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sábado, 5 de maio de 2012

Mães





A origem do dia das mães A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".

Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.
"Não criei o dia das mães para ter lucro"

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.




Cravos: símbolo da maternidade




Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

No Brasil
O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.



A MÃE PRETA




Afinal,o dia dela chegou;dia de homenagear um dos pilares na formação social e cultural da família brasileira nos séculos XVIII e XIX,a ama-de-leite,a mãe preta,que forjou a personalidade de muitas gerações de brasileiros,principalmente no Nordeste.

As iaiás coloniais casavam muito cedo,não só para proteção contra os apelos da carne,como também,pela escassez de mulheres brancas ,indispensáveis á formação das famílias brasileiras.

Meu S. João.casai-me cedo

Enquanto sou rapariga,
Que o milho rachado tarde
Não dá palha,nem espiga.


A ama era figura fundamental na Casa Grande.Era escolhida pela docilidade,pela higiene,pela força(física e espiritual)e pela beleza.A maioria dos criados de dentro eram angolanos,que logo se adaptavam ao dia a dia dos Engenhos e assimilavam facilmente os costumes e a religião dos brancos,embora jamais perdessem suas características africanas,como o linguajar “mole” e as crenças nos seus deuses primitivos.Pelo contato com as Iaiás,tornavam-se quase pessoas da família,confidentes e leva-e-trás das mocinhas e senhoras.

Mas,a função principal da ama era criar o sinhozinho,amamenta-lo,cuida-lo,embalar a sua rede,ensina-lo a falar e a rezar,enfim,era responsável pela saúde,pela higiene e pela formação do futuro senhor de engenho.
Uma boa ama tinha que ser corpulenta,carinhosa,seus peitos deviam ser nem muito rijos,nem moles demais,os bicos nem muito ponteagudos,nem encolhidos,segundo o médico J,B.A. Imbert.Pela boca da ama ,os guris aprendiam as primeiras palavras,os ôxente,os pru mode,absorviam superstições,como o bicho papão,o homem do surrão e o saci pererê ,o curupira.A negra “amaciou a língua portuguesa,para desespero dos padres puristas,como fazia com a comida dos nenén,tornando a carne dura mais palatável,com o molho de ferrugem,e,o pirão mais comível,com o amassado das verduras e os caldos suculentos.As palavras,como o alimento,desmanchavam na boca.

Daí vieram as palavras Cacá, bumbum, pipi, dindinha, au-au, tatá, neném, mimi, cocô,e os apelidos, as transformações dos nomes próprios portugueses: Antonio, virou Totonho,Tonho;Francisco, Chico, Chiquinho; Teresa, virou Teté; Manoel, Nézinho ou Mané; Maria, Maroca, Mariquinha, e, por aí vai. Sem esquecer os diminutivos: ioiô.iaiá, nhonhô, calu, sinhá, sinhozinho, como era chamado meu avô,com tanta freqüência que, poucos sabiam seu nome de batismo, Antonio Jerônimo.

As amas e mucamas também eram responsáveis pela iniciação sexual das iaiás e sinhozinhos,ensinando-lhes os mistérios do sexo,assunto tabu,entre as senhoras brancas;meninas que se casavam quase sempre depois da primeira menarca,com senhores mais velhos,escolhidos pelos pais,inocentes de tudo que se passava no leito conjugal,não fosse pelos “ensinamentos” das escravas.

E,as orações,então!?Ainda me lembro que aprendi e ensinei a meus filhos e netos ,as orações que minha mãe aprendeu de minha avó,que aprendeu das negras:

Com Deus me deito
Com Deus me levanto.
Com a graça de Deus
 do Espirito Santo
Ou.

Santo Anjo do Senhor,meu zeloso guardador,se a ti me confiou a piedade divina,sempre me rege,guarda,governa,ilumina amém.Ou,ainda:Sta.Anna bendita

Rogai com affecto
Por nós miseráveis
A Deus,vosso netto.(escrita no português da época).
Rendo minhas homenagens a essas mulheres extraordinárias,que tiraram o leite de seus filhos para alimentar e nutrir os filhos de seus algozes e lhes ensinou,além dos mistérios da vida,o amor,a confiança,as crenças e os valores que hoje são o alicerce das sociedades modernas.


Fonte: www.artigonal.com/http://portalsaofrancisco.com.b

Texto compilado das seguintes fontes
- Pesquisa de Daniela Bertocchi Seawright para o site Terra,
http://www.terra.com.br/diadasmaes/odia.htm
Fontes / Imagens:
• Norman F. Kendall, Mothers Day, A History of its Founding and its Founder, 1937.
• Main Street Mom
• West Virginia Oficial Site
- O Guia dos Curiosos - Marcelo Duarte. Cia da Letras, S.P., 1995.
- Revista Vtrine - artigo - Abril, S.P., 19

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