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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Escrava Anastácia - historia



Escrava Anastácia (Pompéu, 12 de Maio de 1740 — data e local de morte incertos) é uma personalidade religiosa de devoção popular brasileira, adorada informalmente pela realização desupostos milagres. A própria existência da Escrava Anastácia é colocada em dúvida pelos estudiosos do assunto, já que não existem provas materiais da mesma.
O seu culto foi iniciado em 1968 (Ano Internacional dos Direitos Humanos decretado pelas Nações Unidas), quando numa exposição da Igreja do Rosário do Rio de Janeiro em homenagem aos 90 anos da Abolição, foi exposto um desenho de Étienne Victor Arago representando uma escrava do século XVIII que usava máscara de ferro (método empregado nas minas de ouro para impedir que os escravos engolissem o metal).
No imaginário popular, a Escrava Anastácia foi sentenciada a usar a máscara por um senhor de escravos despeitado com a recusa de Anastácia em manter relações sexuais com ele.
A máscara seria retirada apenas para que ela fizesse as refeições, e a escrava terminou por morrer de maus-tratos, em data ignorada.

A Escrava Anastácia (a sua história):
Nos meios que militam as lideranças negras, femininas ou masculinas, fala-se muito sobre quem foi e como teria sido a vida e a história da Escrava Anastácia, que muitas comunidades religiosas afro-brasileiras, particularmente, as ligadas à religião católica apostólica romana, gostariam de propor à sua Santidade, o Papa, para que fosse beatificada ou santificada, dentro dos preceitos e dos ritos canónicos que regem este histórico e delicadíssimo processo.
Pelo pouco que se sabe desta grande mártir negra, que foi uma das inúmeras vítimas do regime de escravidão, no Brasil, em virtude da escassez de dados disponíveis a seu respeito, pode-se dizer, porém, que o seu calvário teve início em 9 de Abril de 1740, por ocasião da chegada na Cidade do Rio de Janeiro de um navio negreiro de nome “Madalena”, que vinha da África com carregamento de 112 negros Bantus, originários do Congo, para serem vendidos como escravos nesse País.
Entre esta centena de negros capturados em sua terra natal, vinha, também, toda uma família real, de “Galanga”, que era liderada por um negro, que mais tarde se tornaria famoso, conhecido pelo nome de “Chico-Rei”, em razão da sua ousada atuação no circuito aurífero da região que tinha por centro a Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Delmira, Mãe de Anastácia, era uma jovem formosa e muito atraente pelos seus encantos pessoais, e, por ser muito jovem, ainda no cais do porto, foi arrematada por um mil réis. Indefesa, esta donzela acabou sendo violada, ficando grávida de um homem branco, motivo pelo qual Anastácia, a sua filha, possuía “olhos azuis”, cujo nascimento se verificou em “Pompeu”, em 12 de Maio, no centro-oeste mineiro.
Antes do nascimento de “Anastácia”, a sua Mãe “Delmira” teria vivido, algum tempo, no Estado da Bahia, onde ajudou muitos escravos, fugitivos da brutalidade, a irem em busca da liberdade. A história nefanda se repete: Anastácia, por ser muito bonita, terminou sendo, também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido bravamente o quanto pôde a tais assédios; depois de ferozmente perseguida e torturada, a violência sexual aconteceu.
Apesar de toda circunstância adversa, Anastácia não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais colocando-lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heroica existência.
As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da “Negra Anastácia”. (Onde o seu espírito, combate a inveja, ciúmes e a injustiça).
Anastácia já muito doente e debilitada, é levada para o Rio de Janeiro onde vem a falecer, sendo que os seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário que, destruída por um incêndio, não teve como evitar a destruição também dos poucos documentos que poderiam nos oferecer melhores e maiores informações referente à “Escrava Anastácia” – “A Santa” (assim, é venerada dentro da Religião Afro-Brasileira), além da imagem que a história ou a lenda deixou em volta do seu nome e na sua postura de mártir e heroína, ao mesmo tempo.
Descrita como uma das mais importantes figuras femininas da história negra, Escrava Anastácia é venerada como santa e heroína em várias regiões do Brasil. De acordo com a crença popular, a Escrava Anastácia continua operando milagres.


História de uma princesa Bantu (a sua história)
Versão extraída do livro "Anastácia - escrava e mártir negra", de António Alves Teixeira (neto) da editora Eco.

Descoberto que foi o Brasil, em 1500 vieram logo os primeiros colonizadores e os primeiros governantes, necessário se fazia, desde então o desenvolvimento da terra, especialmente alavoura. Daí o terem vindo os célebres Navios Negreiros aprisionando os pobres negros africanos, para aqui serem entregues como escravos e vendidos.

Eram os infelizes negros oriundos da Guine, Congo e Angola. Entre eles veio Anastácia uma princesa Bantu, destacando-se pelo seu porte altivo, pela perfeição dos traços fisionómicos e a sua juventude.
Era bonita de dentes brancos e lábios sensuais, olhos azuis onde se notava sempre uma lágrima a rolar silenciosa. Pelos seus dotes físicos, presume-se tenha sido aia de uma família nobre que ao regressar a Portugal, a teria vendido a um rico senhor de Engenho. Pelo seu novo dono, foi ela levada para uma fazenda perto da Corte, onde sua vida sofreu uma brutal transformação.
Cobiçada pelos homens, invejada pelas mulheres, foi amada e respeitada pelos seus irmãos na dor, escravos como ela própria bem como pelos velhos que nela sempre encontraram a conselheira amiga e alguém que tinha "poderes" de cura para os males da alma e corpo.
Estóica, serena, submissa aos algozes até morrer, sempre viveu ela. Chamavam-na Anastácia pois não tinha documentos de identificação, por ela deixados na pátria distante. Trabalhava durante o dia na lavoura, certo dia veio a vontade de provar um torrão de açúcar. Foi vista pelo malvado do feitor que, chamando-a de ladra, colocou-lhe uma mordaça na boca. Esse castigo era infame e chamara a atenção da Sinhá Moça, vaidosa e ciumenta que ao notar a beleza da escrava, teve receio que o seu esposo por ela se apaixonasse, mandou colocar uma gargantilha de ferro sem consultar o esposo.
Coisas do destino o filho do fazendeiro cai doente sem que ninguém consiga curar, em desespero recorrem a escrava Anastácia e pedem a sua cura, o qual se realiza para o espanto de todos. Não resistindo por muito tempo a tortura que lhe fora imposta tão selvaticamente, pouco depois a escrava falecia, com gangrena, muito embora trazida para o Rio de Janeiro para ser tratada.
O feitor e a Sinhá Moça se sentiram arrependidos por um sentimento tão forte, que lhe foi permitido o velório na capelinha da fazenda. Seu senhor, também levado pelo remorso, providenciou-lhe um enterro como escrava liberta depois de morta. Foi sepultada na Igreja construída pelos seus irmãos de dor e acompanhada por dezenas de escravos.


Escravatura em Portugal
Na época anterior à formação de Portugal como reino existe registo da prática de escravatura pelos Romanos, pelos Visigodos e durante o Al-Andaluz a escravidão dos cristãos capturados edos Saqaliba. Depois da independência de Portugal tem-se conhecimento de ataques de piratas normandos a vilas costeiras, das razias que Piratas da Barbária faziam entre a população costeira e das ilhas. As vilas ficavam geralmente desertas e a população era vendida no mercado de escravos do norte de África. Havia chefes corsários que vinham do norte de África até à península que eram elches, "renegados" da fé cristã ou mouriscos capturados que mudavam de "lado". Os prisioneiros de guerra capturados na península tornavam-se escravos. Só em 6 de Julho de 1810 com a assinatura do primeiro tratado luso-argelino de tréguas e resgate, confirmado em 1813, com a assinatura do Tratado de Paz, acabou a razia nas vilas costeiras de Portugal e captura de portugueses para a escravatura no norte de África. Antes de 1415, através do resgate de cativos portugueses fizeram-se os primeiros contatos com comércio de escravos na cidade de Ceuta. Resgatar familiares era obrigação cujo a falta de cumprimento poderia originar pesadas penas. As igrejas mantinham caixinhas de peditório para resgate dos cativos.
Crianças e mulheres tinham prioridade de serem resgatadas. Quando em 1415 Portugal conquistou Ceuta havia aí um importante centro comercial onde confluíam rotas de escravos trazidos da África subsariana por comerciantes beduínos. A conquista de Ceuta pelos portugueses, levou os traficantes de escravos a desviar as suas rotas de comércio para outras cidades. Ceuta perdeu então importância comercial, mas tornou-se importante ponto estratégico-militar de vigilância ao comércio de outras mercadorias entre as costas europeias do Atlântico e a península itálica.

