Final da década de 50, principio da subsequente época produtiva do Brasil.
Como o final da terrível segunda Guerra Mundial, o Brasil recebe imigrantes de todo o mundo, principalmente italianos, alemães e japoneses.
Muitos desses imigrantes jogaram toda a sua sorte nesta aventura e acredito que o moral e a baixa-estima em voga, causados pela derrota dos países do Eixo na guerra, era um fator que teria que ser suplantado.
E parece que essa não foi à meta de um estranho senhor que desembarcou na estação de Roça grande.
Quem presenciou a chegada a chegada deste inusitado visitante, notou seu semblante, triste, capunchito, derrotado ao entrar na igrejinha de Santo Antonio, vagar pelo cemitério local, sentar ao lado de fora do bar do Odilon e caminhar pela linha férrea.
Foi vagando, e para os simples moradores locais, aquele homem branco feito à neve de olhos azuis era uma tremenda novidade numa segunda- feira.
Eram dez horas da manhã e o subúrbio que passava no bairro já apitava ao longe.
O estranho homem sentou-se na beira da linha férrea no local onde havia duas altas paineiras e a portaria do Hospital Cristiano Machado.
Trabalhadores do então Sanatório para Hansenianos horrorizados viram quando aquele homem, vendo o trem das dez se aproximava, deitou de bruços e, num ato insano, colocou a cabeça nos trilhos e o pesado veículo ferroviário decepou a sua cabeça germânica.
O motivo para essa loucura ninguém soube e nunca saberá; comenta-se que a Guerra derrota da Alemanha de Hitler não fora digerida por esse homem, que achou resistência no mercado de trabalho e negócios, como todo povo alemão.
O lugar ficou conhecido como “corte do Alemão”
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