bem vindo

sábado, 31 de março de 2012

HUMOR RELIGIOSO







Em São Paulo, um homem sentiu-se mal no meio da rua, caiu e foi levado para a urgência de um hospital particular, pertencente à Universidade Católica, administrado totalmente por Freiras.
Lá, verificou-se que teria que ser urgentemente operado ao coração, o que foi feito com total êxito.
Quando acordou, a seu lado estava a Freira responsável pela tesouraria do hospital e que lhe disse prontamente:

- Caro Senhor, sua operação foi bem sucedida e o Senhor está salvo. Entretanto, há um assunto que precisa de sua urgente atenção: Como o senhor pretende pagar a conta do hospital ?

E a cobrança começou...

- O Senhor tem seguro-saúde?
- Não, Irmã.

- Tem cartão de crédito?
- Não, Irmã.

- Pode pagar em dinheiro?
- Não tenho dinheiro, Irmã.

E a freira começou a suar frio, antevendo a tragédia de perder o recebimento da conta hospitalar ! Continuou com o interrogatório;

- Em cheque então, o senhor pode pagar ?
- Também não, Irmã.
Nessa altura, a freira já estava a beira de um ataque. E continuou...
- Bem, o senhor tem algum parente que possa pagar a conta?
- Ah.... Irmã, eu tenho sómente uma irmã solteirona, que é freira, mas não tem um tostão.

A Freira, corrigindo-o:

- Desculpe que lhe corrija, mas as freiras não são solteironas, como o senhor disse, elas são casadas com Deus !!!

- Magnífico! Então, por favor, mande a conta pro meu cunhado!


Assim nasceu a expressão: "Deus lhe pague".



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A Freira no Táxi

Uma freira faz sinal para um táxi parar.
Ela entra e o taxista não pára de olhar para ela:
- Por que você me olha assim?
Ele explica:
- Tenho uma coisa para lhe pedir,
mas não quero que fique ofendida...
Ela responde:
Meu filho, sou freira há muito tempo e já vi e ouvi de tudo.
Com certeza não há nada que você possa me dizer ou pedir
que eu ache ofensivo.
- Sabe, é que eu sempre tive na cabeça uma fantasia de ser beijado na boca por uma freira...
A freira:
- Bem, vamos ver o que é que eu posso fazer por você:
primeiro, você tem que ser solteiro, e também católico.
O taxista fica entusiasmado:
- Sim, sou solteiro e até sou católico também!
A freira olha pela janela do táxi e diz:
- Então, pare o carro ali na próxima travessa.
O carro para na travessa e a freira satisfaz a velha fantasia
do taxista com um belo beijo na boca.
Mas, quando continuam para o destino,
o taxista começa a chorar:

- Meu filho - diz a freira - Porque é que está chorando?
- Perdoe-me Irmã, mas confesso que menti:
sou casado e sou evangélico.
A freira conforta-o:
- Deixa pra lá.
Estou a caminho de uma festa a fantasia,
me chamo Alfredo e sou ATLETICANO
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Gestão de Resultados

Em uma cidade do interior, viviam duas mulheres que tinham o mesmo nome: Flávia. Uma era freira e a outra, taxista. Quis o destino que morressem no mesmo dia. Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-as.

- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Não, a taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bem, ganhastes o paraíso. Leva esta túnica com fios de ouro e pode entrar.
A seguir...
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Sim, eu mesma.
- Bem, ganhastes o paraíso. Leva esta túnica de linho e pode entrar.
A religiosa diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou Flávia, a freira!
- Sim, minha filha, e ganhastes o paraíso. Leva esta túnica de linho...
- Não pode ser! Eu conheço a outra, Senhor. Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre! Subia nas calçadas, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto o a mim, passei 65 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ela recebe a túnica com fios de ouro e eu esta?
- Não há nenhum engano - diz São Pedro. É que, aqui no céu, adotamos uma gestão mais profissional do que a de vocês lá na Terra...
- Não entendo!
- Eu explico: Já ouviu falar de Gestão de Resultados? Agora nos orientamos por objetivos, e observamos que nos últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que ela conduzia o táxi, as pessoas rezavam!!

