bem vindo

domingo, 4 de novembro de 2012

UM PRÍNCIPE NEGRO NAS RUAS DO RIO





Brasileiro da primeira geração, Cândido da Fonseca Galvão, Dom Oba que em Ioruba significa rei, nasceu na Vila dos Lençóis no sertão da Bahia por volta de 1845, filho de africanos forros, e neto do poderoso Alá a Fin Abiodun o ultimo soberano a manter unido o grande império do Oyo e por direito de sangue era príncipe africano.
E no período compreendido entre os anos de 1865 a 1870 participou da guerra do Paraguai, e devido a sua grande bravura foi condecorado como oficial honorário do exército brasileiro, e ao retornar ao país fixou residência na cidade do Rio de Janeiro onde sua posição social se tornou no mínimo complexa, pois era considerado como uma figura folclórica por uma certa camada da sociedade, e por outro era reverenciado como um príncipe real por escravos, libertos e homens livres de cor.


Amigo pessoal e protegido de Dom Pedro II, Dom Oba assumiu nos momentos decisivos do processo de abolição progressiva o papel histórico de elo entre as altas esferas do poder imperial e as massas populares que emergiam das relações escravistas com suas figura imponente e seus modos soberanos, ao se vestir com suas finas roupas preta ou com seu bem preservado uniforme de alferes do exército brasileiro com sua espada à cinta e seu chapéu armado com penacho colorido nas ocasiões mais especiais.

Ao defender sua visão alternativa da sociedade e do próprio processo histórico brasileiro em razão de suas idéias, com sua linguagem crioula mesclada com o dialeto de Ioruba e latim para uma elite letrada que não compreendiam os seus discursos e para os escravos, libertos e homens livre de cor que compartilhavam com suas idéias e contribuíam financeiramente para a publicação das mesmas que eram lidas nas esquinas e em famílias, teoricamente Dom Oba era um monarquista acima dos partidos que mantinha uma política muito bem matizada, cujas idéias não eram de um conservador e nem de um liberto ao combater ao racismo e ao defender a igualdade entre os homens.
E em razão disto, ele se orgulhava de ser preto e por não acreditar em superioridade devido ao fato de ser amigos de brancos, e de não acreditar que houvesse exatamente questão racial, mas uma questão de cultura, de informação e de refinamento social, fato este que levou o príncipe e os seus seguidores a formulação pioneira quando da criação de uma estética autônoma de que a raça negra não era apenas linda, mas superior do que os mais finos brilhantes.

Fonte: www.infonet.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

siga nos e comente nossas publicações