Com a presença portuguesa no ocidente do Norte de África, o comércio de escravos não mais recuperou a importância que havia tido sob o domínio muçulmano. Os portugueses, nas viagens que fizeram ao longo da costa na direção do sul de África, contactaram também aí com o comércio de escravos. O primeiro lote de escravos africanos transportados para Portugal foram os que a tripulação do navegador Antão Gonçalves comprou na costa do Argüim (hoje Mauritânia) em 1441. Quando, passado cerca de meio século, os primeiros Portugueses começaram a chegar à Guiné, contactaram também com o tráfico negreiro aí existente, mas nessa altura o objetivo dos portugueses era já a Índia das especiarias.
O desenvolvimento do comércio de escravos, com envolvimento de portugueses, só veio a acontecer no século XVII em competição com holandeses, ingleses e franceses, vindo a ter o seu auge no Século XVIII com o comércio dos escravos africanos para o Brasil. No entanto, o corpo legislativo emanado das chancelarias régias portuguesas é abundante em diplomas destinados a reprimir a escravatura e a proteger os indígenas: provisões de D. João II, de 5 de Abril e 11 de Junho de 1492, e alvarás de 18 de Julho e 10 de Dezembro de 1493; a célebre lei de 20 de Março de 1570 sobre "a liberdade dos gentios das terras do Brasil, e mais Conquistas"; a provisão de 20 de Setembro de 1570, onde o rei D. Sebastião ordena que "Portugues algum não possa resgatar nem cativar Lapão; e sendo caso, que resgatem, ou cativem alguns dos ditos Lapões, os que assim forem resgatados, ou cativos, ficaram livres…".

Os alvarás de 5 de Junho de 1605, de 3 de Julho de 1609, e o alvará com força de lei de 8 de Maio de 1758, vão no mesmo sentido. No século XVIII foi aliás Portugal a tomar a dianteira na abolição da escravatura. Decorria o Reinado de D. José I quando, em 12 de Fevereiro de 1761, esta foi abolida pelo Marquês de Pombal no Reino/Metrópole e na Índia.
No Século XIX, em 1836, o tráfico de escravos foi abolido em todo o Império. Os primeiros escravos a serem libertados foram os do Estado, por Decreto de 1854, mais tarde, os das Igrejas, por Decreto de 1856. Com a lei de 25 de Fevereiro de 1869 proclamou-se a abolição da escravatura em todo o Império Português, até ao termo definitivo de 1878.

fonte:http://www.centroanastacia.com/quemanastacia.htm

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ORIGEM DO DIA DE FINADOS

Origem Provável no Povo Celta






A associação do dia de finados com tristeza pela lembrança daqueles que já morreram e os cemitérios lotados com toda aquela vibração que vai desde aqueles que fazem preces em silêncio até a histeria dos mais exaltados, tem uma origem bem anterior a citada pelo catolicismo. Sua origem mais provável vem da cultura do povo Celta, que habitava no início o centro da Europa, mas entre o II e o I milênios a.C. (1900 - 600 a.C.) foram ocupando várias outras regiões, até ocupar, no século III a.C., mais da metade do continente europeu.
Os celtas são conhecidos, segundo as zonas que ocuparam, por diferentes denominações: celtíberos na Península Ibérica, gauleses na França, bretões na Grã-Bretanha, gálatas no centro da Turquia, etc. e tem como característica religiosa a concepção reencarnacionista.

Segundo diversas fontes sobre o assunto, o Catolicismo se utilizou da data, que já era usada pelos Celtas desde muitos séculos atrás, para o dia da reverências aos mortos.


Para os Celtas, dia 31 de outubro era o fim de um ciclo, de um ano produtivo, quando se iniciava o período denominados por nós de outono e de inverno, tempo este que nesta região a colheita tinha acabo de se encerrar e de ser estocada, especialmente para os meses frios e escuros do inverno neste período nesta região.

Na celebração do fim de um ano (31 de outubro no hemisfério norte e dia 30 de abril no hemisfério sul) e início do outro ano (1 de novembro), acreditava-se que este seria o dia de maior proximidade entre os que estavam encarnados e os desencarnados e nas festas, de muita alegria e comemoração por este fato também, cada um levava algo como uma vela ou uma luminária que era feita em gomos de bambu, a fim de se iluminar os dias de inverno que estariam por vir.

Alguns textos falam que nesses dias de festas, as luminárias eram feitas com abóboras esvaziadas e esculpidas com o formato de cabeças, isto para indicar o caminhos àqueles que eles acreditavam serem visitados por seus parentes e receber o perdão daqueles a quem eles haviam feito sofrer, além de ter o significado de sabedoria pela humildade para saber pedir perdão e como prova de vida além da vida.

Este ciclo se encerra e um novo se iniciasse em outra da importante, dia 01 de maio no hemisfério norte, que era o dia do início dos trabalhos para a nova plantação e colheita de un novo ciclo que iniciava.

Com o domínio desses povos pelo Império Romano, rico em armas e estratégias de guerras e conquistas e pobre em intelectualidade, as culturas foram se misturando e expandindo com todo o Império, que mais tarde viria a ser - e o é até hoje - a sede do Império Católico ou da Religião Católica, hoje fixada no Estado do Vaticano, na área urbana de Roma, Itália. do No México, o dia dos mortos é uma celebração de origem indígena, que honra os defuntos no dia 2 de novembro. começa no dia 1 de novembro e coincide com as tradições católicas do dia dos fiéis defuntos.

É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar.

Segundo prega a tradição da Igreja Católica, o Dia dos fiéis defuntos, Dia dos mortos ou Dia de finados é celebrado no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de Todos-os-Santos. Desde o século II, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram.

No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos.

Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual, que até então era comemorado no dia 1 de novembro, passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos.


A história real nos mostra que o Dia de Finados só passou a ser um dia de dor e lamúria após o advento dos culposos dogmas católicos, ao contrário das filosofias reencarnacionistas que, não temendo a morte e entendendo esta como o fim de um período transitório em retorno a vida verdadeira (espiritual), só tem a celebrar e enviar boas emanações aos entes queridos que se foram do corpo carnal e continuam sua vida verdadeira, cada um na sua condição de elevação espiritual.

Por isso, o Dia de Finados hoje em dia em nosso pais ainda é um dia de vibrações muito negativas, pois a maioria Cristã em nosso país e em boa parte do mundo é católica e evangélica, mantendo - na sua grande maioria - pesares em suas preces com evocações saudosistas e egoístas pelos que já "partiram", querendo que de alguma forma retornem ou dêem algum "sinal de vida", não entendendo muitas vezes "porque foram abandonadas" e coisas do tipo, que só fazem sofrer os espíritos que já desencarnaram, especialmente àqueles que ainda se mantêm presos por laços pouco evoluídos aqui junto aos encarnados, muitas vezes ainda até ligados ao corpo que já praticamente não existe mais.

Assim, nós como espíritos, façamos preces e vamos manter uma boa vibração por aqueles que desencarnaram e sofrem com a dor daqueles que os pedem de volta, pelos desencarnados que não se perceberam dessa nova situação ainda e pelos encarnados que também sentem a falta daqueles que já estão no plano espiritual.




