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sábado, 4 de fevereiro de 2012

O dia em que a Roça Parou





Parecia pesadelo. A chuva caia torrencialmente. O Rio das Velhas a cada minuto subia seu nível d’agua . Apreensivos os moradores vigiavam o  rio . Outros tratavam logo de se abrigar ou se comunicar com parentes e amigos moradores de região ribeirinha para saber em que pé estavam a sua segurança.
Dezoito horas a defesa cível dá o alerta : A represa da Cemig em Rio Acima pode ser  aberta e com isso não é aconselhável ficar em travessias ou margem do rio .
Um caminhão do super mercado Vitorino se  arrisca a atravessar a ponte .
Vinte e duas horas. Asa autoridade horas antes havia proibido a travessia da ponte sobre o rio das Velhas e um estrondo e la se foi a nossa ponte.
O terror das águas era tanto que não atinamos para a gravidade do fato.
Grupo de moradores se organizou e saia ás rua a procura de flagelados . A escola municipal foi usado como refugio de moradores da área ribeirinha.
Desolação e sofrimento.
Como cumprir compromissos se a ponte e a estrada estavam destruídas.
Nem rezar o povo podia  pois a Avenida Henrique de  Melo estava cheia de águas barrentas , a igreja  católica com agua em toda a sua extensão , o padre Jorge preso em sua própria residência ,sendo resgatado pela valorosa corporação de Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de Minas Gerais .
Dizem que cão e gato não se coadunam, mas o que se viu em Roça Grande , é algo que deve ficar gravado nos anais da historia do mundo .
Inimigos declarados se deram a mão e mutuamente se ajudaram.
Pessoas que por livre e espontânea vontade optaram pelo ostracismo, abriram suas residências e prestaram sua solidariedade áquele que no momento sofriam a intempérie do tempo.
A falta de luz e água  levou a Roça Grande aos primórdios dos tempos de 1920.
Rogério Rodrigues (Nô Galbas), Antonio Cardoso (Tuica), Maria Cândido (dona preta), Maria dos Santos, supriram os moradores com agua potável.
Vilmar Pereira, Jose Heleno Inácio e o então vereador Luiz Nestor Moreira , cuidaram da travessia sobre o Rio das Velhas , para aqueles que tinham que trabalhar nos dias posteriores.
Imprensa, autoridade locais, um prefeito recém eleito o povo. O que fazer?
Sabará praticamente isolada.
Começava ai uma saga de lutas e reinvidicações que culminaram com a inauguração oito  meses  depois da nova travessia de Roça Grande .
Moradores obrigados a faltarem  de serviço por mais de uma semana, água potável faltando , a insegurança latente , impedia ações de sobrevivência. As associações tentavam se organizar e lutar.
Estávamos impotentes ante a esse fato inusitado. Roça Grande havia dado um passo para trás , um grande passo por sinal.
Foi esse sinal que acordou lideranças adormecidas e vimos que as vezes quem o povo elege para seus representantes , não esta altura das necessidade prementes dos moradores. Nossos representantes foram testado e simplesmente foram reprovado.
A alternativas deles é contar com a ignorância de  alguns eleitores e quando chegar o próximo pleito eleitoral encher a barriquinha dos infelizes ignorantes de cerveja ,churrasco e esmola para garantir mais um período nababesco ás custa do povo.
Mesmo assim a administração do prefeito Wander Borges , que por sinal , foi o melhor prefeito que apareceu nesta paragens , juntamente com o povo simples e carente  conseguiu suprir essa grave carência .

Parabéns moradores de Roça Grande. A União e a solidariedade prevaleceram nos momentos difíceis no coditiano do bairro.
 ESSA É MINHA TERRINHA.TERRA DE SANTO ANTÔNIO.



Um comentário:

www.amoreinfinito.blogspot.com disse...

Essa foto desta inundação é de dar arrepios!!!
Lembro-me muito bem disso.
Eu estava lecionando à época, no Colégio Christiano Guimarães, e tinha que ir a pé pela linha pois tudo era água pura, inclusive a praça da praça de esportes.

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