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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Raízes da fé: Os Jesuitas




1534 - Companhia de Jesus é fundada por Inácio de Loyola



A Companhia de Jesus, grande ordem religiosa católica, foi fundada por Inácio de Loyola em 15 de agosto de 1534 na capela- cripta de Saint-Denis, na Igreja de Santa Maria em Montmartre.

A Companhia é uma ordem católica, religiosa, masculina que segue estritamente os ensinamentos da Igreja. Seus membros são chamados de jesuitas e também coloquialmente “Os Soldados de Deus” em referência aos antecedentes militares de seu fundador e a disposição de seus membros de ir a qualquer rincão do mundo e viver nas condições mais extremas.

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Afresco "Aprovação da Companhia de Jesus", onde Inácio de Loyola recebe a benção do Papa Paulo III

A Companhia está comprometida com a evangelização e o ministério apostólico em 112 nações dos seis continentes. Seus princípios estão contidos no documento Fórmula do Instituto, escrito por Loyola. Os jesuítas são conhecidos pelo seu trabalho na educação, pesquisa intelectual , empreendimentos culturais e presença missionária.

Loyola fundou a Companhia após ter sido ferido numa batalha e experimentado uma conversão religiosa. Escreveu os Exercícios Espirituais a fim de ajudar as pessoas a seguir os ensinamentos de Cristo. Em 1534, Loyola e seis outros jovens, entre eles Francisco Xavier e Pierre Favre, estabeleceram os votos de pobreza, castidade e obediência ao Papa.

O plano de Loyola para a organização da Ordem foi aprovada pelo Papa Paulo III em 1540 em bula contendo os princípios da Fórmula do Instituto. Suas primeiras linhas rezam que a “Companhia de Jesus foi fundada para lutar em especial pela propagação e defesa da fé e melhoria das almas na vida e na doutrina cristã”.

A Companhia de Jesus foi fundada no contexto da Contra-Reforma, um movimento de reação à Reforma Protestante de Martinho Lutero, cujas doutrinas se tornavam cada vez mais conhecidas na Europa, graças à recente invenção da imprensa. Os jesuítas pregavam a obediência total à doutrina da Igreja, tendo Inácio de Loyola declarado: “Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado”.

Uma das principais ferramentas dos jesuítas era o retiro espiritual, em que várias pessoas se reúnem sob orientação de um padre, assistindo a palestras em silêncio e se submetendo a exercícios espirituais. Também pregavam que a ostentação em cerimónias do catolicismo, desprezada pelos luteranos, devia ser acentuada.





Os jesuitas não trajavam hábitos tradicionais nem estavam sujeitos à autoridade eclesiástica local. Eram vinculados ao voto de obediência ao papa. Começaram como um grupo de sete homens que, estudantes em Paris, fizeram votos de pobreza e castidade. Ordenados como padres, puseram-se à disposição do papa Paulo III, quem deu aprovação formal à Companhia em 1540. Loyola tornou-se seu primeiro chefe. A ordem cresceu tão rapidamente que, por ocasião da morte de Inácio, já contava com cerca de mil fieis.

Francisco Xavier, um dos sete originais, foi o primeiro a abrir o Oriente aos missionários. Jesuítas constituíram missões pela América Latina, fundando as primeiras cidades no Brasil e uma comuna modelo no Paraguai.

Quando a Contra-Reforma foi lançada, a Companhia de Jesus se tornou sua força motriz. Durante o Concílio de Trento, diversos jesuitas funcionaram como teólogos. Criaram escolas em quase todas as cidades importantes da Europa e foram líderes em educação até o século XVIII. Educaram os filhos das famílias dominantes e serviram como conselheiros espirituais de reis.

Devido ao alcance da sua influência, poderosas forças a eles se opuseram: Blaise Pascal e os jansenistas – movimento de caráter dogmático, moral e disciplinar fundado pelo bispo Cornelius Jansen -, Voltaire, os monarcas da dinastia Bourbon na França e Espanha, Marquês de Pombal em Portugal e certos cardeais do Vaticano. Essas forças foram determinantes na supressão da Companhia pelo papa Clemente XIV em 1773, sendo restabelecida pelo papa Pio VII em 1814. Universidades e escolas jesuítas foram abertas em todos os quadrantes. Na Europa, suas tradições de ensino foram continuadas pelos bollandistas – jesuítas que dirigiram a célebre publicação Acta Santorum dirigida por Jean Bolland -, encarregados de compilar a vida dos santos.




Os jesuítas eram padres da Igreja Católica que faziam parte da Companhia de Jesus. Esta ordem religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola. A Companhia de Jesus foi criada logo após a Reforma Protestante (século XVI), como uma forma de barrar o avanço do protestantismo no mundo. Portanto, esta ordem religiosa foi criada no contexto da Contra-Reforma Católica. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a expedição de Tomé de Souza.

Objetivos dos jesuítas:

- Levar o catolicismo para as regiões recém descobertas, no século XVI, principalmente à América;

- Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa e espanhola, os costumes europeus e a religião católica;

- Difundir o catolicismo na Índia, China e África, evitando o avanço do protestantismo nestas regiões;

- Construir e desenvolver escolas católicas em diversas regiões do mundo.