Fonte: amems.org

No início da história da Igreja, os cristãos rejeitavam a ideia de relacionamento com mortos. Nessa época, os mesmos pensavam que as almas simplesmente ficavam adormecidas, até o momento do julgamento final. Após a difusão do cristianismo, a religião anexou certos aspectos de outras culturas. Assim, da mesma forma que faziam diversos povos da antiguidade, os cristãos passaram a rezar pelas almas dos mortos. A partir do século V, a Igreja adotou a prática de destinar uma data específica para isto.

Contudo, o Dia dos Finados só foi oficializado no século XI, por meio dos papas Silvestre II, João XVIII e Leão IX. Já a data, dia 2 de novembro, foi estabelecida no século XIII.

Curiosidade: No Brasil, o Dia de Finados não deixa de ter um aspecto triste, afinal, as pessoas lembram de seus entes e sentem saudades. Já no México, é tudo diferente! Os mexicanos realizam festas com muitos banquetes, pois acreditam que nesse dia, as almas de seus entes voltam para fazer uma “visitinha”.

Saiba mais: A Igreja - Povos da Antiguidade













domingo, 28 de outubro de 2012

Comidas de negros

Um pouco de história não faz mal a ninguém...

Negros fundaram a base da culinária tipicamente brasileira

Pela porta da cozinha / por André Sender e Gabriel Rocha Gaspar
Mingau, pamonha, canjica, mocotós, vatapá, caruru, acaçá. O que tudo isso tem em comum, além do fato de serem comidas tipicamente brasileiras? Todas nasceram em mãos negras, na cozinhas da casas grandes. São pratos fáceis de comer, que dosaram a força e o exotismo dos temperos africanos para gostos portugueses. São misturas que resumem nossa pluralidade cultural ao condensar ingredientes e técnicas africanas, indígenas e européias.
Durante três séculos, toda a comida da sociedade brasileira – majoritariamente agrária – passou por mãos negras. Escravos (mulheres e homens menos aptos ao trabalho no campo) comandavam as cozinhas coloniais, inventando pratos, adicionando novos temperos e adaptando ingredientes indígenas e africanos ao paladar do "nhonhô" português.
africa cozinha 1Como disse Gilberto Freyre, "a negra fez com a comida o mesmo que fez com a língua". Se em gargantas negras, Marias Antônias viraram Tontons e Marias Josés viraram Zezés, nas mesas da Casa Grande a comida ficou mais fácil, mais maleável. "A negra foi um intermediador muito forte das rupturas na cozinha da colônia", conta a coordenadora do Núcleo de Estudos Freyrianos da Fundação Gilberto Freyre, Fátima Quintas. Por exemplo, foi ela que fez a ponte entre a mandioca nativa e o paladar português, acostumado ao pão de trigo. Para aliviar o sacrifício gastronômico do lusitano, criou-se o beiju de tapioca, entre outras mimeses do pão europeu. 
Ainda hoje, a forte comida de origem africana pede adaptações para sobreviver ao gosto de novos consumidores. Luisa Inês Saliba, dona do restaurante Rota do Acarajé, em São Paulo, conta que pessoas do mundo inteiro vêmatrás da iguaria. "A gente adapta [o acarajé] a um paladar mais suave, principalmente no o dendê e no tempero com coentro, que são coisas que chegam a assustar os visitantes na Bahia". Muito por causa desta necessidade de mudar, Luisa é uma criadora de pratos inveterada. "Quando se trata de culinária, sou uma workaholic. Mesclo todas as influências, como de tudo, bebo de tudo, sou 'pesquisadeira'. Mas um ou outro ingrediente [tipicamente baiano] sempre rege a criação". Exatamente como faziam as negras das cozinhas coloniais – adaptavam a todos os gostos, mantendo a   África como fio condutor.
Nos séculos de escravidão, a cozinha era o espaço de uma convivência mais harmoniosa dentro da estrutura profundamente opressora do regime vigente. "Por uma necessidade de ter com quem conversar, as mulheres [brancas] da casa iam para a cozinha", conta Fátima. Essa pseudo-liberdade do negro fora do campo, aliada aos momentos de ócio que o trabalho de casa propiciava, foi responsável pelo surgimento de pratos complexos. "As horas vagas e a quantidade de pessoas para servir permitiram que os doces, principalmente, demorassem uma tarde inteira, por exemplo, para ser feitos". Este cenário, aliado à monocultura da cana, propiciou uma doçaria complicada, que inclui manjares, bolos e tortas.
"A negra fazia uma cozinha de muitas horas, de muito trabalho, de arte", diz Fátima. O esmero foi tanto que passou dos sabores para as aparências: dos pratos às toalhas de mesa. E, principalmente, nos tabuleiros – este modelo tão africano de vender comida. Na Bahia de hoje, por exemplo, as rendas são tão presentes quanto os cheiros de coentro e azeite de dendê. Os enfeites, tanto quanto a comida, são feitos com esmero e cuidado, custe o tempo que custar. Como observa Luisa Inês, "há que se respeitar a culinária, [fazê-la] com todo o carinho com que deve ser feita". Isso significa que o prato começa a ser feito no momento em que o cliente pede. "É tudo mais fresquinho", completa a chef. Tamanho cuidado é preconceituosamente confundido com preguiça. Mas a verdade é que não há espaço para pressa na cozinha de origem afro. Fast food não bate com os tantos elementos místicos e sagrados que os negros associam à comida.
No candomblé, por exemplo, até os santos comem. "A religiosidade do negro [que nutria muito menos pudores sexuais do que o cristianismo] com a sexualidade do português cunharam uma coisa muito interessante: doces com nomes sensuais" aponta Fátima Quintas. "A casa grande era altamente sexualizada, com um cristianismo muito prosaico, lírico". A comida era mais um estímulo sensorial, quase sensual. Por isso, doces criados na casa grande têm nomes eróticos como baba-de-moça, suspiro, sonho, teta-de-nega...
A mão que mexeu o caldo da formação culinária (e, conseqüentemente, cultural) brasileira foi negra. Por mais que as mestiçagens acontecessem por todos os lados – como é praxe no Brasil –, no final, foram os negros que meteram a mão na massa. Por isso, tudo o que o brasileiro típico come hoje, desde o arroz com feijão mais básico até a mais elaborada paella, tem um resquício das mentes criativas da senzala, que uniram o paladar europeu às tradições indígenas e africanas. Formou-se uma gastronomia leve e densa, simples e sofisticada, forte e sutil. Um paradoxo de sabores e influências, tão diverso quanto o Brasil.
Fonte I Fátima Quintas
Fátima Quintas é formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco. Pós-graduada em Antropologia Cultural pelo Instituto de Ciências Sociais e Política Ultramarina, de Lisboa. Pós-graduada em Museologia pelo Museu das Janelas Verdes, de Lisboa. É mestre em Antropologia Cultural pela Universidade Federal de Pernambuco e coordenadora do Núcleo de Estudos Freyrianos da Fundação Gilberto Freyre. Autora dos livros "Sexo e Marginalidade" e "Sexo à moda patriarcal", entre outros.
Quem quiser saborear ou aprender os Pratos da Bahia é só acessar o Link da Rota do Acarajé!
Rota do Acarajé  I Rua Martim Francisco 529 I Fone: (11) 3668-6222

sábado, 27 de outubro de 2012

Zumbi e Ganga Zumba negros porretas!







Zumbi dos Palmares

Vida do líder negro Zumbi dos Palmares, os quilombos, resistência negra no Brasil Colonial, escravidão, cultura africana

Zumbi dos Palmares: um símbolo de resistência e luta contra a escravidão
Quem foi Zumbi e realizações

Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.
No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.
Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.



O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.
Importância de Zumbi para a História do Brasil
Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.

