bem vindo

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Os ladrões de Santo Antonio



Sino da igrejinha faz  Belém blem. blem . Deu  meia noite e os galos do bairro também já  tinham se recolhido. Uma furtiva silhueta caminhava entre os túmulos do cemitério.
Tentou uma, duas, três vezes saltar o muro que o separava da sacristia da igrejinha.
Um grito de furor e raiva ecoou da garganta da sombra. Mas não desistira do seu intento. Outra sombra se aproximou e com uma espécie de escadinha improvisada, ajudara ao parceiro transpor esse incomodo obstáculo.
Do outro lado pegou um pé de cabra que seu companheiro lhe passara e o ajudou a pular o muro que não chegava a ter três metros de altura. Com movimentos uniforme e força moderada, conseguiu vencer a resistência da porta de acesso à igreja e entrou.
O vento La fora rugia. Prenuncio de uma tempestade outonal, afinal as arvores desfolhadas davam os aspectos de formas indefinidas de seres a bailar ao sabor do vento. Um olhar por sobre o muro os olhos dos intrusos tremeram ao ver o capim por sobre os túmulos dançarem de uma forma sinistra.
Que loucura! Mas se não fosse hoje teriam que esperar outra oportunidade. Sabia que a igreja estaria desprotegida neste dia, O dinheiro arrecadado nas missas, estaria no cofre da sacristia, alem de cálice feito em ouro e prata e alguns cravejados com pedras semipreciosas.
Rompeu a ultima etapa foi feito com um melancólico gemido da madeira. Pronto! A Igreja é nossa. Agora é pegar o cofre abri-lo e fugir.
Ao passar perto da imagem de Santo Antonio, um vento frio lhe bateu á fronte, resoluto e tendo seu inseparável cúmplice, batiam com o ponteiro nas dobradiça do cofre.
Maldito vento! Como pode ele entrar aqui desse jeito!
- entretido o intruso, pede ao seu amigo a furadeira.
 Toma!
Assustado o ladrão olhou na sua mão o membro humano que seu amigo lhe dera.
Ao olhar para seu amigo, notou que ele não estava onde devia. No seu lugar um ser o olhava, furiosamente.
Seus olhos saiam faísca de fogo, tinha um rosto branco como o mármore, à altura não poderia mensurar e o halito. Que cheiro horrível.
Com um grito de horror notou que o seu fiel escudeiro estava desmaiado ao lado da figura horripilante. Mais nada.
No dia seguinte ao abrir a igrejinha, o zelador se deparou com os dois desconhecidos desmaiado e sujos de excrementos humanos. Compareceu os militares Cabo Paulino, Soldados Marlucio e Custódio que socorreram os infeliz intrusos. Levados para a santa casa de Sabará, não paravam de gritar dizendo que o monstro iria devora-los.
Não se sabe como chegaram a Roça grande só o que a mística até hoje continua. Não tente entrar sorrateiramente na igreja de Roça grande. Você pode encontrar com algo que você não gostara de ver.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

siga nos e comente nossas publicações