 Resultado é o que importa!















quinta-feira, 29 de março de 2012

A semana santa





A Semana Santa é uma tradição religiosa que celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela sempre ocorre no primeiro domingo de Lua Cheia, que praticamente sempre começou no dia 21 de março.
A Semana Santa inicia na quarta feira de Jesus Cristo em Jerusalém que ocorre do domingo de ramos, e tem seu término com a ressurreição de Jesus Cristo, que ocorre no domingo de Páscoa.
Durante a data a Igreja celebra o tempo de Páscoa que vai desde o domingo da Ressureição até o fim de Pentecoste. Na comemoração são revelados os mistérios da reconciliação, realizado pelo Senhor Jesus nos últimos dias da sua vida, começando por sua entrada messiânica em Jerusalém.
Os mais devotos optam por peixes ou frutos do mar para as ceias que reúnem a família e celebram a Páscoa.
Para  o Padre Claudio, a data é uma ótima oportunidade para relembrarmos o sacrifício Jesus e estarmos juntos da família. “É sempre muito bom. Só assim paramos e relembramos a morte de Jesus e ainda reunimos a família naquele tradicional almoço com muitas tortas e bolos.
Entre os símbolos mais importantes que caracterizam a data estão: O ovo de Páscoa que durante a Idade Média era visto como um alimento saboroso e precioso- lembrando que não existia a produção em série- mas que, além disso, simbolizava a Cristo: assim como o ovo oculta uma vida que brotará, a tumba de Jesus também oculta sua futura ressurreição. Em muitos países ainda se conserva a tradição de pintar e abençoar os ovos de galinha antes do Domingo de Ramos, para depois comê-los no Domingo de Páscoa.


O coelho de Páscoa que representa um símbolo cristão da Ressurreição. Seu uso se remonta à antigos predicadores do norte europeu que viam na lebre um símbolo da ascensão de Jesus e de como deve viver o cristão: as fortes patas traseiras da lebre lhe permitem ir sempre para cima com facilidade, enquanto suas frágeis patas dianteiras dificultam a descida.









quarta-feira, 28 de março de 2012

tradições quase esquecida da semana santa na Roça grande





O Balamento” é um jogo tradicional da Semana Santa, geralmente realizado por duas pessoas. Cerca de duas semanas antes do domingo de Páscoa era combinado o “balamento”. Todos os dias, à hora estipulada, tínhamos que dizer ao outro a palavra “balamento”. O primeiro a dizer ganhava. Valia tudo, desde esconder-se, mascarar-se, levantar-se cedo para apanhar o outro desprevenido, completamente esquecido, para gritar “BALAMENTO”. Por cada dia contava um ponto, para quem tivesse dito “balamento” primeiro. Normalmente jogávamos até à 5ª ou 6ª Feira Santa. Ganhava o que tinha mais pontos e recebia do outro um pacote de amêndoas, que comia no Domingo de Páscoa, partilhando as iguarias com os amigos. Muitos outros jogos tradicionais eram realizados nesta época como por exemplo, a Bilhardeira ou espadinha, o pião, pedrinhas, andilas, entre outros. Normalmente jogos realizados com poucos elementos, mais calmos e recatados. É curioso que neste período da Semana Santa, geralmente no dia em que as pessoas iam à “confissão”, traziam no regresso figos secos, tremoços e amêndoas. A nível da culinária, predominantemente à base de peixe, não podia faltar nesta época o Inhame como acompanhamento. Cavado o inhame, rapa-se muito bem, lava-se esfregando na pedra até esbranquiçar. É colocado numa panela, com couve no fundo, água, sal e vai a cozer de um dia para outro, ou menos tempo conforme a qualidade do Inhame, se de água ou de sequeiro. Tradições que eu vivi, que aos poucos se estão a perder, e que muitas crianças não conhecem. Não sabem o que é esperar ansiosamente para saborear as amêndoas, ovos da Páscoa e outras guloseimas típicas desta época. São recordações de infância que me fazem viajar no tempo.




terça-feira, 27 de março de 2012

Advinha o quanto te amo?