Ganga Zumba

Ganga Zumba foi o primeiro grande chefe conhecido do Quilombo de Palmares. Era tio de Zumbi e celebrizou-se por ter assinado um tratado de paz com o governo de Pernambuco.
Em 1677, sob sua chefia, Palmares travou dura guerra contra a expedição portuguesa de Fernão Carrilho. Nesta batalha, as tropas da coroa fizeram 47 prisioneiros, entre os quais dois filhos de Ganga Zumba _Zambi e Acaiene_, netos e sobrinhos. Um de seus filhos, Toculo, foi morto na luta. O próprio Ganga Zumba foi ferido por uma flecha mas escapou.
Em 1678, o governador Pedro de Almeida fez a primeira proposta de paz a Ganga Zumba, oferecendo ''união, bom tratamento e terras'', além de prometer devolver ''as mulheres e filhos'' de negros que estivessem em seu poder.
Em junho de 1678, o oficial enviado a Palmares para levar a proposta retornou a Recife, à frente de um grupo de 15 palmarinos, entre os quais se encontravam três filhos de Ganga Zumba, recebidos pelo governador Almeida.
Em troca da paz, os palmarinos pediam liberdade para os nascidos em Palmares, permissão para estabelecer ''comércio e trato'' com os moradores da região e um lugar onde pudessem viver ''sujeitos às disposições'' da autoridade da capitania. Prometiam entregar os escravos que dali em diante fugissem e fossem para Palmares.
Em novembro do mesmo ano, Ganga Zumba foi a Recife assinar o acordo. É cedida a ele e seus partidários a região de Cucaú, distante 32 km de Serinhaém.
Parte dos palmarinos, liderados por Zumbi, são contrários ao acordo de paz e se recusam a deixar Palmares. Em Cucaú, vivendo sob forte vigilância da autoridade portuguesa e hostilizado pelo moradores das vilas próximas, Ganga Zumba vê frustrada sua iniciativa. Morreu envenenado por um partidário de Zumbi.


Fonte: www1.folha.uol.com.br












sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Igreja de Santo Antônio, Roça Grande- curiosidade








Trata-se de centro de romarias atribuindo-se virtudes milagrosas “a imagem do padroeiro Santo Antônio”.

Não foram localizados elementos documentais sobre a edificação da primitiva igreja.



Em 1821, cem anos depois da presumível época de sua construção, achava-se em mau estado, tendo sido realizadas obras de reparo, por iniciativa do zelador Manuel José .Fortes (Sabará – Livro de Registro de Provimentos e Ordens, nº 2 – Arquivo do Museu do Ouro) .



Em frente a igreja fica a Sala dos Milagres com seus ex-votos.



No início do século XX a Igreja de Santo Antonio da Roça Grande, construída de barro e madeira, estava em mau estado. O tempo cobrara seu preço e a velha igrejinha corria o risco de desabar. A população de Roça Grande, antecipando-se ao pior, resolve erguer outro templo, de tijolos e cimento, no mesmo lugar do antigo.



Durante as obras, as imagens, altares, paramentos e demais pertences da igreja ficam guardados nas residências dos fiéis, exceto a imagem de Santo Antonio, que pretendem conservar no local da construção. A demolição ocorre em 1915. Para abrigar a imagem de Santo Antonio, construíram, bem ao lado de onde se ergueria a nova construção, um abrigo provisório de madeira, coberto com telhas e porta com cadeado.

Pretendiam continuar a realizar ali, na frente do abrigo, o culto a Santo Antonio, na forma de missas, novenas, trezenas, etc. Mas logo aquela população pobre descobre que seus parcos recursos não são suficientes para garantir a continuação dos trabalhos. Intransponíveis dificuldades materiais impõem a venda de quase todos os pertences da primitiva igreja. Sem esse recurso não teriam como concluir a obra.
Os trabalhos prosseguem lentamente, limitados pelos poucos recursos. Finalmente marcam a inauguração da nova igreja para o dia 13 de junho seguinte, data em que, mais uma vez, instalariam a imagem no altar mor da nova igreja. Chega o grande dia. É destrancado o cadeado e aberta a porta do abrigo provisório. Admirados, os fiéis constatam que a velha imagem de Santo Antonio, de madeira e medindo uns 40 centímetros de altura, desaparecera. Em seu lugar estava uma outra, quase de tamanho natural, com batina e paramentos novos em folha. Essa igualmente milagrosa imagem de Santo Antonio é entronizada com grande pompa e alegria na Igreja de Roça Grande. Encontra-se lá até hoje, venerada por dezenas de milhares de fiéis de todos as partes do Brasil e do mundo que, anualmente, ali comparecem para comemorar o jubileu de Santo Antonio.

Remanescentes da antiga igreja, ainda existem, junto ao arco-cruzeiro, dois pequenos altares, que constituem os únicos elementos ornamentais de interesse, 0 retábulo do lado do Evangelho, dedicado a Nossa Senhora, é um bom exemplar do estilo Dom João V, trabalhado em talha bem apurada. Tem enquadramento em colunas torsas, com sulcos adornados com motivos decorativos, e no seu arremate em dossel figuram lateralmente dois belos anjos em pequeno vulto.

O trono é igualmente trabalho de boa talha, vendo-se ao fundo motivos decorativos em baixo relevo. A pintura em dourado parece não ser mais a original. O outro retábulo, bem mais simples, também ostenta colunas torsas e esta recoberto de tinta verde esmaltada, com alguns ornatos em dourado. A igreja ainda possui algumas peças de imaginaria antiga.



A lenda de Santo Antônio em Roça Grande 



Há uns 300 metros, aproximadamente, distante de onde está a Igreja, existia uma grande pedra e nela encontraram a Imagem de Santo Antônio. Contam que nesta pedra existiam sulcos onde a imagem ficava amparada, de pé, como se tivessem sido preparados com esta finalidade.Os antigos moradores de Santa Luzia pegaram-na e a levaram para aquele povoado atravessando uma ponte de madeira que existia sobre o Rio das Velhas, ligando uma margem à outra.
Para surpresa de todos, no dia seguinte, foram encontrá-la sobre a pedra, onde era costume vê-la.Novamente é levada para Santa Luzia e como da primeira vez, no dia seguinte, de manhã, ela está em seu lugar, na Roça Grande.Resolveram descobrir quem estava trazendo a imagem de volta para a pedra: levam-na e a colocam em lugar bem vigiado por dois guardas.À noite os guardas escutam barulho de passos, examinam o lugar e não vêem pessoas, percebem apenas o mato se movendo, como se alguém passasse por ali.
Revistam todo o local e voltam a montar guarda na entrada da casa durante toda à noite.De manhã, a imagem de Santo Antônio não está em Santa Luzia, foram encontrá-la em seu lugar primitivo, sobre a pedra, agora com a batina cheia de carrapicho.Teimosos, os moradores de Santa Luzia decidem buscá-la em Roça Grande e reforçar a vigilância , para prendê-la em sua terra.Vão buscá-la , mas quando chegam perto da ponte por onde passariam para pegá-la, vêem com surpresa e grande susto que a ponte se desmancha sobre o rio, que a leva em suas águas (até hoje existem no local, vestígios da tal ponte de madeira).

Tomaram por milagre o acontecimento.Desse dia em diante os moradores de Roça Grande decidiram não deixar, nunca mais, a imagem sair de lá. Construíram uma igreja para colocá-la (a primeira). Esta notícia se espalhou e de longe começaram a vir pessoas devotas para implorar ou agradecer milagres.

brincadeiras de criança, como é bom!







Vamos resgatar aqui velhas brincadeiras de infância cujas vantagens são imensas. Desenvolvimento da noção de espaço, da lateralidade, da coordenação motora, da interação com o grupo e tantas outras habilidades que podem ser desenvolvidas. Não podemos deixar que estas brincadeiras restrinjam-se ao pré-escolar. Devem perpetuar pelo ensino fundamental com brincadeiras adequadas à idade tentando diminuir o consumismo por brinquedos caros e solitários.





brincadeira de PASSA-ANEL



Há muito tempo crianças brincam de "passa-anel". Essa brincadeira fica mais divertida quando tem bastante gente participando. Para brincar vocês precisarão de algum objeto pequeno, que pode ser um anel, uma pedrinha, uma moeda, etc.

