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domingo, 30 de maio de 2010

O que esta acontecendo com Roça grande ?




É decepcionante ver o que estão fazendo com a tradicional festa católica da região.

Um evento que agregava mais de sessenta mil devotos pode fazer a estimativa que não chegara a trinta mil esse ano.

A prova maior foi o início do jubileu deste ano em que menos de duzentos veiculo participou da carreata, ou seja, quarenta por centos dos que participaram ano passado.

Sou um mero expectador cristão que vê os valores comerciais e interesse políticos sobrepujar a fé.

O padre José Claudio com todo o seu carisma e oratória delegando certos poderes á comunidade põe em risco nossa tradicional festa. Não há consonância entre os organizadores e a população. Uma minoria faz o que acha certo em detrimento da vontade da maioria.

Nas décadas de 50, 60 e 70 e uma parte dos anos 80 essa estratégia seria válida, mas hoje não. Seria de bom alvitre que a paróquia de Santo Antonio da Roça Grande investisse nesse evento e contratasse uma empresa especializada em eventos religiosos, e, com certeza publicidade, mobilização popular iria se avolumar.

A festa do ano passado teve uma afluência de sessenta mil devotos esses numero não vai ser alcançado e enquanto isso os templos paralelos cristão vão brotando num solo onde a religião católica era uma maioria esmagadora.

O ser humano necessita de uma referencia, somos cristão católico, que precisa congregar cultuar se sentir seguro e amparado.

Se não tomarmos postura de comunidade estaremos à mercê da desagregação espiritual

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A HISTÓRIA DE VALDEMAR ARCANJO

Nascido em 29 de setembro de 1957, em Roça Grande, Valdemar Arcanjo
é um descendente da famíliaHilario/ Alcântara que chegou no bairro após a li-
bertação dos escravos, em 1888. A casa onde vive hoje com a sua família
tem mais de cem anos e foi a base de escravos fugidos de Nova Lima.
Quando moço, fez teatro, porém lhe diziam que não havia espaço para
negros nessa arte. Foi corredor e o primeiro atleta de Sabará a correr na
São Silvestre. Foi contratado por uma empresa multinacional, a Terex e,
com isso, participou das corridas mais importantes do continente como a
Maratona Atlântica Boa Vista, no Rio de Janeiro; a Corrida dos Reis, em
Brasília; a Corrida do Café, em Apucarana-PR, a San Fernando, em Monte-
vidéu/Uruguai, a Corrida do Ouro, em Nova Lima, entre outras.

A PROMESSA E A VISÃO DO FUTURO

Em 1982, Valdemar trabalhava arrancando trilhos em
Araçatuba. Um dia, presenciou um grupo de policiais inva-
dindo uma casa de trafi cantes. Houve um tiroteio intenso
e lá estava Valdemar, no meio da confusão. Desesperado,
lembrou-se de São Miguel Arcanjo. Clamou por ele e, de
repente, apareceu um buraco no meio da linha do trem.
Ele entrou e esperou. Viu um policial morrendo ao seu
lado, porém ele não foi atingido. No desespero, prome-
teu a São Miguel Arcanjo realizar 20 eventos no bairro de
Roça Grande. De lá pra cá, Valdemar publicou o livro: “A
Roça conta um conto”, promoveu Rua de Lazer, corridas,
passeio ciclístico e eventos de divulgação das personalida-
des locais. Agora está preparando outro livro “O folclore
na terra de Santo Antônio” e ainda faltam quatro eventos
para cumprir sua promessa.
Nesse trabalho, Valdemar se envolveu bastante com as pessoas, histórias
e lendas de Roça Grande, além de ter contribuído para o desenvolvimento
do local. O primeiro computador de acesso público em Roça Grande foi
dele.
Entre as estórias que sua avó lhe narrava, a preferida de Valdemar é a
do Diabinho da Garrafa, que ele conta: “Houve uma linhagem na corte
de Napoleão que se chamava família de Chamblon. Um dos Chamblon
veio para Minas Gerais como capitão-do-mato. A sua missão era capturar
negros fugidos e o seu sonho era fi car rico, milionário, nem que para isso
tivesse que fazer um pacto com o demônio. Viajando de Sabará para Nova
Lima pela estrada velha, ele encontrou uma cigana que lhe pediu comida.
O capitão-do-mato deu-lhe carne seca com farinha e ela lhe disse: “Eu sei
do que você gosta e do que você precisa. Vou lhe dar essa chance”. Deu a
ele uma garrafi nha com o demônio dentro. O ambicioso homem conversou
com o demônio, que respondeu: “Eu lhe dou o que você quiser, mas em
60 anos você vai morrer”. “Ah, tudo bem, já vivi o bastante”, respondeu o
homem. E assim ele fi cou rico, construiu uma fazenda no alto do sharley,
um morro de Roça Grande. Tinha gado, eqüino, bovino, suíno e muitos
escravos. Em 1804, viajou para França. Voltou para o Brasil e fi cou sa-
bendo que a sua fazenda estava sendo invadida por capitães-do-mato e
mercenários. Ele se juntou, no Rio de Janeiro, com índios, mercenários e
bandidos e se preparou para uma guerra. Muita gente morreu e, entre os
atacantes, o homem viu o diabo e perguntou-lhe: “Por que isso aqui ago-
ra? Nosso pacto não era de 60 anos?”. Só havia se passado 15 anos. “Não,
eu menti para você”, respondeu o diabo, que matou o capitão-do-mato.
Assim que ele morreu, as coisas deles sumiram, viraram cupim. Segundo
a lenda, que minha avó contava, quem sobe no Charlei e senta na ruína
ouve vozes gritando e, se for à noite, vai ver o demônio lá”

