Tudo se encaminhava para um tranqüilo dia das mães .
A família levantara cedo. indo ao supermercado , feito a tradicional feira domingueira , indo a missa celebrada pelo padre Aguinaldo que ainda conclamou aos fiéis de santo Antônio a se abraçarem e se confraternizassem , num ato que demonstraria a paz e a união entres os seres humano.
O dia estava lindo, ensolarado , com poucas nuvens a decorar o azul anil do céu.
Parecia que tudo iria correr ás maravilhas neste dia tão santificado em homenagem ás mães.
Parecia. Até que resolveram assar o infeliz peru.
Oswaldo se prontificou a levar o corpo do infeliz peru á uma padaria para que fosse assado e decorado. Assim o fez . O padeiro marcou que no Maximo duas horas o galináceo estaria assado.
Como o tempo era muito, Oswaldo resolveu visitar uns bares e tomar uma com limão , “para refrescar a garganta.”
Mas a caipirinha estava tão boa que ele resolveu tomar , não só uma , mas “uma dúzia de caipirinha. “ foi nesse estado que se apresentou ao padeiro; estava vendo tudo em dobro. Pagou e a passos cambaleante com o assado nas mãos seguiu teu caminho em direção ao lar.
Passando no bar , reconheceu seu velho amigo de serviço , foi lhe dar um abraço e logo uma animada conversa tomou corpo.Conversa vai , conversa vem , o peru quente exalando aquele aroma tentador , que resolveram provar dum pedacinho de asa da ave.
-primeiro uma asa, desce uma cervejinha. Mais uma cervejinha e mais um pedaço da ave, desce uma cerveja, mais um amigo entra na conversa e uma coxa desapareceu , outro amigo e mais uma deliciosa coxa foi para o estômago do tagarela.Oswaldo em virtude do álcool que lhe subia a cabeça não percebia que o almoço de sua esposa estava indo para a barriga de seus amigos. A rodinha em torno da mesa de Oswaldo crescia e o peru sumia.
Preocupada com a demora do marido, Gercina resolve ir atrás do distraído esposo.
Com certeza ele errou a hora de pegar o assado . Conjeturou a dona de casa, mas qual foi a sua surpresa ao passar pelo bar da Rita e ver o Oswaldão , rindo , feliz da vida e ao seu lado , um monte de ossos do que restou do peru. Um peru que faria a alegria da família , agora transformado em um monte de ossos , rodeado por um bando de bêbados alegres e satisfeito.
A ira tomou conta de Gercina e num surto imediato , arremessou uma cadeira em cima do marido bêbado , quebrando garrafas e mesa .
Cambaleante . Oswaldo tentou conter a fúria da mulher, que como uma onça indomável quebrou todo o bar da Rita que não teve alternativa senão chamar a policia.
Todos foram parar na delegacia e o delegado ficou confuso quando Gercina tentou explicar.
-Doutor. Comeram o meu peru!
- A senhora é mulher ou um traveco?
-Mais respeito comigo. Estou falando serio . Esse cafajeste do meu marido ,ao invés de levar o peru assado para a ceia do dia das mães, resolveu fazer gracinha com o peru dos meus filhos.
-O peru é da senhora ou são os peruzinhos dos seus filhos? Ironizou a autoridade.
Gercina já não cabia em si de raiva, alem de passar a tarde na delegacia, tinha que agüentar a gozação de um policial. Foi quando resolveu apelar.
—Não doutor o peru a que me refiro é o que meu marido colocou na boca de sua progenitora!
Foi a vez de o delegado ficar vermelho de raiva e mandar guardar todo mundo na cela, até que a ira e o álcool estivesse sido banidos daqueles corpos.
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