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sexta-feira, 31 de julho de 2015

A peleja de João Brucutu contra o negro d´agua



Roça grande terra de pessoas pacatas,  ordeira e trabalhadora , teve na década de cinqüenta e sessenta  uma grande afluência  de pessoas que procurando alternativa de vida , vieram a aportar na terrinha do Santo casamenteiro . Outros ao contrario sabendo que haveria fabricas se instalando em São Paulo e também no Rio de janeiro, para se encaminharam.
Os mais precavidos tentaram a sorte mesmo foi na capital das gerais.
Ao final da semana os que resolveram ficar esperando que  coisas boas surgissem, sentavam na s portas do bar na perto da igreja de Roça Grande , depois de  trabalhar nas pequenas lavouras de subsistência ou no rio das velhas rico em peixes e ouro.
Apesar de a segunda guerra mundial  ter deixado o povo simples da localidade mais temeroso com o que poderia acontecer com o país .
Noticias vinda da capital do país demonstravam  a instabilidade política.
O pai dos pobres, Getúlio Vargas, havia se suicidado, seu  vice  José Fernandes Campos Café Filho; assumiu devido ao suicídio do presidente, se afastou do cargo por problemas de saúde; assumindo então Carlos Luz (Presidente da Câmara dos Deputados) que por sua vez foi impedido de continuar pelo Congresso Nacional pelo Marechal Henrique Teixeira Lott (Henrique Batista Duffles Teixeira Lott na época ainda General), que alegou que ele e o presidente enfermo pretendiam dar  um “golpe de estado ; Assumiu então Nereu Ramos (Nereu de Oliveira Ramos), que era por ocasião Vice-Presidente do Senado, governando sob “estado de sítio” até a posse de Juscelino Kubitschek..
O que se sabia deste novo presidente é que foi Deputado Federal em duas legislaturas, Senador, Prefeito de Belo Horizonte e Governador de Minas Gerais, época em que, com seu largo descortino de homem público, se firmou como admirável administrador e político sagaz. O êxito de sua administração fértil e dinâmica repercutiu em todos os recantos do País. Percebeu, então que havia chegado o momento de lançar-se candidato à Suprema Magistratura do País para realizar seu acalentado sonho de transformar o Brasil numa respeitável Nação progressista.
Venceu as eleições, enfrentou sérios obstáculos para assumir a Presidência da República a 31 de janeiro de 1956.
Durante a campanha presidencial lançara o slogan “Cinqüenta anos em cinco”, e elaborou um audacioso “Programa de Metas” cumprido integralmente. Promoveu o desenvolvimento e a modernização do País infundindo no povo brasileiro um otimismo contagiante.
No âmbito internacional, teve o mérito de criar a Operação Pan-americana, cuja principal finalidade era despertar as esperanças e as energias dos povos americanos, principalmente da América Latina, com o objetivo comum do combate ao subdesenvolvimento.
Na realidade Juscelino Kubitschek inspirou uma época que corria o risco de afogar-se na trivialidade.
Foi um sonhador e um realizador. Ousava fazer e sabia fazer. E também como todo o gênio tinha o dom da previsão. Não fora esta virtude, não teria aceitado o desafio de construir Brasília, sua Meta-sintese nem teria profetizado, na sua primeira viagem ao ermo do Planalto, a Dois de outubro de 1956, numa explosão de entusiasmo:
“Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu Pais e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”.
Frase essa que as rádios  que Heron Domingues , o repórter “ Esso”, divulgava com entusiasmos nos lares de Minas gerais.
Muito se aventuraram entre eles o filho de sô Nicolau. O barqueiro João Batista, conhecido na intimidade por João brucutu. Por causa de sua grande força física, que lembrava muito  os gladiadores romanos.
João brucutu era capaz de deitar um boi, só segurando pelos chifre.
Quantas vezes ele fora obrigado a segurar o pequeno barco ás margens do rio para não ir embora.
Afonso de Paula e Geraldo Soares, seus amigos inseparáveis o admiravam sua força física,  coragem  e ousadia;
E essa ousadia que o levou a tomar uma decisão que surpreenderam a todos:
Perssoar! -disse determinado
- to indo embora. Vou lá pra capitar nova.
Ce ta doido Sô ! Argumentou Geraldo soares, um homem alto e magro. O que tem de gente estranha la não ta iscrito.
_ Tem  problema não . O presidente é mineiro o prefeito também é . E eu vou ficar rico lá por que a capitar nova ,  a dona Cecília que me disse que la vai ser uma terra abençoada .(*)
E o doutor Israel  é bom pra tudo que conterrâneo dele.
Não conseguiram convencer o João e la  foi ele atendendo o apelo do  primeiro prefeito do Distrito Federal Começar vida nova.
