Parece brincadeira ou mesmo alucinação, mas é verdade.
Eu vi a mula sem cabeça aqui na Roça grande. Coisa de maluco sô, mas vi com esses olhos que a terra há de comer.
Aconteceu nesta terça feira 13 de março de dois mil de doze. Fui à casa de uma cliente na Rua jotinha e depois de orienta-la no que deveria fazer para que a venda do imóvel se concretizasse, fiquei conversando com a família por horas. Não percebi que o tempo voava e quando dei por mim, já era mais de meia noite. Apesar ser verão, a noite estava fria, um agradável frio, que desmoralizava a tarde quente que fora o dia.
Levantei me apressado e me despedi da família , quando do lado de fora da casa ouvi , digo, ouvimos um choro. Bem não era propriamente um choro, era um lamento em forma de choro.
Assustado questionei a dona da casa quem poderia estar nessa hora na rua chorando feito uma criança. A dona da casa muito séria me declarou algo espantosamente Inacreditável.
-isso não é uma pessoa. É a própria.
-Própria quem. Indaguei.
-A mula sem cabeça! Replicou minha confidente.
Deu-me uma vontade louca de gargalhar. Como pode em pleno século vinte um, as pessoas acreditarem em tal bobagem.
Percebendo minha incredulidade ela , apagou as luzes da casa e me pediu que a seguisse . Subimos para o andar superior e entramos num quartinho de onde podia se ver a rua sem que nos percebesse-nos.
Para minha supressa La estava algo que eu zombara a pouco : uma espécie de cavalo , de patas brancas e brilhante, dorso negro e o pescoço ostentava ao invés de uma cabeça equina , uma tocha vigorosa de fogo.
Fiquei paralisado de medo e supressa. Estaria eu tendo alucinações?Eu não bebo e nem faço uso de droga de espécie nenhuma. Como podia acreditar no que estava vendo.Acreditava que meus próprios olhos estavam pegando uma peça em mim. Era ao mesmo tempo , fantástico e aterrador.Uma coisa que com certeza era de outro mundo literalmente.
Mas La estava, a menos de dez metros de distancia, com um cheiro forte de ocre de algo como carne sendo queimada.
O estranho ser, estava parado bem defronte a janela da casa e parecia chorar; baixinho a dona da casa me explicou que na quaresma essa mula sem cabeça aparecia e postava diante a tua casa e chorava , chorava , chorava. O entender dela , esse fenômeno estava sendo realizado porque esse ser deve a alguém , foi castigado e enquanto não receber o perdão da pessoa que ele injustiçou , deverá ter essa forma horrível.
Descemos e ao passar perto de uma escada esbarrei nela e consequentemente veio ao chão, causando um barulho que fez o animal desaparecer.
- Fiquei verdadeiramente assustado, que fiquei temeroso de ir para casa .
Humildemente contei o que sentia a minha anfitriã que sentindo sensibilizada amavelmente me convidou para passar a noite em sua residência. Aceitei de imediato, mas não dormi . Passei a noite acordado ouvindo o silencio da noite , na expectativa de ouvir pelo menos o tropel desse ser fantasmagórico.
Agora imagine vocês, como me senti ao explicar para minha mulher que passei a noite na casa de uma mulher porque estava com medo de uma mula sem cabeça. Contei, jurei, mas essa história ninguém acreditou. Duvida-se? Percorra os morros e vielas de Roça grande. Se tiver sorte verá que eu não estou mentindo.
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