Dá para coroar o tempo?
Dá. E os católicos gostam de coroar o tempo. A Coroa do Advento, um outro símbolo natalino, é feita de ramos verdes entrelaçados. Eles formam um círculo, no qual são colocadas quatro grandes velas, de preferência de cor roxa. Elas representam as quatro semanas do Advento, o Tempo do Natal. Nas igrejas, essa coroa deve ser colocada em um lugar evidente no presbitério, bem perto do altar ou do púlpito, sobre uma mesinha, um tronco de árvore ou em qualquer outro lugar bem visível. Essa colocação é recomendada até pelo Pontifício Instituto Litúrgico de Santo Anselmo de Roma.Nas casas, a Coroa do Advento costuma ser colocada numa mesa da sala ou num lugar bem central.
A Igreja
garante alguma relíquia?
Sim, umas poucas e recentes, cheias de laudos e atestados. O resto a Igreja só garante que são coisas muito velhas, viajadas e antigas.A Igreja Católica sempre recomendou o respeito pelas relíquias e a confiança em suas virtudes, mas nunca interveio para confirmar ou negar a autenticidade de nenhuma. Os papas, salvos raríssimas exceções, assim como os concílios, sempre limitaram-se a recomendações gerais, frequentemente negativas sobre as relíquias, visando coibir os abusos. O cânon 62 do Concílio de Latrão, de 1215, determinou: "Os bispos não permitirão mais que se empreguem vãs ficções ou peças falsas para enganar aqueles que vêm às suas igrejas honrar as relíquias, como acontece em muitos lugares visando o lucro". O mesmo cânon proibiu que as relíquias fossem retiradas de seus relicários e expostas. Uma sábia decisão.
Seria o prepúcio sagrado o de Jesus?
No princípio do século XII, esta versão do prepúcio sagrado foi levada para Roma e apresentada ao Papa Inocêncio III, a quem foi pedido um veredicto sobre a sua autenticidade. Com prudência, Inocêncio recusou pronunciar-se. Já no século XVI, o Papa Clemente VII, mecenas de artistas como Rafael e Miguel Ângelo, grande perturbador do panorama político e religioso do seu tempo, declarou que o prepúcio sagrado era uma relíquia verdadeira e fruto do corpo de Jesus. A impressão é que esse papa tinha um plano, um business plan, e aproveitou para conceder indulgências aos peregrinos que viessem prestar homenagem e fomentar outros negócios. Em sonhos ou visões, Santa Catarina de Sena fez um anel ou uma aliança do Santo Prepúcio. O tema é vasto e rico, tanto para historiadores como para curiosos e psicanalistas. Sem falar da pesquisa genômica.
No princípio do século XII, esta versão do prepúcio sagrado foi levada para Roma e apresentada ao Papa Inocêncio III, a quem foi pedido um veredicto sobre a sua autenticidade. Com prudência, Inocêncio recusou pronunciar-se. Já no século XVI, o Papa Clemente VII, mecenas de artistas como Rafael e Miguel Ângelo, grande perturbador do panorama político e religioso do seu tempo, declarou que o prepúcio sagrado era uma relíquia verdadeira e fruto do corpo de Jesus. A impressão é que esse papa tinha um plano, um business plan, e aproveitou para conceder indulgências aos peregrinos que viessem prestar homenagem e fomentar outros negócios. Em sonhos ou visões, Santa Catarina de Sena fez um anel ou uma aliança do Santo Prepúcio. O tema é vasto e rico, tanto para historiadores como para curiosos e psicanalistas. Sem falar da pesquisa genômica.
Como foi
o batismo do Senhor?
