O que há de maligno com o poder?
É de arrepiar. Mas é verdade.
Política é coisa do capeta. Por mais que você associe o seu candidato á um Moisés do século XXI , ele pode ter as melhores intenções , o sistema o faz mudar de idéia e princípios se não for com a sutil sedução do poder é feita de forma covarde e avassaladora.
O poder é algo terrível , fascinante e mortal. Se você não tiver calocha para enfrentar a enxurrada , não entre na chuva. Com certeza você vai ser engolido pela avalanche.
Por experiência própria senti isto . Fui candidato a vereador por Sabará três vezes : 1988 tive 245 votos (ganhei a suplência na câmara municipal) 1992 tive 185 votos e 2004 tive 86 votos.
Senti na pele o quão é terrível desafiar o poder em voga.
Sempre fui oposição. Não me vendi e não me vendo. Não sou bajulador de políticos e muito menos tapete para eles pisarem e me escarnecer. E isso é terrível. A perseguição é certa .
Em 2004 fui candidato e nem a minha família votou em mim. Claro acredito que minha esposa e filho votaram . Mas irmãos e sobrinho , querendo uma vaga na prefeitura e beneficies do poder municipal apoiou maciçamente o candidato do prefeito preterindo o sangue fraterno. Coisas do poder. Tentaram me impedir até de lançar o meu livro. Que esta me salvando financeiramente. Pois se sobrevivo , modestamente , é graças á “ROÇA CONTA UM CONTO”.
O candidato deles foi eleito , a família esta feliz na prefeitura , na administração municipal , ganhou bolsa de estudo na faculdade enfim , estão no time que esta vencendo.
Mas o que quero abordar é um caso que um amigo meu de uma cidade do interior me contou e que me deixou verdadeiramente assustado.
Roberto. Pastor da igreja evangélica “CAMPOS DO SENHOR JESUS”, comerciante no ramo de tecido , muito popular na região resolveu se candidatar ao cargo de Edil desta linda cidadezinha. Como era uma pessoa inteligente e carismática , contava já com a sua eleição ao cargo. Vendeu terrenos investiu em propagandas , cesta básicas , levar doente á hospitais e veio até á capital das gerais marcar consulta para um suposto eleitor.
Não dormia direito. Usou os setenta dias de campanha integralmente. O dinheiro parecia que era pouco. Vendeu sua vaquinha de estimação. Vendeu o carrinho Chevette ano 1982, prevendo que assim que for eleito ele compraria um do ano, deu dinheiro a rodo para cabos eleitorais que lhe prometia uma avalanche de votos.
Estava eleito. Só esperaria abrir a urnas e pegar o diploma.
Mas Deus se compadeceu da ingenuidade do pastor Roberto e lhe mandou um aviso. Um aviso que lhe fez tremer as base da raiz de seu cabelo:
Foi num sábado 25 de setembro de 2004, hora uma hora e vinte e cinco da madrugada, batem á porta do pastor Roberto:
- quem é ? Pergunta de dentro da casa.
- sou eu pastor . O João do moinho amarelo.
- o que você quer João:
-tamos precisando de sua ajuda , pastor.
O Zeroberto ta mal!
Falando coisa sem sentido.
- que coisa hen! Vamos La ver o que ta acontecendo.
Saíram. Teria que dirigir dez kilômetro numa estrada cheia de buracos e enlameada , sem iluminação e com um matagal bem considerado. Se não fosse a cata de votos ele mandaria esses cara catar prego. Mas ele queria por que queria ser vereador, ma assim que ele for eleito ele passaria esse tipo de serviço para o seu assessor.
Chegaram . Ao longe ele pôde ver a tênue luz do barraco e uma grande dos vizinho s que assustado rezavam e gritavam todo o tipo de oração. Estavam assombrados, apavorados era a palavra certa.
Alguém gritou: Graças a Deus o Pastor Roberto chegou!
Aleluia! Jubilou outro – Tamos salvo.
Roberto com seu terninho de tergal branco desceu do carro , armado com a bíblia e o óleo bento e foi logo pro quarto do enfermo (?).
Vendo o ambiente . Viu que a coisa era terrível . Tratava de uma possessão espiritual.
Quando o enfermo o viu . Começou a rir , gargalhar e zombar.
- Chegou o homem de Deus!
- chegou o próximo amigo.
_ Roberto impassível , começou a orar e sua orações foram dando efeito .
O enfermo gritava, blasfemava e por fim foi definhando até cair de joelho ante aos salmo e orações do homem que representava Jesus naquele momento.
Antes de ir definitivamente do corpo do Zéroberto ele avisou.
Você vai ser eleito nesta cidade e vai se r mais um que vai me adorar. O seu prefeito é meu amigo e você não vai ser diferente. O poder que você almeja e mais cedo ou mis tarde você vai prestar culto é Amim. E numa terrível gargalha ele abandonou o frágil corpo do camponês.
- Roberto estava lívido. Acordou de um pesadelo . Aquelas palavras haviam feito despertar do topor causado pelo poder , pela ganância .
Mas mesmo assim acreditava que essa era a sua missão. Chegou ás véspera da eleição e decepcionado viu a sujeira que envolve a política. O prefeito que ele apoiava e achava que era seu amigo. Mandou que as maquinas trabalhassem dia e noite na recuperação das estradas do distrito onde ele morava e atrás das maquinas veio o protegido do prefeito que com isto ganhou todos os créditos do trabalho.
Eleição. Dia quatro de outubro de dois mil e quatro. As urnas são abertas e Roberto vê o massacre que sofreu.Perdeu as eleições , perdeu dinheiro , patrimônio e ilusão pelo poder.
Mas me garante o meu amigo que agora, recuperando todo o seu patrimônio moral e material. Que Deus o livrou da perdição de sua alma.
Tudo é força, mas o poder maior vem de Deus.
Todo império na terra cai. Nada é eterno
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