Parecia pesadelo. A chuva caia
torrencialmente. O Rio das Velhas a cada minuto subia seu nível d’agua .
Apreensivos os moradores vigiavam o rio
. Outros tratavam logo de se abrigar ou se comunicar com parentes e amigos
moradores de região ribeirinha para saber em que pé estavam a sua segurança.
Dezoito horas a defesa cível dá o alerta
: A represa da Cemig em Rio Acima pode ser aberta e com isso não é aconselhável
ficar em travessias ou margem do rio .
Um caminhão do super mercado Vitorino
se arrisca a atravessar a ponte .
Vinte e duas horas. Asa autoridade horas
antes havia proibido a travessia da ponte sobre o rio das Velhas e um estrondo
e la se foi a nossa ponte.
O terror das águas era tanto que não
atinamos para a gravidade do fato.
Grupo de moradores se organizou e saia
ás rua a procura de flagelados . A escola municipal foi usado como refugio de
moradores da área ribeirinha.
Desolação e sofrimento.
Como cumprir compromissos se a ponte e a
estrada estavam destruídas.
Nem rezar o povo podia pois a Avenida Henrique de Melo estava cheia de águas barrentas , a
igreja católica com agua em toda a sua
extensão , o padre Jorge preso em sua própria residência ,sendo resgatado pela
valorosa corporação de Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de Minas
Gerais .
Dizem que cão e gato não se coadunam,
mas o que se viu em Roça Grande , é algo que deve ficar gravado nos anais da
historia do mundo .
Inimigos declarados se deram a mão e
mutuamente se ajudaram.
Pessoas que por livre e espontânea
vontade optaram pelo ostracismo, abriram suas residências e prestaram sua
solidariedade áquele que no momento sofriam a intempérie do tempo.
A falta de luz e água levou a Roça Grande aos primórdios dos tempos
de 1920.
Rogério Rodrigues (Nô Galbas), Antonio Cardoso (Tuica),
Maria Cândido (dona preta), Maria dos Santos, supriram os moradores com agua potável.
Vilmar Pereira, Jose Heleno Inácio e o
então vereador Luiz Nestor Moreira , cuidaram da travessia sobre o Rio das
Velhas , para aqueles que tinham que trabalhar nos dias posteriores.
Imprensa, autoridade locais, um prefeito
recém eleito o povo. O que fazer?
Sabará praticamente isolada.
Começava ai uma saga de lutas e
reinvidicações que culminaram com a inauguração oito meses
depois da nova travessia de Roça Grande .
Moradores obrigados a faltarem de serviço
por mais de uma semana, água potável faltando , a insegurança latente , impedia
ações de sobrevivência. As associações tentavam se organizar e lutar.
Estávamos impotentes ante a esse fato
inusitado. Roça Grande havia dado um passo para trás , um grande passo por
sinal.
Foi esse sinal que acordou lideranças
adormecidas e vimos que as vezes quem o povo elege para seus representantes ,
não esta altura das necessidade prementes dos moradores. Nossos representantes
foram testado e simplesmente foram reprovado.
A alternativas deles é contar com a
ignorância de alguns eleitores e quando
chegar o próximo pleito eleitoral encher a barriquinha dos infelizes ignorantes
de cerveja ,churrasco e esmola para garantir mais um período nababesco ás custa
do povo.
Mesmo assim a administração do prefeito
Wander Borges , que por sinal , foi o melhor prefeito que apareceu nesta
paragens , juntamente com o povo simples e carente conseguiu suprir essa grave carência .
Parabéns moradores de Roça Grande. A
União e a solidariedade prevaleceram nos momentos difíceis no coditiano do bairro.
Um comentário:
Essa foto desta inundação é de dar arrepios!!!
Lembro-me muito bem disso.
Eu estava lecionando à época, no Colégio Christiano Guimarães, e tinha que ir a pé pela linha pois tudo era água pura, inclusive a praça da praça de esportes.
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