Não teve padrinhos, nem salgadinhos, nem igreja.Mas aconteceu em família, entre primos. E foi muito movimentado, num cenário grandioso. Naquele tempo, o Rio Jordão ainda não havia sido desfigurado com todos os atuais plantios de eucaliptos australianos feitos nas suas margens. No calendário religioso, a festa do batismo de Jesus leva os católicos, como peregrinos em espírito, às bordas do Rio Jordão, para participar desse acontecimento misterioso: o batismo de Jesus pelo seu primo João, o Batizador ou o Batista. Segundo a narração evangélica: “enquanto Jesus, também batizado, orava, abriu-se o céu, baixou o Espírito Santo sobre Ele em forma de pomba, e se escutou uma voz do céu: ‘Você é meu Filho predileto, em ti me agrado’” (Lc 3,21-22). Um espetáculo de som e imagem. Um dia para ninguém mais esquecer.
A
procissão católica inspirou o desfile de Carnaval?
Sim, e muito.As procissões são marchas solenes de caráter religioso, organizadas pela Igreja Católica, geralmente pelas ruas de uma cidade. Os padres e outros clérigos saem paramentados, carregando imagens, crucifixos, à frente de andores, estandartes, pálios ricamente decorados, velas, lanternas, archotes, estandartes, cruzes alçadas, lampadários, bastões etc. Eles são levados por fiéis, também paramentados, das diversas irmandades e confrarias, religiosos e religiosas, e pelos leigos, em geral, formados em duas ou mais alas. As procissões rezam e entoam cantos, hinos e motetos, acompanhadas por fanfarras, bandas, música de instrumentistas, corais e cantores. Além do som de sinos ou matracas, e até de rojões, dependendo do caráter da procissão.Nas procissões há cumprimento de promessas e alguns andam de pé descalço, carregam pedras, andam um trecho de joelhos etc. As passeatas e manifestações de rua, de operários, estudantes, grevistas etc. adotaram a liturgia católica das procissões e também saem com seus símbolos, estandartes, cantos e palavras de ordem. Ou desordem. Os blocos, maracatus, cordões e vários grupos carnavalescos construíram suas coreografias, apresentações e forma de desfiles sobre o modelo das procissões. Há até estudos antropológicos sobre essa contribuição da sagrada procissão ao profano desfile do Carnaval. Do católico ao caótico.
É tempo
de jejum ou de banquete de bacalhau?
No início do século VII o jejum quaresmas consistia em comer apenas uma refeição por dia e abster-se de toda alimentação na Sexta e Sábado Santos. O costume de abster-se de carne tinha grande significado no passado, pois era um alimento caro e desejado. O comportamento vegetariano evocava uma humanidade de antes do dilúvio, quando os humanos comiam somente frutas e grãos.No Brasil, ficar um dia sem comer carne é pouco significativo. Muita gente come carne regularmente, várias vezes por semana. Dá para parar um dia. Até a Sexta-feira Santa, antes um momento de despojamento e de abstinência de carne, tornou-se um dia de opulência gastronômica, de muita comilança de peixes, principalmente de bacalhau, uma proteína bastante cara e objeto de pratos suculentos e sofisticados. Tudo muito distante do espírito inicial da Quaresma.
Qual a
razão das cinzas na cabeça?
Nas missas realizadas na Quarta-feira de Cinzas, os participantes são abençoados com cinzas. O padre sinaliza a testa de cada participante com cinzas ou as coloca sobre suas cabeças. Os cristãos normalmente deixam as cinzas em sua testa e nos cabelos até o pôr-do-sol, antes de lavá-los. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Oriente Médio de jogar cinzas sobre a cabeça, como sinal de arrependimento perante Deus.De onde vêm essas cinzas? Elas costumam ser obtidas pela queima dos ramos secos entregues nas paróquias e comunidades, que haviam sido abençoados e distribuídos no ano anterior no Domingo de Ramos.
Qual é a estrada sagrada dos católicos?