Era hora de ir para a cama, e o Coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas  do Coelho Pai.
Ele queria ter certeza de que o Coelho Pai estava ouvindo.
- Adivinha quanto eu te amo? - disse ele.
- Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar - respondeu o Coelho Pai.
- Tudo isso - disse  o Coelhinho, esticando seus bracinhos o máximo que podia.
Só que o Coelho Pai tinha os braços mais compridos. E disse:
- E eu te amo tudo isto !
Huuum, isso é um bocado, pensou o Coelhinho.
- Eu te amo toda a minha altura - disse o Coelhinho.
- E eu te amo toda minha altura - disse o Coelho Pai.
Puxa, isso é bem alto, pensou o Coelhinho. Eu queria ter os braços compridos  assim. 
Então o Coelhinho teve uma boa idéia. Ele se virou de ponta cabeça,  apoiando as patinhas na árvore.
- Eu te amo até as pontas dos dedos de meus pés!
- E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés -  disse o 
Coelho Pai  balançando o filho no ar.
- Eu te amo a altura de meu pulo! - riu o Coelhinho saltando, para lá e para cá.
- E eu te amo a altura do meu pulo - riu também o Coelho Pai e saltou tão alto  que suas orelhas tocaram os galhos das árvores.
- Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio - gritou o Coelhinho.
- Eu te amo até depois do rio até as colinas - disse o Coelho Pai.
É uma bela distância, pensou o Coelhinho. 

Ele estava sonolento demais para  continuar pensando.
Então ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite.
Nada podia ser maior do que o Céu.
- Eu te amo ATÉ A LUA! - disse ele, e fechou os olhos.
- Puxa, isso é longe disse o Coelho Pai. Longe mesmo!
O Coelho Pai deitou o Coelhinho na sua caminha de folhas. E então se inclinou  para lhe dar um beijo de Boa Noite.
Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo:
- Eu te amo até a lua...IDA E VOLTA !

                                                                     Fábula de Sam Mc Bratney

    

quarta-feira, 21 de março de 2012

coisas da vida






PENSE NISSO!!!!!!!!!!

Um coelhinho felpudo estava fazendo suas necessidades matinais quando olha para o lado, e vê um enorme urso fazendo o mesmo.
O urso se vira para ele e diz: - Hei, coelhinho, você solta pêlos?
O coelhinho, vaidoso e indignado, respondeu:
- De jeito nenhum, venho de uma linhagem muito boa...
Então o urso pegou o coelhinho e limpou a bunda com ele.
MORAL DA HISTÓRIA:

CUIDADO COM AS RESPOSTAS PRECIPITADAS, PENSE BEM NAS
POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS ANTES DE RESPONDER
!
No dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso diz:
- Aí, hein, seu urso! Com toda essa pinta de bravo, fortão, bombado...!
Te vi ontem, dando o rabo prum coelhinho felpudo.
Já contei pra todo mundo!!!

MORAL DA MORAL:

VOCÊ PODE ATÉ SACANEAR ALGUÉM, MAS LEMBRE-SE QUE SEMPRE EXISTE ALGUÉM MAIS FILHO DA PUTA QUE VOCÊ!
Moral da Moral da Moral


'O problema do Brasil é que, quem elege os governantes não é o pessoal que lê jornal, mas quem limpa a bunda com ele!'

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Sou melhor do que as pessoas pensam e pior do que imaginam.
Críticas não me abalam e elogios não me iludem
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Coisas que a vida ensina depois dos 40,50,60,70,80...
Artur da Távola


Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor.
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...



terça-feira, 20 de março de 2012

A morte de Pedro



A MORTE DE PEDRO


 


