Não dormi.
Nem se cogita a ideia de eu estar embriagado, pois sou abstêmio,
então o que foi o que vivi?
Essa pergunta retumbava no cérebro de Oscar.
Sentado á beira da cama, tendo ao teu lado sua fiel companheira,
tentava entender o que havia ocorrido. Deitara ás vinte e três horas e mal caíra
no sono (?), aconteceu. Na penumbra viu aquilo que parecia sair de um filme de
suspense, três vultos caminhavam pelo quarto e pararam perto de sua cama. Seus
ossos congelaram, suas pupilas dilataram a procura de melhor foco do que estava
ocorrendo e de repente, tudo se iluminou. Não estava mais em seu quarto, mas
num lugar estranho e bonito. Deitado em uma espécie de maca, via o zimbório
celeste, através de uma janela enorme e transparente e o que mais lhe chamou a
atenção é que as estrelas passavam velozmente pela janela, dando a impressão
que estava se locomovendo em altíssima velocidade.
Sobressaltou quando um ser se aproximou e passou a observá-lo.
Era um humanoide de pelo menos dois metros e meio de altura tez clara, não
branca, mas um claro mais oriental, lembrando o povo mongol, olhos oblíquos,
testa larga e uma boca muito pequena destoando diametralmente da circunferência
facial desse gigante. Suas mãos, finas e grandes destacam a peculiaridade de
ter uma membrana unindo os seus dedos como um pé de pato, dedos grandes e finos
e um belo anel de pedra azul cintilavam entre as falanges. Enquanto Oscar
aterrorizado observava, ele era observado. Algo expectante se tornou evidente,
se sentia vitima de um sequestro e temendo a morte suplicou:
- Em nome de Jesus poupe a minha vida.
Sem se mover os lábios o estranho lhe falou. Era uma voz sintética
e metálica que ecoou dentro de sua cabeça: - Acalme se. O Deus que você
acredita é o mesmo que nos guia.
Essas palavras foram como um sedativo. Relaxando, adormeceu
e agora acordado sentado ao lado de sua mulher, tentava concatenar as razões
por algo impossível de acreditar. Sua esposa Marialva, compreensiva o acalmou e
ambos se deitaram.
Abraçadinho debaixo do edredom sentiu algo a lhe espetar.
Qual foi a sua surpresa ao ter em suas mãos o estranho anel.
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