É a via-sacra, uma estrada colorida e movimentada. A expressão latina via-sacra significa caminho sagrado. Os cristãos quiseram, desde o início, seguir de perto os passos de Jesus em sua paixão, o seu caminho rumo ao Calvário, revivendo os acontecimentos desde o Horto das Oliveiras até o seu enterro. Síntese de várias devoções, a prática da via-sacra desenvolveuse após as Cruzadas, e foi promovida pelos franciscanos, particularmente por São Leonardo de Porto Maurício (1676-1751). O santo frade Leonardo deu origem a esta devoção no século XIV no Coliseu de Roma, pensando nos cristãos impossibilitados de peregrinar à Terra Santa para visitar os santos lugares da paixão e morte de Jesus Cristo. Ele instalou sozinho 576 vias-sacras! É estrada que não acaba mais. Uma verdadeira infra-estrutura viária religiosa.Com tantas vias-sacras não havia como se perder nos caminhos da piedade e da conversão, na rota para os céus.Ao longo da via-sacra o católico acompanha espiritualmente e através de imagens o trajeto de Jesus, desde a agonia no Getsêmani até à morte e sepultura no Calvário, com momentos de meditação e oração em várias estações.
Quando a
coroa de Jesus perdeu seus espinhos?
A pontiaguda coroa de espinhos, colocada ou enterrada com violência na cabeça de Jesus, é a relíquia mais artesanal da caixa romana dos sofrimentos. Segundo a tradição, ao descerem Jesus da cruz, sua coroa de espinhos foi cuidadosamente retirada, preservada e conservada. Não deve ter sido pelo José de Arimatéia. Ele já andava com as mãos ocupadas cuidando do corpo de Jesus e do Graal.Com o tempo, essa coroa, antes maldita, ficou sagrada,marcada que estava pelo sangue do Redentor. Com o tempo também, ela tornou-se cada vez menos assustadora e mais fácil de portar. A razão é simples: ao longo dos séculos, os imperadores de Bizâncio e depois os reis da França distribuíram generosamente os seus espinhos. Na última contabilidade
existiam 70 espinhos, ditos da coroa de Jesus, distribuídos planeta afora. E, assim, a coroa de espinhos ficou cada vez mais lisinha, menos ameaçadora, menos comovente e mais fácil de portar.
A celebração pascal tem hora certa?
Tem e deve ser respeitada. Após o pôr-do-sol do Sábado de Aleluia ocorre a celebração pascal, uma das mais longas e ricas de símbolos e sinais de toda a liturgia católica. Não pode ser antes do pôr-do-sol. Originalmente, a celebração maior da Páscoa se fazia na noite do sábado para o domingo, mas a partir do século VII essa celebração começou ocorrer na tarde do sábado.Muitos não agüentavam esperar tanto pela ressurreição.
A partir de 1566, começaram a ocorrer celebrações pascais na manhã do sábado! Não dava nem tempo do corpo de
Jesus esfriar no sepulcro.Mal morria, já tinha que ressuscitar. A Igreja combateu esses angustiados desvios temporais e litúrgicos. O Papa Pio XII, em 1951 e 1955, autorizou e impôs o retorno à celebração noturna no Sábado Santo.
Pentecostes
é uma festa judaica?
Certeza absoluta. A Festa de Pentecostes é de origem judaica. Ela corresponde à festa das Semanas, Shavuot, celebrada sete semanas depois da Páscoa (7 x 7 = 49). Pentecostes, em grego, significa qüinquagésimo, o 50º dia. Os hebreus eram pastores nômades. Depois da sua sedentarização em Canaã, essa Festa das Semanas ou das Colheitas, própria de agricultores, tornou-se complementar à Festa da Páscoa, mais vinculada à antiga fase pastoril desses criadores de cabras e ovelhas. Após o exílio na Babilônia, com a reforma litúrgica e a concentração do culto judaico no Templo de Jerusalém, a Festa de Pentecostes passou a celebrar a Aliança do Sinai e a entrega ou revelação da Lei, da Torá, complementando a Páscoa, comemorativa da libertação do Egito. Celebrada em Jerusalém, Pentecostes era uma das festas de Peregrinação, junto com Páscoa e Tabernáculos (Sucot). O cristianismo não ia deixar passar a oportunidade de também recuperar essa bela festa agrícola judaica e que, até hoje, faz grande sucesso nas áreas rurais brasileiras. E a pomba do Espírito Santo colaborou.