Quem Não gostava de Pedro? Alegre jovial, bastante popular e carismático.
Evangélico por opção. Levava a vida comum de um operário típico de Roça Grande.
Levantava com os pássaros, pegava o B3 (subúrbio Rio Acima/Belo Horizonte) que passava no bairro ás cinco e vinte da manhã e voltava no trem das sete horas.
Sábado e domingo alem de sua costumeira pelada de futebol com os amigos, não faltava ao culto da igreja evangélica Assembleia de Deus.
Trabalho, futebol e oração essa era a constante deste rapazinho de vinte e três anos de idade, magro, um metro e sessenta de altura cinquenta e seis quilos.
Trabalhava tanto que perdia a noção do descanso e refeição e por muitas vezes, fora obrigado a se deitar ou parar no departamento medico da empresa que trabalhava por fadiga e mesmo desnutrição.
Aconselhado pelos amigos a fazer um chek up, sorria e dizia que o médico dele é Jesus e que nada aconteceria sem que não fosse vontade do Salvador da humanidade.
Passava o tempo e Pedro cada vez mais se sentia fraco. Fora afastado para tratamento médico e quando o exame chegou
às mãos do medico com que se tratara, fora constatado um triste e alarmante fato.
Pedro estava com leucemia.  Desespero e dor dos familiares.
Mesmo com esse diagnóstico, Pedro não perdeu sua fé e sua alegria de viver, brincava com seus amigos, dizendo que toda essa apreensão com a sua saúde, levariam seus amigos muito mais rápidos para o cemitério do que ele próprio.
O tratamento foi doloroso, radioterapia, tratamento a base de cobalto, tirava o brilho no sorriso de Pedro, mas não a fé em Jesus Cristo. Fora flagrado diversas vezes em jejum em louvor a Jesus Cristo.
Desmaio constante, olhar fundo e vago mostrava um quadro desanimador e tétrico de sua saúde.
Fora internado em estado gravíssimo.
Internato no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) ficou vários dias em observação e tratamento. Com o quadro estável fora transferido para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
De lá com o apoio da comunidade evangélica fora para um apartamento particular.
Com isso visita era constante. Seus familiares em contato com os médicos que o observava. Ficavam cada vez mais apreensivos em relação ao futuro de Pedro.
Não havia mais o que fazer em relação ao quadro clinico do amigo Pedro. Estava irremediavelmente condenado. A leucemia tornava cada vez mais frágil o corpo de Pedro.
Não se alimentava do jeito convencional, somente através de sonda.
Manhã de Sábado 17 de setembro de 1989. Pedro abriu os olhos ,deu um bocejo e uma risada  ao seu estilo.
Sua irmã e sua namorada estranhou esse fato.
-Que foi Mariana? - sorriu alegre Pedro.
Parece que viu um fantasma.
-Não e isso Pedrinho. È que você está tão bem. Que ficamos eufóricas pelo fato.
-Ta!Ta!Ta! Mas não fique muito alegre não para não ter uma decepção maior.
Hoje eu vou embora!-disse alegre Pedro.
Claro que vai. E nós vamos comemorar com um bom prato de Ora-pro-nóbis com galinha e um bom suco de manga, do jeitinho que você gosta. –exultou sua noiva.
-Mariana você foi a melhor coisa que apareceu em minha vida e você merece arrumar algo digno de você. -Veja em que estado eu me encontro. Ao invés de estar na igreja dando sua atenção á jovens saudáveis e bonitos... você esta presa a este quadro ,vigiando um moribundo .
Ao ouvir essas palavras Mariana chorou.
Não conseguia atinar para a verdade que se desenhava.
Pedro estava delirando. Só podia ser.
Vou embora hoje e você vai me prometer que vai arrumar um jovem saudável para ser seu companheiro. Não quero ver você sofrer.