Antes de começar a brincadeira, vocês precisam escolher uma criança para ser o passador do anel e outra para ser o adivinhador. Todas as crianças, menos o passador, devem formar uma fileira e unir as mãos, palma com palma.

O passador pega o anel, esconde-o entre as palmas das mãos e vai passando-as no meio das mãos dos outros. Depois de fazer isso com todas as crianças da fila, o passador pergunta ao adivinhador: "Com quem está o anel?"

Se o adivinhador acertar com quem está, ele será o próximo passador e deverá escolher quem será o adivinhador.






Alfândega



Uma criança sai da sala.

Escolhe-se uma criança que irá inventar uma regra e dizer para os colegas, como por exemplo: só passa de for algo que voa.

Chama o colega que está fora da sala e pergunta: o que passa? Este vai dizendo por exemplo gato (as crianças dizem não passa), vaca (as crianças dizem não passa), até ele dizer o nome de algum animal que voa.

A finalidade da brincadeira é descobrir qual foi a regra dada inicialmente.





Amarelinha



1ª etapa - O primeiro jogador, joga a pedra na primeira casa (1) e com um pé só pula esta pisando no 2, depois no 3 e 4 ao mesmo tempo, depois no 5 com um pé só, e depois no céu ( 6 e 7) com os dois pés ao mesmo tempo. Vira e volta, quando chegar no 2 pega a pedra no 1 e pula fora. Depois joga no 2. Pula no nº 1 com um pé só, salta o 2 e assim por diante. Não pode pisar na linha senão é a vez do outro.



2ª etapa - Chutinho - Joga-se a pedra perto, antes da amarelinha. Começa a chutar sem tocar nos riscos, se errar é a vez de outra criança.



3ª etapa - Joga-se sem pedra com os olhos vendados, então diz: pisei? E as outras crianças respondem não. Se pisar e disserem sim é a vez de outra.



4ª etapa - De costas, joga a pedra por trás de si, sem ver ainda onde parou. Onde a pedra cair exclui-se marcando um x com giz. Vira e começa a pular igual à primeira etapa, porém na casa excluída pode-se pisar com os dois pés.


Batata quente


Todos em roda, sentados no chão, com um objeto na mão vai passando e cantando a seguinte canção:

_ Batata que passa quente, batata que já passou, quem ficar com a batata, coitadinho se queimou!

Quando disser queimou, a pessoa que estiver com o objeto na mão, sai da roda.


Boca de forno

Uma criança é eleita como chefe ou mestre. Ela deverá ser a única a dar ordens na brincadeira e os demais deverão cumpri-las.

O mestre inicia a brincadeira dizendo:



Mestre :

- Boca de Forno

crianças: .

- Forno

Mestre : ..

- Faz o que eu mando?

crianças:

- Faço

Mestre:

- Se não fizer?

crianças:

- Toma bolo

Ou (varia de região para região)

Mestre:
-Bento, bento é o frade

Todos:
-Frade!

Mestre:
-Na boca do forno!
Todos:
-Forno!
Mestre:
-Tirar um bolo!
Todos:
-Bolo!
Mestre:
-Farão tudo que seu mestre mandar...
Todos:
-Faremos todos!
Mestre:
-Se não fizer...
Todos:
Levaremos o bolo!

O mestre deverá ditar a ordem que deve ser a de trazer um objeto como um lápis, um batom, um caderno, uma folha de árvore ou caderno etc. Se a criança não conseguir deverá pagar uma prenda que pode ser cantar uma música, dançar, imitar um bicho etc.

Cabra-cega


Escolha um lugar nem tão grande nem tão pequeno. Tire a sorte no par ou ímpar, no 0 ou 1 para ver quem será a cabra-cega. A cabra-cega deverá ter os olhos vedados com um lenço. Depois as crianças deverão rodar a cabra-cega e iniciar a brincadeira com as perguntas e respostas:

Todos: Cabra-Cega, de onde você veio?

Cabra-Cega: Vim lá do moinho.

Todos: O que você trouxe?

Cabra-Cega: Um saco de farinha.

Todos: Me dá um pouquinho?

Cabra-Cega: Não.

Todos então saem correndo e a cabra-cega deverá tentar pegar alguém. Quando conseguir ela deverá adivinhar quem é. Se acertar a presa deverá ser a próxima cabra-cega, se errar a cabra-cega continua sendo a mesma de antes.

Caixinha de surpresas

Antes de iniciar o jogo, escreve-se em papeizinhos várias tarefas engraçadas. Coloca dentro de uma caixinha.
Sentados em círculo, a caixinha irá circular de mão em mão, até a música parar. Quem estiver com a caixinha na mão no momento que a música parar deverá tirar um papel da caixinha e executar a tarefa. Continua até acabar os papéis.


Carniça 


Faz-se uma fila de crianças que deverão estar curvado com as mãos apoiadas na coxa. Uma criança começa pulando sobre todos. Quando pular a última carniça o pulador pára adiante esperando que os seguintes pulem sobre ele.

Carrinho de mão

Antes de iniciar o jogo, deve-se marcar uma linha de saída e uma de chegada. Separado em dois times, as crianças deverão se dividir em duas. Uma ficará na frente com as mãos no chão, a de trás irá segurar nos pés da primeira de modo que forme um carrinho. O que estiver com a mão no chão juntamente com o que estiver lhe segurando deverá correr até a linha de chegada. Ganha o time que chegar primeiro.


Ceguinho


Forma-se uma roda e uma criança fica no centro da roda com os olhos vendados. Todos deverão girar na roda e cantar “Pai Francisco”. Quando o ceguinho bater palmas, a roda deverá parar e ele caminhará para a frente e tocar no colega para adivinhar quem é.

Chicotinho 

Faz-se uma fila de crianças. Outra criança deverá segurar a corda com as duas pontas na mão e começar a girá-la no chão. As crianças da fila começam a pular uma por uma. Sai da brincadeira quem pisar na corda.

Chicotinho Queimado 

Escolhe um objeto para ser o chicotinho queimado, pode ser um pedaço de corda ou corrente.

Todas as crianças tapam os olhos, enquanto uma outra criança esconde o chicotinho queimado. Todas as crianças saem à procura do chicotinho já com os olhos destampados. À medida que alguma criança estiver perto, a que escondeu o chicotinho dirá está quente. Se estiver longe diz está frio. Esquentando ou esfriando conforme a distância. Diz pelando quando estiver muito perto do chicotinho. Aquela que achar pega o chicotinho e sai correndo atrás de outra criança. Aquela que for tocada levemente pelo chicotinho será a próxima a escondê-lo.



Cinco Marias

Você poderá brincar de 5 Marias com cinco pedrinhas ou cinco saquinhos de pano. Os saquinhos poderão ser feitos com retalhos com enchimento de arroz.

Deve-se tirar a sorte para ver quem iniciará o jogo. Inicia-se jogando os saquinhos para cima e onde caírem devem ficar. O jogador pega outro saquinho e joga para cima enquanto pega outro saquinho antes do primeiro cair no chão. Depois deverá jogar os dois saquinhos para cima e tentar pegar um terceiro saquinho do chão. E assim por diante. Ganha 1 ponto quem conseguir pegar os 5 saquinhos se não conseguir passa a vez.

Cobrinha 

Duas crianças seguram a corda perto do chão e começam a fazer ondulações. Três crianças começam a pular, quem tocar esbarrar na corda sai da brincadeira. Se uma sair entra outra no seu lugar. Vence quem conseguir ficar pulando mais tempo.

Elefantinho colorido


As crianças ficam em roda e uma delas fala:
__ Elefante colorido!
Os outros perguntam:
__ De que cor ele é?
A criança deverá escolher uma cor e as outras deverão tocar em algo que tenha esta cor. Se não achar esta cor o elefantinho irá pegá-lo.