Certeza absoluta. A Festa de Pentecostes é de origem judaica. Ela corresponde à festa das Semanas, Shavuot, celebrada sete semanas depois da Páscoa (7 x 7 = 49). Pentecostes, em grego, significa qüinquagésimo, o 50º dia. Os hebreus eram pastores nômades. Depois da sua sedentarização em Canaã, essa Festa das Semanas ou das Colheitas, própria de agricultores, tornou-se complementar à Festa da Páscoa, mais vinculada à antiga fase pastoril desses criadores de cabras e ovelhas. Após o exílio na Babilônia, com a reforma litúrgica e a concentração do culto judaico no Templo de Jerusalém, a Festa de Pentecostes passou a celebrar a Aliança do Sinai e a entrega ou revelação da Lei, da Torá, complementando a Páscoa, comemorativa da libertação do Egito. Celebrada em Jerusalém, Pentecostes era uma das festas de Peregrinação, junto com Páscoa e Tabernáculos (Sucot). O cristianismo não ia deixar passar a oportunidade de também recuperar essa bela festa agrícola judaica e que, até hoje, faz grande sucesso nas áreas rurais brasileiras. E a pomba do Espírito Santo colaborou.
Sábado é
dia de Maria visitar o purgatório?
Parece que sim. Certa vez, uma freirinha convencia-me sobre as vantagens de adotar o uso do escapulário de Nossa Senhora doCarmo. Segundo ela,Nossa Senhora, compadecida, viria me buscar no purgatório logo no primeiro sábado, após a minha morte, reduzindo meu tempo de permanência naquela situação. Disse a ela que, nesse caso, iria rezar e torcer para morrer numa sexta-feira. Imaginei, como nas poesias de Fernando Pessoa, a singeleza de Nossa Senhora consultando uma folhinha nas paredes dos céus e lembrando-se que amanhã é sábado, dia de ir buscar almas no purgatório.Na piedade popular, o sábado é dia consagrado a Maria, a Mãe de Jesus, porque “ela o antecedeu como a aurora ao dia”. A disciplina litúrgica permite a celebração da memória de Nossa Senhora no sábado (ofício e missa), sempre que no tempo comum do Ano Litúrgico, e que não haja celebração superior. Uma coisa é certa para os católicos: Nossa Senhora, a Compadecida, roga pelos pecadores, agora e na hora da morte. Seja qual for o dia da semana. Amém.
Parece que sim. Certa vez, uma freirinha convencia-me sobre as vantagens de adotar o uso do escapulário de Nossa Senhora doCarmo. Segundo ela,Nossa Senhora, compadecida, viria me buscar no purgatório logo no primeiro sábado, após a minha morte, reduzindo meu tempo de permanência naquela situação. Disse a ela que, nesse caso, iria rezar e torcer para morrer numa sexta-feira. Imaginei, como nas poesias de Fernando Pessoa, a singeleza de Nossa Senhora consultando uma folhinha nas paredes dos céus e lembrando-se que amanhã é sábado, dia de ir buscar almas no purgatório.Na piedade popular, o sábado é dia consagrado a Maria, a Mãe de Jesus, porque “ela o antecedeu como a aurora ao dia”. A disciplina litúrgica permite a celebração da memória de Nossa Senhora no sábado (ofício e missa), sempre que no tempo comum do Ano Litúrgico, e que não haja celebração superior. Uma coisa é certa para os católicos: Nossa Senhora, a Compadecida, roga pelos pecadores, agora e na hora da morte. Seja qual for o dia da semana. Amém.
Para que
serve um padrinho ou uma madrinha?