Podemos destacar os seguintes jesuítas que vieram ao Brasil no século XVI: Padre Manoel da Nóbrega, Padre José de Anchieta e Padre Antônio Vieira. Em 1760, alegando conspiração contra o reino português, o marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil, confiscando os bens da ordem.

A ordem dos jesuítas foi extinta pelo papa Clemente XIV, no ano de 1773. Somente no ano de 1814 que ela voltou a ser aceita pela Igreja Católica, graças ao papa Pio VII.

Padre José de Anchieta
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Padre José de Anchieta: um dos fundadores da cidade de São Paulo



Nome Completo

José de Anchieta

Quem foi

Padre José de Anchieta foi um padre jesuíta espanhol que atuou na catequização de índios e evangelização no Brasil durante a segunda metade do século XVI. Foi também teatrólogo, historiador e poeta.

Nascimento

Padre José de Anchieta nasceu na cidade de San Cristobal de La Laguna (Espanha) em 19 de março de 1534.

Morte

Padre José de Anchieta morreu na cidade de Iriritiba (atual Anchieta no estado do Espírito Santo) em 9 de junho de 1597.

Beatificação

José de Anchieta foi beatificado pelo papa João Paulo II em 22 de junho de 1980.

Principais realizações

- Catequizou índios brasileiros no século XVI, na região da atual cidade de São Paulo.
- Foi um dos fundadores da cidade de São Paulo.
- Participou da fundação do Colégio de São Paulo.
- Defendeu os índios brasileiros das tentativas de escravização por parte dos colonizadores portugueses.
- Lutou ao lado dos portugueses contra os franceses estabelecidos na França Antártica.
- Dirigiu o Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro, entre os anos de 1570 e 1573.
- Foi nomeado, em 1577, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil.

Principais obras

- "Poema à Virgem"
- "Os feitos de Mem de Sá"
- "Arte e Gramática da língua mais usada na costa do Brasil"
- "A Cartilha dos Nativos" (Gramática tupi-guarani)
- "Carta da Companhia"




Francisco é o primeiro papa jesuíta da história







Jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio é eleito novo Papa

A Igreja Católica anunciou às 20h14 (16h14 de Brasília) do dia 13 de março, o nome do novo Papa: o jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio.

O sucessor de Bento XVI é o primeiro Papa jesuíta e latino-americano da história da Igreja Católica e chefe de Estado da Cidade do Vaticano. Bergoglio escolheu o nome de Francisco, uma referência a São Francisco de Assis e a São Francisco Xavier, santo da Companhia de Jesus.

Após cinco escrutínios, terminou o conclave, que começou no dia 12 de março, a fumaça branca tomou a praça São Pedro e deixou os fiéis que alí estavam emocionados e eufóricos. O anúncio foi feito pelo cardeal francês Jean--Louis Tauran, o mais velho do Vaticano. Ele revelou o nome do jesuíta argentino após pronunciar a famosa frase Anuntio vobis gaudium, habemus Papam (Anuncio uma grande alegria, temos um Papa).

Em sua primeira bênção, o argentino afirmou que “parece que seus colegas cardeais foram buscar o Papa no fim do mundo”, em uma referência à sua terra natal. O novo sumo pontífice pediu aos católicos do mundo a “empreender um caminho de fraternidade, de amor e de evangelização”. Ele também agradeceu ao seu predecessor, o agora Papa Emérito Bento XVI.

Biografia

O jesuíta Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Foi presidente da Conferência Episcopal da Argentina por dois períodos e eleito arcebispo da Arquidiocese de Santa Fe de La Vera Cruz.

Ele é filho de um casal italiano e se formou na Escola Industrial Hipólito Yrigoyen, com o título de técnico químico.

Aos 21 anos, decidiu tornar-se padre. Entrou para o noviciado de Villa Devoto na ordem jesuíta. Foi ordenado sacerdote em dezembro de 1969 e fez uma longa trajetória dentro da Companhia de Jesus e se tornou Provincial da Argentina entre 1973 a 1979. Em 1998, Bergoglio assumiu o cargo de arcebispo de Buenos Aires e, em 2001, foi nomeado cardeal por João Paulo II.

Papa do povo

Por seu jeito simples em lidar com questões cotidianas – como andar de metrô e ônibus ou dispensar o uso do carro oficial e do crucifixo de ouro, após ter sido eleito o sucessor de Bento XVI – e de ter grande proximidade com a comunidade quando ocupou outros cargos na Igreja, já faz com que o Papa Francisco seja chamado de o “Papa do Povo”.



Essa simplicidade é uma característica do jesuíta argentino. O padre jesuíta Luis Quevedo, que foi amigo de Bergoglio nos anos 70 e 80, confirma isso. “A última vez que o vi foi em 1992, e ele já era bispo auxiliar de Buenos Aires. Ele foi feliz na escolha do nome Francisco e na maneira simples de se dirigir ao povo, como “bispo de Roma”. Rezemos por ele”, comentou Pze. Quevedinho.













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