O medico de plantão que fora chamado. AO examinar Pedro se espantou com o seu estado de saúde .
Incrível! Ele esta com quadro de saúde surpreendente. Se continuar poderemos retomar o tratamento e breve poderá voltar para casa.
Pedro sorriu. - Eu vou para casa hoje doutor.
Quem lhe disse isso. Inquiriu o médico.
Jesus. Respondeu convicto.
ok. Mas eu não autorizo. Brincou o médico.
Vai autorizar. Quando Jesus quer nada pode ser contra.
A noticia da repentina melhora de Pedro chegou como um furacão em Roça Grande.
Amigos e congregado da igreja evangélica em jubilo foram visitá-lo
Os seguranças do hospital da previdência tiveram muitos trabalho para organizar e manter a segurança ante a avalanche de amigos que foram visitar Pedro.
 O pastor organizou um pequeno culto no apartamento de Pedro e a cada dez minutos outros irmãos entravam para saudar o amigo enfermo e dar graças a Jesus pela cura repentina.
Pedro sereno e feliz. Fitava um canto da parede constantemente e pelo seu semblante o que via o deixava confortado e feliz.
Às dezoito horas, depois de todas as manifestações solidárias de parente e amigos.
Pedro deu um suspiro. –Agora estamos sós nos aqui no quarto.
Mariana concordou. – Sim Pedrinho. Você pode descansar.
Não quero descansar. Quero continuar conversando com eles.
Com eles quem? Perguntou sua irmã.
Eles, ora. Minha avó, vovó, tio Jair. Nosso irmão Mirinho e tia Zuleika.
Querido ralhou docemente Mariana. Essas pessoas que você diz estar aqui, já morreram nenhuma dela esta mais neste mundo.
-Eu sei. Concordou o enfermo. Eles vieram-me dizer que estou de partida, para um mundo bem melhor.
-pare de brincadeira Pedrinho. Você vai viver bastante.
Vou com certeza. Mas com Jesus e ele já veio neste quarto me avisar que partirei com ele ás 23 horas.
Não brinque com isso. Ralhou docemente Mariana.
Mas é verdade. Estou vendo aqui no quarto alem de vocês, todas as pessoas que me tem estima. Pessoas que já partiram deste mundo e estão aqui me aguardando para me juntar a eles.
Mariana não aguentando aquele momento de insanidade. Saiu do quarto para chorar.
Pedro não estava normal. Ela sentia que algo poderia acontecer.
Às 21 horas Pedro acordou sobressaltado e pergunta pelas horas.
-Hora de tomar banho. Por favor. Chame meu Pai, mamãe, o pastor que este ai fora. Quero me preparar.  
Pedro se arrumou de acordo com o seu desejo. Pediu para vestir a camisa de seda branca, o pijama também seria o branco.
Beijou sua mãe e agradeceu por tudo o que ela fez por ele.
Um a um foi chamando e se despedindo. Todos ralhavam com ele, ma s ele retrucava feliz.
Estou com Jesus – dizia.
Daqui a pouco estarei na graça do meu querido Jesus.
O clima ficou pesado. Pedro tinha consciência do que estava falando. Seu pai alarmado chamou o médico.
O doutor Fernando se aproximou de Pedro, aferiu sua pressão arterial, fez o exame de rotina e deliberou que estava tudo normal.
_ sim doutor está normal. Esse povo bobo que não quer me ver partir. e  oh ! Falta cinco minutos.
Olha Jesus esta aqui.
Curioso Dr. Fernando inquiriu:
Como você vê Jesus Pedro?
Ele esta lindo. Afirmou o enfermo. Está no formato de uma luz amarela brilhante, mas que não me ofusca a visão.
Vejo também aqui ao lado de minha cama, todos os meus amigos e pessoas que nem conheço, mas que me dão boa vinda.
Pedro olhou para as pessoas que estavam no quarto. Todos choravam.
Mãezinha! Ralhou Pedro. Estou feliz! A senhora não quer minha felicidade?
D. Inácia não respondeu. Apertou as mãos frias de seu filho e deu lhe um beijo na face.
Foi tudo. Pedro fechou os olhos para sempre.  


