Para garantir o apadrinhamento. E a experiência mostra: não é fácil apadrinhar. Quem apadrinha, ajuda, põe-se a favor, patrocina, orienta, persevera e não atrapalha. Se você não tem padrinho, nem madrinha, não sabe o que está perdendo. E está até arriscado a morrer pagão. Os padrinhos, no batismo ou na confirmação, apresentam o afilhado ou afilhada ao sacramento, comprometendo-se com a sua preparação e depois com a sua perseverança na fé. Só isso já seria um vasto programa, mas os padrinhos e madrinhas vão bem mais além. No Brasil, o apadrinhamento era um verdadeiro cimento social, garantiu a mobilidade pública de indivíduos e formas solidárias de assistência mútua. Até mesmo os escravos, no passado, foram apadrinhados por seus senhores, ganharam liberdade e, em alguns casos, até obtiveram parte das fazendas em herança.No compadrio, as leis religiosas da fraternidade e do sagrado desafiam e aperfeiçoam as estruturas sociais profanas.
Para garantir o apadrinhamento. E a experiência mostra: não é fácil apadrinhar. Quem apadrinha, ajuda, põe-se a favor, patrocina, orienta, persevera e não atrapalha. Se você não tem padrinho, nem madrinha, não sabe o que está perdendo. E está até arriscado a morrer pagão. Os padrinhos, no batismo ou na confirmação, apresentam o afilhado ou afilhada ao sacramento, comprometendo-se com a sua preparação e depois com a sua perseverança na fé. Só isso já seria um vasto programa, mas os padrinhos e madrinhas vão bem mais além. No Brasil, o apadrinhamento era um verdadeiro cimento social, garantiu a mobilidade pública de indivíduos e formas solidárias de assistência mútua. Até mesmo os escravos, no passado, foram apadrinhados por seus senhores, ganharam liberdade e, em alguns casos, até obtiveram parte das fazendas em herança.No compadrio, as leis religiosas da fraternidade e do sagrado desafiam e aperfeiçoam as estruturas sociais profanas.
Um católico pode adorar santos?
Não e nem deve. Vai contra os mandamentos da Lei de Deus. Aquela dada a Moisés no Sinai. Muitos não entendem. Em suas igrejas não há santos ou imagens, nem andores ou altares. Preste atenção: católicos não adoram Maria, nem os santos. Só adoram Deus que está nos céus. Os santos são venerados, imitados e cultivados por seus exemplos. Cultivar ou prestar culto significa o empenho em levar-se adiante, por um tempo prolongado, coisas de valor.As pessoas cultivam certos hábitos de juventude, cultuam a memória, as idéias ou o exemplo de uma pessoa. Esse é o sentido da palavra culto ou veneração prestada a um santo. Eles são venerados, como deve ser venerado um bom pai, uma boa mãe e toda e qualquer pessoa que se torna uma imagem de Cristo aqui na terra. O Papa João Paulo II foi um grande impulsionador da vocação universal à santidade, tema renovado com grande ênfase no II Concílio do Vaticano. Para a Igreja Católica não basta ser bonzinho.Todo mundo deve e pode ser santo.
Por que a peregrinação aos santuários?
O rabi Nachmanides dizia: se você está com dor de cabeça, cuide de seus pés. Em outras palavras: mexa-se. Saia do imobilismo. Em todas as religiões há santuários aos quais se dirigem os devotos, devidamente mobilizados. O ato de peregrinar às igrejas indicadas, próprio do Ano Santo, indica: não temos aqui na terra uma morada definitiva. O destino de todos é passar. Somos passantes, em movimento, a caminho, no reto caminho. A vida é uma passagem para quem busca a vida eterna. Perder as ilusões,desapegar-se das situações aparentemente estáveis, deixar o comodismo e a rotina, peregrinar, na procura de uma vida mais justa e frutuosa. Engajar-se pelos caminhos santos e vias-sacras. E, no Brasil, muita gente adora peregrinar, seja a pé ou a cavalo.