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os milagres de Santo Antônio em Roça grande

Nas primeiras décadas do século XX, não se sabe direito a
data correta, um lenhador do bairro de Roça Grande encon-
trou uma imagem de Santo Antônio de Pádua sobre uma
pedra, nas imediações de um morro que circunda o bairro, hoje conhecido
como Rosário III. Rapidamente a notícia correu em Sabará e Santa Luzia e
vieram beatos e padres para ver a imagem achada. A Mitra Arquidiocesa-
na ordenou que o santo fosse para a paróquia central, localizada em Santa
Luzia, e assim foi feito.
Para surpresa de todos, na manhã seguinte, o santo havia desaparecido da
paróquia e foram encontrá-lo sobre a pedra em Roça Grande. Novamente
pegaram a imagem e a levaram para Santa Luzia. No dia seguinte, a ima-
gem desapareceu de novo. Voltaram a vê-la no mesmo local onde havia
sido achada pelo lenhador.
Dona Preta, moradora de Roça Grande desde 1944, conta que a pedra de
Santo Antônio fi cava em cima de um morro e que a rocha tinha o formato
exato para o santo se assentar e descer as pernas. Era assim que as pesso-
as o encontravam nas manhãs, depois de sumir da igreja de Santa Luzia.
Intrigada com o fato, a Mitra Arquidiocesana decidiu que colocariam o
santo novamente na paróquia de Santa Luzia e que, desta vez, dois guar-
das deveriam vigiar a porta da igreja.
À noite, os guardas ouviram barulho de passos. Examinaram o lugar e
não viram ninguém, somente o rumor do vento e o mato se movendo. No
dia seguinte, para o espanto de todos, principalmente dos vigias que não
pregaram os olhos à noite, Santo Antônio estava novamente sentando em
sua pedra em Roça Grande, desta vez com a batina cheia de carrapichos e
poeira, como se ele tivesse caminhado pelo matagal da região.
A pedra de Santo Antônio
Já tinha virado questão de honra e o povo de Santa Luzia não se rendia ao
fato da imagem, misteriosamente, teimar em fi car num lugar tão atrasa-
do, com um povo simples. Resolveram, então, levar a imagem para Santa
Luzia e reforçar a segurança para mantê-la na paróquia.
Preparou-se uma romaria para levar Santo Antônio de Roça Grande para
Santa Luzia defi nitivamente e, nesse dia tão esperado, a ponte sobre o
Rio das Velhas, que ligava o lugarejo à cidade, sem motivos ou explica-
ções, caiu, impedindo a transferência do santo.
Os moradores de Roça Grande tomaram o fato por milagre e todos acei-
taram que Santo Antônio queria viver sobre a pedra no morro em Roça
Grande. Foi decretado que Santo Antônio não sairia de Roça Grande e
a imagem foi levada para a capelinha do bairro, que tinha catacumbas
na porta e sepulturas dos heróicos bandeirantes sob o chão. Em 1964, a
rocha também foi levada para a capelinha, pois esse objeto também virou
alvo de adoração e muitos tiravam lascas para guardar de lembrança,
considerando ser algo santo.
A notícia do milagre de Santo Antônio de Roça Grande se espalhou e co-
meçou a vir gente de todos os cantos para suplicar e agradecer milagres.
A capelinha foi reformada, transformada em um santuário. A imagem
encontrada pelo lenhador é a mesma que fi ca sobre o altar no santuário
antigo e, abaixo dela, a pedra, também venerada e adorada. O povo acre-
dita que o pó da rocha é milagroso. Dona Preta fala que é comum os fi éis
rasparem a pedra para fazer chá, que, segundo ela, cura de tudo.
A romaria e o trem subúrbio
Roça Grande tornou-se centro de romaria de devotos de Santo Antônio.
No início do século XX, o meio de transporte utilizado pelos romeiros era
o trem chamado “Subúrbio”, que saída da capital com destino a Rio Acima
e parava na estação de Roça Grande, inaugurada no século XIX por D. Pe-
dro II. Mais tarde, foi denominada estação Castro Brandão, fi lho de Roça
Grande que foi o primeiro humorista de Minas Gerais a trabalhar na Rádio
Nacional.
A “Maria Fumaça” vinha puxando mais de vinte carros carregados de
gente, que, na época da trezena de Santo Antônio - os primeiros 13 dias
de junho - vinham com devotos saindo pela janela e em cima dos carros.
Depois do milagre de Santo Antônio que derrubou a ponte de madeira, só
construíram outra ponte em junho de 1972, quando Dona Rosa e Seu Odi-
lon Fune doaram um terreno para a nova ponte e para a abertura da ave-
nida que liga Roça Grande à rodovia. Até então, o caminho para o bairro
era de terra e a estrada dava em Nova Lima e, de lá, no bairro da Sauda-
de, em Belo Horizonte. Seu Floriano, nascido em Sabará em 1933, conta
que os homens e as mulheres que iam de ônibus para a capital vestiam,
ao sair de Roça Grande, um guarda-pó, e o tiravam quando chegavam. Só
assim para fi carem limpinhos.
Antes da construção da nova ponte, o transporte de um lado para outro
do rio era feito pela balsa de Antônio Fune, que consistia em um cabo
amarrado de margem a margem e uma balsa em que ele puxava o povo.
Depois de atravessar na balsa, ainda tinha que passar por um trilho na
beira do rio, onde havia um conjunto de casebres e uma pinguela, que era
um desafi o para os devotos. Valdemar Arcanjo, nascido em Roça Grande
e autor do livro “A Roça conta um conto” (Editora Mourart, 2004), rela-
ta que os romeiros, ao passarem pelos casebres, admiravam-se com um
prato simples da culinária local que se tornou a segunda maior atração do
bairro. Era um peixe, comprado no Mercado Central de BH, temperado e
frito, envolto em fubá. Os romeiros acreditavam que aquele peixe era um
legítimo dourado pescado no Rio das Velhas.
Em 1986, o trem do “Subúrbio” fez sua última viagem. Seus trilhos ainda
cortam Roça Grande e traçam caminho conhecido como “Estrada Velha”.
Essa estrada-de-ferro divide o bairro e faz parte da história de sua povoa-
ção: no fi m do século XIX, depois da abolição da escravidão, um grupo de
negros libertos de uma fazenda em Nova Lima, pertencente a um parente
de D. Pedro II, foi para Roça Grande e ali se instalou, invadindo as plan-
tações e furtando animais. Como pertenciam à família Alcântara, eram os
negros de Alcântara e esse fi cou sendo o sobrenome daquela nova família,
à qual se juntou muitos índios.
Porém, as terras de Roça grande já tinham dono. O português Teófi lo
Alves Benfi ca foi designado pelo Tenente-general do mato Borba Gato,
em início do século XVIII, como o capitão responsável pelas estâncias de
plantações de roças e criação de porcos e aves para o sustento de ho-
mens de jornada. Capitão Teófi lo Benfi ca destacou-se em sua função de
patrulhar, organizar e impor aos aventureiros e moradores normas rígi-
das, visando preservar as riquezas minerais da região
em nome da Coroa. Como retribuição, recebeu terras
férteis e ali plantou a semente de sua família, a maior
e mais infl uente no bairro de Roça Grande.
Com a chegada dos Alcântara,fato esse ocorrido após a noticia da abolição da escravatura
houve guerra pela terra.
Muitos morreram até que se fechou um acordo: a parte
povoada, com as plantações, fartura de água e fácil
acesso à capital, fi cou com os portugueses e seus des-
cendentes. Esta terra fi ca à direita da estrada velha,
e o lado esquerdo fi cou para os negros e índios que
chegavam no arraial.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

