez nos dissesse:
- Jesus nasceu numa tarde em que eu estava sozinha, em minha casa, em Nazaré da Galiléia. Eu rezava. Senti, então, uma luz que brilhava em mim e à minha volta. E um mensageiro de Deus falou ao meu coração. Desde então, nunca mais me vi ou me senti só. Ele estava e está em mim. Mas não o guardei comigo. Eu o ofereci de presente ao mundo e aos homens…
- Jesus nasceu numa tarde em que eu estava sozinha, em minha casa, em Nazaré da Galiléia. Eu rezava. Senti, então, uma luz que brilhava em mim e à minha volta. E um mensageiro de Deus falou ao meu coração. Desde então, nunca mais me vi ou me senti só. Ele estava e está em mim. Mas não o guardei comigo. Eu o ofereci de presente ao mundo e aos homens…
José, esposo de Maria, responderia, quem sabe, assim:
- Jesus nasceu, para mim, numa noite de sono atribulado, de pesadelos que torturavam o meu coração. Então o vi no olhar suave de Maria, minha noiva, no seu sorriso doce, na sua fidelidade ao Pai. Quando a abracei, Ele nasceu em mim.
- Jesus nasceu, para mim, numa noite de sono atribulado, de pesadelos que torturavam o meu coração. Então o vi no olhar suave de Maria, minha noiva, no seu sorriso doce, na sua fidelidade ao Pai. Quando a abracei, Ele nasceu em mim.
Um grupo de pastores, em Belém, diria:
- Jesus foi, primeiro, uma estrela no céu. Mas o desejo da sua vinda já brilhava em nosso coração…
- Jesus foi, primeiro, uma estrela no céu. Mas o desejo da sua vinda já brilhava em nosso coração…
Os magos confirmariam:
- Seguimos a estrela que anunciava a chegada de um rei. Encontramos um menino pequeno e frágil, seu pai e sua mãe, ambos simples e pobres. Jesus nasceu, para nós, num momento de surpresa, num lugar chamado simplicidade…
- Seguimos a estrela que anunciava a chegada de um rei. Encontramos um menino pequeno e frágil, seu pai e sua mãe, ambos simples e pobres. Jesus nasceu, para nós, num momento de surpresa, num lugar chamado simplicidade…
João Batista contaria seu segredo:
- Meu coração bateu mais forte quando o vi, entrando no rio Jordão e caminhando em minha direção. Ele sorria e parecia saber exatamente o que fazer. Quando pediu que eu o batizasse, senti que algo extraordinário nascia naquele momento e lugar. E eu era parte dessa história. Meu coração exultou de alegria e me senti, de novo, criança, no ventre de minha mãe…
- Meu coração bateu mais forte quando o vi, entrando no rio Jordão e caminhando em minha direção. Ele sorria e parecia saber exatamente o que fazer. Quando pediu que eu o batizasse, senti que algo extraordinário nascia naquele momento e lugar. E eu era parte dessa história. Meu coração exultou de alegria e me senti, de novo, criança, no ventre de minha mãe…
E assim, por quase dois mil anos de História podemos colher insistentes relatos de “nascimentos de Jesus” em lugares, circunstâncias e tempos mais extraordinários… ou comuns. Das formas mais diversas. Parece que todo ser humano sobre a face da Terra tem seu natal. E ele, quando acontece em profundidade, é decisivo. É capaz de mudar o rumo de uma vida. É capaz de fazer o Natal acontecer todos os dias, e a Páscoa também, quando Ele morre por causa do nosso egoísmo, e renasce pela força do nosso amor…
Por isso, ao longo do Tempo e da História, poderíamos perguntar a todos e a cada um, como perguntamos agora a você :
Quando e onde Jesus nasceu para você?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
siga nos e comente nossas publicações