Com certeza a vida em Brasília não foi fácil , cidade nova ,cheia de poeira , pessoas do norte e nordeste ,cultura diferente , violência,febre amarela ,tifo e um mundo de doença causada pelo calor insuportável , clima inconstante .
João Brucutu , conseguiu se curar da febre amarela , graças ao remédio milagroso  que um companheiro de viagem trouxera de  Caeté e que ministrado a água fervida foi a salvação do Sabarense .
Isso fez com que João ficasse  devendo ao amigo uma obrigação eterna.
João trabalhando na construtora Novacap, tinha a função de carpinteiro e com isso, tinha um grande prazer de ir para as matas  que rodeavam a cidade buscar madeira.
Conheceu varias espécie de animais , plantas ( principalmente medicinais).
Trabalhava de sol a sol, juntava seu dinheirinho e fazia plano para quando voltasse para Roça Grande ,comprar um terreninho , conhecer uma moça bem prendada e casar, ter filhos e passar o resto da vida pescando e  caçando.
Em falar em pesca seus amigos de trabalho estavam curiosos e assustados, pois todas as vezes que iam pescar no Rio das Almas, que nasce no divisor de águas das terras altas do Parque Estadual da Serra dos Pireneus, passando logo em seguida dentro da cidade histórica de Pirenópolis(GO), antes de seguir rumo noroeste, integrando a bacia do Araguaia-Tocantins. Torna-se caudaloso já na altura da rodovia Belém-Brasília e ficou famoso na história tanto por banhar inúmeros municípios goianos quanto pelas corredeiras um tanto quanto traiçoeiras. Desta característica pode ter nascido o nome, embora Almas seja comum em várias partes do Brasil colonial, dada a influência católica. Sofre com a poluição despejada pelos esgotos das diversas cidades que beneficia, continuando mesmo assim um rio piscoso - e perigoso, em certos trechos,alem  do nome as  suas isca   e anzóis desapareciam, tentavam pescar com rede e as redes apareciam  furadas e muitos juravam ter visto um homem com cara de sapo correndo em cima dágua.
-Besteira!!!! – Ironizou João Brucutu.
"Oces" ficam tomando essas cachaças loucas e depois ficam vendo miragens.
Más é verdade João e vou te provar. No próximo mês “nois” vai lá e “oce” vai ver que o negócio é feio.
Dito e feito no mês seguinte a empresa liberou o caminhão para que seus funcionários fossem pescar e caçar.
Estava ao pé da fogueira comendo um bom pedaço de carne de tatu quando ouviram claramente alguém andando ás margem do Rio.
Todos se armaram e caminharam tensos para o lado de aonde viera o barulho.
Ao chegar na armadilha para peixe , notaram que as redes haviam sumido como também toda a parafernália para pegar paga e tatu.
Ao longe todos viram um misto de homem com cara de sapo  parado na margem ,iluminado pela luar do planalto.
Tinha uns olhos brilhantes, altura de metro e setenta de altura um corpo esguio e ágil.
Isso não intimidou o João Brucutu que partiu para cima da assombração. Correu e foi logo alcançando o  estranho ser que tinha nos pés uma espécie de nadadeira.
Homem e ser se atracaram e mesmo sendo fisicamente mais forte João Brucutu se viu em desvantagem, pois o personagem  ao invés de ter roupa,tinha uma pele escamosa,dente afiado que  feriu por todo o corpo.
 Com muito custo João Brucutu conseguiu  dominar o misto de réptil e homem , mas a maior surpresa estava por vir .
O homem sapo emitiu um estranho som que repercutiu na mata e em menos de um minuto, João e seus amigo se viu cercado de animais peçonhento pequeno e de médio porte  que atendendo o pedido de socorro ,atacaram os intrusos .
Imediatamente os trabalhadores levantaram acampamento  e saíram a toda daquela região hostil.
Em conversa com habitantes antigos da região ficaram sabendo que o personagem que João Brucutu enfrentara nada mais era do que o Negro-d'água ou caboclo d’água (***)

Comentário ***
Negro d’água
Ou
Caboclo d’água
Esta é a História bastante comum entre pessoas ribeirinhas, principalmente na Região Centro Oeste do Brasil,muito difundida entre os pescadores, dos quais muitos dizem já ter o visto.
Segundo a Lenda do Negro D’Água, ele costuma aparecer para pescadores e outras pessoas que estão em algum rio.
Não se há evidências de como surgiu esta Lenda,o que se sabe é que o Negro D’Água só habita os rios e raramente sai dele, sua função seria como amedrontar as pessoas que por ali passam, como partindo anzóis de pesca, furando redes dando sustos em pessoas a barco,etc.

CARACTERÍSTICAS Suas características são muito peculiares, ele seria a fusão de homem negro alto e forte, com um anfíbio
Apresenta nadadeiras como de um anfíbio,corpo coberto de escamas mistas com pele.



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