onde tudo começou....

Onde tudo começou
Roça Grande é um bairro da cidade de Sabará (MG), po-
rém, os livros de história relatam que foi ali, em uma en-
costa de terra fértil, com uma fonte pura de água e distante
do nível das enchentes que, em 1675, o bandeirante baiano
capitão Matias Cardoso de Albuquerque plantou uma gran-
de roça para receber a bandeira de Fernão Dias. Acredita-
se que Roça Grande seja o terceiro povoado que surgiu nas
terras de Minas Gerais, antes mesmo de Sabará.
Estrada de ferro que divide a cidade de Roça Grande.
Porém, o que atrai milhares de pessoas todos os anos para
o bairro de Roça Grande não é a sua origem antiga, e sim
um fato milagroso que aconteceu no início do século XX. O
pessoal de Roça Grande, desde os primeiros moradores, é
devoto de Santo Antônio de Pádua, santo muito popular em
Portugal, o que levou os bandeirantes, em 1707, quando foi
instituída a freguesia no local, a colocar o nome de Arraial
de Santo Antônio do Bom Retiro da Roça Grande. Antes
disso, já haviam construído uma capela em que, quando da
chegada de Borba Gato, ainda no século XVII, celebrou-se
uma missa.

UM CONTO A MAIS NÃO FAZ MAL....

Ta na hora de contar um causo, um caso ou boato. Esta na hora de contar pro cês qeu minha terra alem de ter paineira tem gente . Gente que sonha com o passado como eu , para que o futuro seja vislumbrado.
Aqui mostrarei os personagem qu efizeram do meu livro , o mais lido da região .