Estafeta ao quadro negro



Organiza-se duas filas de crianças. Elas devem escolher um número qualquer que será o resultado do cálculo que irão realizar (Por exemplo: 30). Dá-se o sinal de partida, então o primeiro jogador de cada fila deverá correr ao quadro e escrever dois números quaisquer, depois somá-los ou subtraí-los e voltar para a sua fila, entregar o giz ao segundo jogador e ir para traz do último jogador. O segundo jogador deverá correr ao quadro e também irá proceder da mesma forma, porém antes deverá verificar se o cálculo anteriormente feito pelo colega está certo, se não estiver deverá corrigi-lo e depois fazer o seu. Deverá proceder assim até ó último jogador. Este deverá somar ou subtrair de forma que consiga o resultado inicialmente proposto. Por exemplo: se o número combinado foi 30 e o último número restado foi 22 ele deverá somar com 8. Vence a fila que terminar primeiro.

Estátua



As crianças ficam em fila. Escolhe-se uma criança para começar a brincadeira. Esta criança começa a puxar as crianças perguntando antes de puxar: pimenta, pimentinha, pimentão ou sapatinho de algodão? Quem responder:

- Pimenta: é puxada normalmente e virar estátua.

- Pimentinha: é puxada devagar e virar estátua.

- Pimentão: é puxada com força e virar estátua.

Sapatinho de algodão: deve ser carregada no colo e ao ser colocada no chão virar estátua.

Após todos virarem estátua a líder diz: Entrei no jardim de flores, não sei qual escolherei, aquela que for mais bela, com ela me abraçarei. Então escolhe uma estátua para se abraçar. A escolhida deverá ser a próxima líder. Todos retornam à posição normal e recomeça a brincadeira.



Estátua 2

Faz-se uma roda e todos vão rodando de mãos dadas e cantando a seguinte canção:


“A casinha da vovó,

cercadinha de cipó,

o café tá demorando,

com certeza não tem pó!

Brasil! 2000!

Quem mexer saiu!”.


Todos ficam como estátua e não vale rir, nem se mexer, nem piscar, nem se coçar, quem será que vai ganhar?



Foguinho

Duas crianças segurando a corda começam a bater e falar:



Salada, saladinha

Bem temperadinha

Com sal, com pimenta

Fogo, foguinho.



Enquanto isso uma criança está pulando na corda. Ao pronunciar a palavra foguinho deverão girar a corda bem rápido. Quem conseguir pular mais rápido, sem esbarrar na corda será o vencedor.

Forca 


Pode-se brincar no quadro-negro ou num papel. Uma criança pensa numa palavra e depois coloca a quantidade de traços correspondentes ao número de letras da palavra. Por exemplo: se a palavra escolhida for CADEIRA ela deverá fazer 7 traços. (fig. 1)

As crianças em ordem começarão a dizer as letras tentando acertar. A criança que está ao quadro deverá escrever em cima da linha as letras que forem ditas e que existirem na palavra (fig. 2). Se disserem uma letra que não existir na palavra, a criança ao quadro desenha a cabeça de um bonequinho. A cada erro irá colocando uma parte do corpo até ser enforcado (fig. 3), neste caso a criança deverá determinar uma prenda a ser paga. Quem acertar a última letra, irá para o quadro escrever uma nova palavra.

Fig. 1: _ _ _ _ _ _ _

Fig. 2: _ A _ _ _ _ A

Fig. 3:



Formando grupos




As crianças deverão ficar em roda girando e cantando. A professora irá bater palmas ou apitar e mostrar um cartão que deverá ter um número. Se o número for o 4 por exemplo, as crianças saem da roda e formam grupos de quatro e depois voltam para a roda, continua a brincadeira até não poder formar mais grupos. Quem ficar de fora sai da brincadeira.



Fotografias em colher



Dois jogadores combinam-se entre si. Um sai da sala e outro fica. O que fica pega uma colher e finge tirar a fotografia de alguém pondo a colher em frente ao rosto da pessoa por dois segundos. Chama-se então o que está do lado de fora da sala que, examinando a colher, diz o nome da pessoa que foi fotografada. Todos provavelmente ficarão admirados, mas isto não passa de um truque que consiste no seguinte: o que tirou a fotografia faz o mesmo gesto da pessoa que foi fotografada sem que a pessoa perceba, ou seja, se estiver com a mão no queixo este deverá ficar com a mão no queixo, se estiver com o lápis na boca, este deverá ficar com o lápis na boca, então o que estava do lado de fora compara a posição do companheiro com alguém da sala e aí diz o nome da pessoa fotografada.



Galinha gorda



Pode-se fazer na piscina certificando-se que todos sabem mergulhar e observando a idade da garotada. Todos estão dentro da piscina. Uma criança começa a falar e o grupo deve responder:



Jogador:- Galinha gorda!

Todos: - Gorda ela!

Jogador: - Vamos comê-la!

Todos: - Vamos a ela!"



E então o jogador joga o objeto (galinha gorda) em algum lugar da piscina. Todos mergulham em busca do objeto. Quem conseguir achar a galinha gorda será o vencedor e o próximo a lançar o objeto que representa a galinha gorda


Jogo da velha 



Faz-se o seguinte traçado em uma folha de papel:

Joga dois participantes. Tira par ou ímpar para ver quem começa. O que inicia escolhe entre x ou 0. Se escolher X coloca-o em alguma casa, o outro fica com o 0 que escolhe outra casa. Ganha quem conseguir fechar uma coluna na horizontal, vertical ou diagonal, como no exemplo abaixo:

OBS.: Pode-se jogar com pedrinhas, grãos, na areia, quadro de giz. Use a criatividade.



Lenço Atrás

Os componentes deverão tirar a sorte para ver quem ficará com o lenço. Deverão sentar na roda com as pernas cruzadas. Quem estiver segurando o lenço corre ao redor da roda enquanto o grupo fala:

Corre, cutia

Na casa da tia

Corre, cipó

Na casa da avó

Lencinho na mão

Caiu no chão

Moço bonito

Do meu coração.
O dono do lenço então pergunta:
- Posso jogar?
E todos respondem:
- Pode!
Um, dois, três!
Deixa então o lenço cair atrás de alguém da roda. Este deverá perceber, pegar o lenço e correr atrás de quem jogou antes que este sente no seu lugar. Se conseguir pegar aquele que jogou ele será o próximo a jogar o lenço, se não conseguir quem jogou o lenço continuará segurando o lenço para jogar atrás de outra pessoa.

Mamãe, posso ir?

Uma criança é escolhida para ser a mãe que deverá estar de olhos vendados ou de costas, enquanto as outras serão as filhas. As crianças ficam em uma certa distância da mãe atrás de uma linha marcada com giz. A primeira da direita começa a falar: - Mamãe posso ir? – Pode. – Quantos passos? Três de elefante. Este deverá dar três passos grandes em direção da mãe. A próxima criança pergunta: - Mamãe posso ir? – Pode. – Quantos passos? – Dois de cabrito. Este deverá dar dois passos médios em direção da mãe. O próximo pergunta: - Mamãe posso ir? – Pode. – Quantos passos. – Cinco de formiga. Este deverá dar cinco passos pequeninos em direção da mãe. Quem chegar primeiro na mamãe será a próxima mãe.



Palitinhos




Cada jogador deverá ter três palitinhos no máximo (pode-se partir um palito em três pedaços). Pode jogar colocando na mão todos 3, ou 2 ou apenas 1, ou com a mão vazia – zero ponto, o restante dos palitos ficam escondidos na outra mão. Para iniciar a brincadeira os jogadores expõem a mão fechada com os palitos dentro. Cada um deve tentar adivinhar a soma total de palitos que tem em todas as mãos juntando com a sua. Todos dizem um número. Depois abrem as mãos, soma-se a quantidade de palitos total para ver quem acertou. Recomeça a brincadeira.

Para tirar a sorte:

Uni, dúni, tê

Salame mingúe

Um sorvete colorê

Uni, dúni, te

Quem saiu fora foi você!