segunda-feira, 19 de março de 2012

As sete capas do capeta



Não passo uma fase boa em minha vida, mas esta sendo bom para mim, pois estou refletindo o que fiz da minha vida até o presente e voltou a minha mente uma historia que a minha avó, que foi a minha professora de vida.
Acredita você que foi a pessoa mais inteligente que convivi. Sabe por que, ela sentiu na pele a humilhação do seu empregador quando ao pedir um emprego, lhe ironizou ao dizer que quando a onça não pode criar seus filhotes, ela o devora, a humilhação de trabalhar na olaria , de onde tirava o seu sustento para criar seus rebentos. –Mas essa ardilosa octogenária me deixou uma mensagem, que tomou conta do meu espirito e estou vendo acontecer com pessoas aqui no bairro, que se não parar, refletir e voltar atrás em suas ações, com certeza terá muito que chorar. Vou contar a fabula que ela me passou quando eu tinha apenas doze anos de idade e que agora minha mente me reportou:
Ela me dizia que nos idos de 1917, seu pai contava uma história de um homem, que era famoso por ser um comerciante esperto. Tudo o que ele pegava e transformava em bens pra ele, negociava terra, colheitas, animais, material de construção, documentos, enfim tudo ele transformava em dinheiro. Era a pessoa mais influente, amigo do então governador de Minas gerais Artur Bernardes (¹) tendo como amigo, o Fernandinho, nada mais nada menos do que FERNANDO DE MELO VIANA para você ver o quanto o homem era forte. E com isso cresceu, se tornando poderoso ante o povo humilde da então VILA REAL DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÕ DO SABARABUSSU. Mas no silencio da alcova era que ele confidencia com seus botões toda a sua trama. Ele chantageava, mentia, enrolava , trambicava , bajulava, fazia tudo para ter o poder sempre o teu lado.
Segundo a minha avó houve caso que ele para conseguir um contrato, emprestou a sua mulher para um politico, saciar sua tara, só para conseguir seu intento.
Pois bem, um dia o coroinha da igreja de Nossa senhora o pegou á meia noite no cemitério conversando com alguém. Como pode uma pessoa estar a essa hora num lugar desse e sozinho? Aproximou-se e viu que o homem conversava com o demo, ficou paralisado ao ver aquele ser estranho de chifre e pés de bode, com um cheiro forte enxofre, cobrando do Geraldo burguesinho, seu compromisso:
- Você pediu e eu te dei. Dizia o coisa ruim
- eu sei!Mas você tem que me dar mais um tempo. Não consegui a prefeitura da cidade e você me prometeu sete favores, e ate agora me concedeu cinco.!
- pois muito bem . O prefeito vai morrer e você tomará posse.
-Não quero que ele morra! Quero vê-lo pagar por algo que não fez e assim posso chantageá-lo.
- que assim seja. Vou colocar uma grande soma de ouro em tua casa e a policia vai pega-lo. Com isso você domina a policia e fica com a situação sob controle .
O coroinha estava lívido. Não podia acreditar. Mas Deus o deu o poder de ouvir esse dialoga macabro.
No dia seguinte toda Sabará comentava sobreo o desfalque na Mina de Ouro e o consequente encontro do vil metal na casa do Alcaide da Cidade.
- Com a intervenção do Geraldo Burguesinho, a situação foi contornada e o prefeito se sentiu no dever de colocar a disposição do malandro.
E foi assim. Sabará crescia e o Geraldo Burguesinho também. Toda reunião que havia no município, sua presença era indispensável. O quinto desejo do Geraldo Burguesinho foi realizado, tinha o controle da cidade nas mãos. O sexto desejo era que queria ser amado. Pela mulher mais formosa da cidade. Tarefa nada fácil, por ser ela casada, honesta e ter um marido honesto e violento. Mais uma vez o Geraldo Burguesinho apelou para o seu amigo macabro:
-Pois é meu lúgubre amigo! Tenho dinheiro, poder, mas me falta um amor... e eu quero a Marieta , mulher do Delfino.
O diabo deu um grunhido violento. – Tu estás pedindo demais... daqui a pouco quererá meu lugar no inferno! Essa mulher é honesta e o homem de cima a protege.
-Mas ela é que eu quero! Vire-se
Vou ver o que posso fazer. E desapareceu numa nuvem de enxofre.
Durante vários dias a honesta Marieta tinha pesadelos. Sonhava com o Geraldo Burguesinho, via como um homem maravilhoso que poderia resolver todos os seu problemas.
Esconjurava , rezava, pedia a nossa senhora Santana, para levar esses pensamento para longe de tua vida. Rezava a São José para que não deixasse que seu lar fosse destruído.
O Diabo tentava, mas não conseguia entrar naquela casa abençoada. Pois sempre que se aproximava um anjo o barrava. Estava em jogo seu prestigio e não seria uma simples mortal que o venceria. Tentou! Tentou! Tentou, mas sempre que achava que conseguiria, uma legião de anjos aparecia para socorrer aquele lar cristão. Sem jeito resolveu enganar seu amigo. Apareceu para o Geraldo Burguesinho e lhe disse. Tú queres o sexto intento mesmo? Pois então o terá. A Marieta te espera no cruzamento da rua de cima. Mas você terá que estar ás seis hora da tarde vestido de preto e terá que agarra-la a sim que a vir.
Geraldo Burguesinho todo alegre se preparou para o grande momento de sua vida.
Esperou a sua amada e quando a viu foi logo, agarrando-a e beijando. Só que naquela emoção não notou que o seu esposo vinha logo atrás e quando viu aquela cena, não titubeou e na frente de testemunha, disparou sua poveira no rosto do atrevido que moribundo viu o seu aliado e o questionou: E o nosso trato?
- Só tenho sete capas te dei seis. A sétima é minha e essa não passo pra ninguém e agora você vem comigo!
Segundo minha avó, foi triste ver aquele homem rico, poderoso, feder pior a uma carniça.
Refletindo, o diabo continua usando suas capas para encobrir as presepadas de muita gente. Haverá um dia que vai recolher suas capas e ai será um Deus nos acuda!