Peixinhos e tubarões



Separados em dois times, deverão formar o time dos peixinhos e dos tubarões. No momento em que tocar uma música baixinho, os peixinhos saem para passear. Quando tocar uma música alta, os tubarões saem para tentar pegar os peixinhos, que deverão voltar correndo. O peixinho que for pego vira tubarão.





Pula-pula corda



Duas crianças seguram a corda nas extremidades bem perto do chão. As outras crianças começam a saltar. À medida que saltam o nível da altura deverá ir subindo. Será o vencedor quem conseguir pular mais alto.





Senhor caçador




As crianças ficam em roda e uma delas será o caçador que deverá ficar com os olhos vendados. Todos os outros cantam:
“Senhor caçador,
preste bem atenção!
Não vá se enganar,
Quando o galo cantar!
Canta, galo!”
Uma das crianças imita a voz do galo e o caçador deverá adivinhar quem é. Se não descobrir pagará uma prenda que o galo dirá qual é.





Serra, Serra, Serrador

Brinca duas crianças, uma de frente para outra, de pé, dando-se as mãos. Começam a balançar de trás para frente, indo e vindo e cantando: - Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou? Uma diz um número, por exemplo, quatro. Elas então deverão dar quatro giros com os braços sem soltarem as mãos.



Seu lobo



Escolhe-se uma criança para ser o lobo que deverá se esconder perto. As outras crianças deverão ir até onde o lobo está escondido e então cantam: vamos passear na floresta enquanto seu lobo não vem, seu lobo está? Então o lobo responder: estou tomando banho. As crianças dão outra volta cantando novamente até chegar perto da casa: vamos passear na floresta enquanto seu lobo não vem, seu lobo está? O lobo responde outra coisa: estou botando meu sapato e assim por diante cada vez o lobo dirá algo diferente que está fazendo, até quando estiver pronto. O lobo então sai sem falar nada atrás das crianças. A que ele conseguir agarrar será o próximo lobo.



Subi na Roseira

Duas crianças batem a corda e outras duas começam a pular e vão falando uma para outra:

Ai, ai...

O que você tem?

Saudades.

De quem?

Do cravo, da rosa e de mais ninguém.

Subi na roseira,

desci pelo galho,

fulano (fala um nome) me acuda,

senão eu caio.

Sai quem recitou e entra quem foi chamado

Tico-tico fuzilado



Cada crianças deverá ter uma latinha. De um lado ficam as crianças e do outro as latinhas. Cada criança deverá jogar a bola, que poderá ser de meia ou de tênis, nas latinhas tentando acertar. Se a sua latinha for atingida você deverá correr para pegá-la antes que joguem a bola novamente. Se não conseguir será fuzilado, ou seja, deverá ficar de pé e escolher uma parte do seu corpo para que o colega acerte o local indicado. Se for fuzilado três vezes sai da brincadeira.







terça-feira, 23 de outubro de 2012

As benzedeiras





As orações, rezas, benzimentos, e responsos eram muito usados pelos nossos antepassados. E nesse gênero também, o nosso folclore é rico. Constituíam um fato curioso porque a religião se associava à superstição sem que, com isto, os devotos deturpassem a sua fé.

No Estado da Bahia ainda é comum os católicos praticantes, louvarem Iemanjá, respeitarem o Caboclo, a Cabocla, a Mãe d’água, usarem benzimentos, etc.

Dentre as nossas usanças recolhemos as seguintes:

Para tirar “olhado”, principalmente nas crianças que, com sua beleza pura e inocente, estavam sujeitas com mais facilidades aos “maus olhos”, havia esta oração:

“Deus, quando andou pelo mundo,
numa casa chegou e encontrou:
homem bom e mulher má,
esteira velha em canto molhado.
Deus te tire este olhado,
Pelas Três Pessoas da SS. Trindade,
Padre, Filho e Espírito Santo – Amém”.

Repetia-se a mesma coisa três vezes, fazendo cruzes com um raminho de mato. Quando as folhas murchavam (isto sempre acontecia com o calor da mão) e a benzedeira bocejava três vezes, a criança estava com “olhado”.

Caxumba era curada do seguinte modo: o doente dizia: “caxumba, minha caxumba, com você não quero nada; tome lá esta “imbigada”. E dava umbigadas em três cantos da casa.

Os antigos tinham benzimentos para tudo. A erisipela, por exemplo, era “medicada” com os seguintes versos:

“Pedro e Paulo foram a Roma,
e Jesus Cristo encontrou.
Este lhes perguntou:
Então, que há por lá?
Senhor, erisipela má.
Benze-a com azeite,
e logo te sarará”.

Mesmo as pessoas mais piedosas, que levavam uma vida plasmada pela religião, não deixavam de acreditar nos benzimentos e levavam seus filhos para que as benzedeiras os curassem de seus males, como: torceduras, “ventre caído”, icterícia, torcicolo, “olhado”, etc., e também não deixavam de usar, pendurados no pescoço, cruzes e patuás.

Ao se deitarem, além das orações comuns, rezavam a que vamos transcrever numa homenagem àquela que no-la ensinou:

“Com Deus me deito, com Deus me levanto,
Com a graça de Deus e do Espírito Santo.
Se dormir muito, acordai-me,
com todas as tochas de vossa Trindade,
na mansão da eternidade”.



Para curar icterícia a pessoa doente teria que urinar num tijolo quente.

Torceduras – a benzedeira munia-se de uma trouxinha de pano com agulha e linha. Fazendo orações, massageava a parte doente e de vez em quando dava uns pontos na trouxinha, perguntando ao paciente:

- O que coso?
- Carnes quebradas e nervos torcidos.
- Isto mesmo eu coso.

Assim, sempre dando massagem e costurando o pano, repetia a operação três vezes.
Cobreiro curava-se fazendo cruzes de tinta de escrever em toda a região afetada pela dermatose, atribuída ao contato das roupas com alguma cobra, e rezando-se esta oração:

“Santana gerou Maria, Maria gerou Jesus.
Assim como estas Palavras são verdadeiras,
Deus seque este cobreiro,
Com a cruz de N. S. Jesus Cristo. Amém”.

Quando a cidade era infestada por qualquer epidemia, a par da fé que depositava na Virgem Santíssima, usavam também pregas atrás da porta de entrada, tentando impedir a entrada do mal, uma oração escrita em forma de cruz:

Além das inúmeras orações e benzimentos, invocavam os Santos nas suas necessidades.
Para curar a vista invocavam a proteção de Santa Luzia:

“Santa Luzia passou por aqui,
com o seu cavalinho comendo capim.
Perguntei se queria água, disse que não.
Perguntei se queria milho, disse que sim”.

Enquanto estas palavras eram pronunciadas puxava-se a pálpebra superior.

Para afastar baratas repetiam-se estas palavras em todos os cômodos da casa:

“Jesus, Maria, São José, São Bento, tirai as baratas deste aposento”.

Rogava-se a proteção de Santa Bárbara e São Jerônimo para aplacar as tempestades.

“O taumaturgismo do “responso” do santo lisboeta trazido para o seio de Deus em Pádua” – Santo Antônio – era invocado para encontrar objetos perdidos e para arranjar casamento. Colocava-se sob a sua imagem bilhetinhos com os pedidos e o nome da pessoa amada.

“São Brás, no prato tem mais”.

Muitas eram as crendices dos nossos ascendentes.

Ao lado do travesseiro do recém-nascido, colocava-se uma tesoura de aço aberta ou mesmo uma faca, sobre o livro Horas Marianas, aberto na página onde se via uma estampa da Sagrada Família para afugentar as bruxas que vinham durante a noite sugar o sangue da criança.

Quando se tomava purgante, segurava-se uma chave para evitar vômitos. 






O medo do Saci Pererê herdamos dos nossos ancestrais índios. Já a crença no lobisomem, na bruxa, na mula-sem-cabeça, na pata e todas essas crendices “zoometamórficas” nos vieram do folclore ariano.























segunda-feira, 22 de outubro de 2012

voce sabia? curiosidades






Na palavra Pernambuco não há repetição de uma única letra.

- A abelha vive em média oito semanas, e nesse período visita de quinze a vinte mil flores.

- Um quilo de mel representa um percurso de 400 mil quilômetros de vôo, ou seja, dez vezes à volta da terra.

- A picada da abelha constitue um recurso medicinal para o tratamento do reumatismo crônico.

- As abelhas rainhas vivem até cinco anos, enquanto as operárias vivem, no máximo, três meses.

- A abelha rainha é também chamada abelha mãe, porque na realidade é a única fecundada.

- Há várias espécies de abelhas, sociais, solitárias e parasitas, mas apenas as sociais produzem mel.

- A abelha africana, muito agressiva, originária da África, foi introduzida no Brasil em 1956.

- A significação etimológica exata da palavra “abismo” é: Aquilo que não tem fundo.

- No Brasil os médicos e parteiras que praticam o aborto, recebem o nome de “fazedores de anjos”.

- O Albatroz, a maior ave marinha, é chamado “o Rei do vôo”, por se constituir na ave de vôo mais perfeito.

- Aleijadinho, famoso escultor e arquiteto brasileiro, era filho de um mestre de obras português e a mãe uma escrava africana.

- As motocicletas causam dez vezes mais desastres mortais do que outros veículos.

- Somente em 1937 o acordeão (sanfona) foi incluído pela primeira vez numa orquestra sinfônica.

- Um dos primeiros jornais do mundo circulou em Roma no ano de 131 a.C., com o nome de “Acta Diurna”.

- Na Síria, quando o marido praticava o adultério, a esposa traída mandava afoga-lo.

- Acuômetro é um aparelho destinado a medir a sensibilidade do ouvido.

- O primeiro aeroclube no Brasil foi criado em 1911.

- A fórmula exata da água (H2O) foi determinada por Caliste e Nicholon no ano de 1800.

- A águia é uma das aves de vida mais longa, atingindo em média 100 anos de idade.

- O alfabeto italiano tem somente 20 letras.

- Alfaraz é um pequeno cavalo árabe, ágil e adestrado para a guerra.

- O alfinete, como hoje conhecemos, surgiu na França no início do século XV.

- O bicho da seda é originário do continente asiático e é alimentado por folhas de amoreira.

- A coca-cola, refrigerante mundialmente conhecido, surgiu na cidade de Atlanta (USA) no ano de 1866.

- Ada Rogato é campeã brasileira de para-quedismo, tendo como marca, 105 saltos e cerca de 5000 horas de vôo.

- À parte da testa do ser humano que fica entre as duas sobrancelhas é chamada de glabela.

- “DZETA” é a sexta letra do alfabeto grego, que corresponde ao “Z” do nosso alfabeto.

- O Hino Nacional Brasileiro foi adotado oficialmente no ano de 1922.

- Joana D’arc, heroína francesa queimada viva em 1431, também era conhecida por “a Donzela de Orleans”.

- O “Palácio dos bandeirantes”, sede do governo paulista, foi inaugurado no ano de 1965.

- John F. Kennedy foi o primeiro presidente católico eleito nos Estados Unidos.

- Em 1931, para construir a estátua e os acessos ao cristo redentor, no morro do Corcovado na cidade do Rio de Janeiro (Brasil), foram derrubadas cerca de 4.000 árvores.

- Altamira, cidade do interior do estado do Pará (Brasil), é o maior município do mundo, ocupando uma área de 165.445 kilometros quadrados.

- O primeiro metrô do mundo foi construído na cidade de Londres (Inglaterra) e sua inauguração aconteceu em 1863, e hoje tem uma extensão de 392 kilometros.

- O maior metrô do mundo em extensão, é o de Paris (França), com 567 kilometros e o início de sua operação aconteceu em 1900.

- Um piscado de olhos dura, precisamente, um décimo de segundo, pelos cálculos feitos por oftalmologistas Norte-Americanos.

- Segundo os historiadores, foi Ferecides de Siros, falecido por volta de 543 a.C., o primeiro filósofo grego que ensinou a imortalidade da alma.

- Principal sistema montanhoso da Europa, a Cordilheira dos Alpes, atravessa, com uma altitude média de 3.000 metros, a Itália, França, Alemanha, Áustria e Suíça.

- O primeiro recorde de altitude foi realizado em agosto de 1909, pelo aviador Lathan, atingindo 155 metros de altura.

- O alto falante foi inventado pelo Norte-Americano Rice Qellog, no ano de 1924, baseando-se no princípio do telefone.

- O alumínio, metal branco e leve, que grande utilidade industrial, foi obtido pela primeira vez em 1827 pelo alemão Friedriech Wohler.

- A palavra ametista (nome de pedra semipreciosa de cor violeta) vem do grego amethystos, que siguinifica não embriagado.

- Ana Néri (Ana Justina Ferreira Néri), foi a primeira enfermeira voluntária do Brasil e foi também, a precursora da Cruz Vermelha Brasileira.

- A palavra aniversário vem do Latim “anniversariu”, que siguinifica “aquilo que volta todos os anos”.

- A anta é o maior animal de caça da fauna Brasileira, atingindo dois metros de comprimento e um metro de altura.

- O arco do triunfo foi erguido na Praça das Estrelas, em Paris (França), por determinação de Napoleão I, em 1806, como comemorações que suas brilhantes vitórias.

- Os ingleses Lord Rayleigh e Willian Ramsay, foram, em 1894, os descobridores do argônio (elemento gasoso incolor e inodoro).

- O primeiro arranha-céu construído no mundo, chamou-se “Home Insurance Building” em Chicago (USA) entre 1881 a 1885.

- Uma das mais pitorescas associações de que se têm notícias, foi uma Associação de Envenenadores, que existiu em Paris (França), entre 1670 e 1680.

- Em 04 de Fevereiro de 1957, deu-se o lançamento do primeiro satélite artificial da terra, o “Spotinik”, pesando 83,6 kg, pela URSS.

- O maior auditório do mundo é o “Convention Hall” em Atlantic City (USA) que tem a capacidade para 40.000 pessoas.

- São conhecidas cerca de 8.700 espécies de aves, que o ocorrem no mundo inteiro, com exceção de regiões desérticas, extremamente quentes ou frias.

- Louis Bleriot, aviador e engenheiro francês, foi o primeiro homem a sobrevoar o canal da Mancha, no ano de 1909.

- “B” segunda letra do alfabeto português é, em química, o símbolo do metalóide “Boro” e em física de “Bária”, primeira unidade legal de pressão.

- O general Inglês Robert Baden Powell, fundou em 1908, a organização, logo internacional, dos Boy-Scouts (escoteiros).

- A Bahia de todos os Santos, localizada em Salvador capital da Bahia, com cerca de 1052 kilometros quadrados de superfície, é a maior do Brasil e foi descoberta em 1501, por Américo Vespúcio.

- No Brasil, o primeiro balé, dirigido por Lacombe, foi apresentado no “Real Teatro de São João”, no Rio de Janeiro, em 1813.

- A pesca da baleia foi introduzida no Brasil no século XVII, pelo basco Pedro de Urecha, no governo de Pedro Botelho.

- Em algumas ilhas orientais, o bambu é medida linear de peso e também de capacidade.

- Fundado originalmente pelo príncipe regente Dom João VI, em doze de Outubro de 1808, o banco do Brasil S/A, foi o quarto banco de emissão em todo o mundo.

- A baquelite, primeira resina sintética largamente comercializada, obtida por condensação de um fenol com o aldeído fórmico, é isolante e não atacável pelos ácidos.

- Os ovos das baratas são incluídos em ootecas; Podem ser postos ou carregados na extremidade do abdome da fêmea, até a eclosão dos jovens.

- A maior barba do mundo, foi do Norueguês Hans N. Lanoseteh, que em 1912, depois de 36 anos sem cortar um único fio, apresentava nos fios maiores 3.50m de comprimento. 


Fonte:
http://www.abcdacuriosidade.hpg.ig.com.br/ciencia_e_educacao/8/index_int_6.htm