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Artur Bernardes (¹) (Viçosa, oito de agosto de 1875 — Rio de Janeiro, março de 1955) foi um advogado e político brasileiro, presidente de Minas Gerais de 1918 a 1922 e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926. Seus seguidores foram chamados de "bernardistas".)FERNANDO DE MELO VIANA (²)((Sabará, 15 de março de 1878 — Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1954) foi um político brasileiro.Foi presidente de Minas Gerais entre 1924 e 1926 e vice-presidente da república no governo de Washington Luís.

Depois do mulato Nilo Peçanha, Melo Viana foi o segundo mulato a ocupar a vice-presidência)

domingo, 18 de março de 2012

Eu vi a mula sem cabeça







Parece brincadeira ou mesmo alucinação, mas é verdade.

Eu vi a mula sem cabeça aqui na Roça grande. Coisa de maluco sô, mas vi com esses olhos que a terra há de comer.

Aconteceu nesta terça feira 13 de março de dois mil de doze. Fui à casa de uma cliente na Rua jotinha e depois de orienta-la no que deveria fazer para que a venda do imóvel se concretizasse, fiquei conversando com a família por horas. Não percebi que o tempo voava e quando dei por mim, já era mais de meia noite. Apesar ser verão, a noite estava fria, um agradável frio, que desmoralizava a tarde quente que fora o dia.

Levantei me apressado e me despedi da família , quando do lado de fora da casa ouvi , digo, ouvimos um choro. Bem não era propriamente um choro, era um lamento em forma de choro.

Assustado questionei a dona da casa quem poderia estar nessa hora na rua chorando feito uma criança. A dona da casa muito séria me declarou algo espantosamente Inacreditável.

-isso não é uma pessoa. É a própria.

-Própria quem. Indaguei.

-A mula sem cabeça! Replicou minha confidente.

Deu-me uma vontade louca de gargalhar. Como pode em pleno século vinte um, as pessoas acreditarem em tal bobagem.

Percebendo minha incredulidade ela , apagou as luzes da casa e me pediu que a seguisse . Subimos para o andar superior e entramos num quartinho de onde podia se ver a rua sem que nos percebesse-nos.

Para minha supressa La estava algo que eu zombara a pouco : uma espécie de cavalo , de patas brancas e brilhante, dorso negro e o pescoço ostentava ao invés de uma cabeça equina , uma tocha vigorosa de fogo.

Fiquei paralisado de medo e supressa. Estaria eu tendo alucinações?Eu não bebo e nem faço uso de droga de espécie nenhuma. Como podia acreditar no que estava vendo.Acreditava que meus próprios olhos estavam pegando uma peça em mim. Era ao mesmo tempo , fantástico e aterrador.Uma coisa que com certeza era de outro mundo literalmente.

Mas La estava, a menos de dez metros de distancia, com um cheiro forte de ocre de algo como carne sendo queimada.

O estranho ser, estava parado bem defronte a janela da casa e parecia chorar; baixinho a dona da casa me explicou que na quaresma essa mula sem cabeça aparecia e postava diante a tua casa e chorava , chorava , chorava. O entender dela , esse fenômeno estava sendo realizado porque esse ser deve a alguém , foi castigado e enquanto não receber o perdão da pessoa que ele injustiçou , deverá ter essa forma horrível.

Descemos e ao passar perto de uma escada esbarrei nela e consequentemente veio ao chão, causando um barulho que fez o animal desaparecer.

- Fiquei verdadeiramente assustado, que fiquei temeroso de ir para casa .

Humildemente contei o que sentia a minha anfitriã que sentindo sensibilizada amavelmente me convidou para passar a noite em sua residência. Aceitei de imediato, mas não dormi . Passei a noite acordado ouvindo o silencio da noite , na expectativa de ouvir pelo menos o tropel desse ser fantasmagórico.

Agora imagine vocês, como me senti ao explicar para minha mulher que passei a noite na casa de uma mulher porque estava com medo de uma mula sem cabeça. Contei, jurei, mas essa história ninguém acreditou. Duvida-se? Percorra os morros e vielas de Roça grande. Se tiver sorte verá que eu não estou mentindo.